Capítulo 7

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Acordo incerta se Mark ainda estaria aqui, mas sinto seu braço em cima de mim. Viro o rosto para olha-lo. Seus olhos ainda permanecem fechados e com tranquilidade.

Mordo o lábio contendo minhas emoções. Meus dedos acariciam sua bochecha delicadamente. Mark parece tão calmo, seus lábios rosados entreabertos, me dão vontade de beija-lo.

Respiro fundo. Tiro sua mão de mim e saio da cama. Vou ao banheiro e tiro minha roupa, ligando o chuveiro.

Ao fechar os olhos, sinto a água cair por meu rosto como uma cascata interminável.

Sinto mãos ao redor da minha cintura e me assisto. Saio de baixo da água de imediato.

-- Mark!? -- arfo; limpo meus olhos que estão inchacardos.

-- Te assustei? -- pergunta.

-- O que você acha?

Não consigo afastar o sarcasmo da minha voz.

-- Desculpe... -- ele diz.

Concordo em silêncio. Sinto Mark me olhar pelo canto dos olhos. Entro no chaveiro novamente.

-- Obrigado por você...

Desligo. Observo Mark encostado na parede com o rosto irresistível.

-- O que?

-- Por ter se preocupado comigo e... te ido me buscar. Me ajudado.

-- Você sabia que não pode beber e dirigir. -- digo.

-- Eu sei. Eu sei. -- Mark diz.

-- Então porque fez isso?

-- Estava irritado. -- ele confessa. -- Você me deixou... e ainda saiu com aquele cara. Briguei com meu pai por não querer ir...

-- Ir? Aonde?

-- Ele quer que eu assuma a presidência. -- diz; Mark trinca o maxilar. -- Só estou perdido...

-- Não sabe o que fazer.

-- É.

Mark encara o chão seriamente e com preocupação.

-- Se eu for... muita coisa vai mudar.

-- Você está com medo. É normal.

-- Não... Me preparei para isso. Mas agora... tem algo que me impede.

Franzo a testa. Mark levanta o olhar, me encarando.

-- Uma coisa está em jogo... -- Mark sussurra me encarando profundamente.

Ele se aproxima devagar, pegando minha mão. Seus braços me envolvem. Encosto a cabeça em seu peito, sentindo seus batimentos acelerados. Mark me aperta ainda mais contra si e percebo a aflição em sua voz.

-- Não posso perder você... -- sussurra ele. -- Você não...

Meus braços o envolvem e o aperto. É algo tão... profundo. Isso vai muito além se sexo. Posso senti-lo...

(...)

Na mesa da cozinha, tomamos café da manhã. Mark está encarando a xícara com atenção.

-- Você está melhor? -- pergunto preocupada.

-- Sim... -- Mark pisca algumas vezes desnorteado.

-- Não tocou em nada. Nem no café.

-- Só estou preocupado. -- diz ele.

Seguro sua mão e Mark levanta o olhar.

-- Quer falar sobre isso?

-- No momento não. Eu só preciso me resolver.

GRÁVIDA DO MEU AMIGOOnde histórias criam vida. Descubra agora