Capítulo 53

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Mark me sacode lentamente na tentativa de me acordar. Abro os olhos devagar, tentando fixar em alguma coisa.

-- Achei que não fosse acordar. -- ele sussurra.

-- Chegamos? -- pergunto; coloco a mão na boca contendo meu bocejo.

Mark destrava meu cinto de segurança. Seguro minha barriga sentindo completamente cansada e as costas doendo.

-- Que foi? Fez uma careta...

Saímos do carro e vejo o sol se pôr ao horizonte, os raios refletem na água do lago.

-- Minhas costas estão doendo. Ramona já está encaixada, sabia?

-- Claro. Esqueceu que te acompanho mas suas consultas e nas malditas aulas de parto?

Sorrio.

-- Tinha me esquecido disso.

-- Assistir aquele vídeos me deixaram traumatizado durante dias...

-- Ei. -- dou um leve soco em seu braço. -- Também fiquei horrorizada. Não foi só você. A diferença é que eu vou passar por tudo aquilo.

Mark arqueia as sobrancelhas e sorrir. Heloisa se aproxima de nós com um sorriso tranquilo.

-- Que bom que chegaram. Estavamos esperando vocês. -- diz ela.

-- Mas... minha mãe chegou? -- pergunto.

-- Sim. Está sozinha. Ed, teve que ir para a formatura de sua filha, Isabela.
-- Ele não vem?

-- Vem. -- Heloisa diz; abraçando Mark e acariciando seu rosto. -- Vamos prolongar a estadia aqui por causa dele.

-- Todos juntos... --Mark ironiza.

-- Não se atreva a fazer piadas. -- Heloísarepreende.

Mark rir.

-- Rebeca veio? -- pergunto.

Heloisa acaricia minha barriga sentindo Ramona.

-- Sim, mas está bêbada. O caminho inteiro essa menina veio bebendo.

-- Não tem nada para fazer na estrada. -- Mark intervém.

Mark abre o porta malas e pega nossas coisas.

-- Mas não é motivo para fazer tal coisa. Você faria?!

-- Se não estivesse dirigindo. -- ele diz irônico. Heloisa semicerra os olhos. -- Ainda oferecia pra você.

Ela abre a boca supresa e tira a sandália do pé e joga tentando acerta-lo. Mark entra na casa aos risos.

-- Ele só está provocando. -- digo; na tentativa de tranquiliza-la. -- ele não bebe faz um tempo.

-- Ainda bem, querida. Fico preocupada que tenha outra recaída.

-- Eu sei. Por conta de tudo aquilo. -- digo baixinho.

Heloísa passa a mão por meus cabelos.

-- Ele não precisou dos remédios para parar. Você o ajudou. Serei eternamente grata, pelo amor que tem ao meu filho.

-- Não precisa agredecer. Eu o amo.

Heloísa me abraça de lado e caminhamos assim, até a casa.

-- Eu estou tranquila com ele, Mark mudou muito. Agora só falta Rebeca se ajustar.

-- Esse é o jeitinho dela. Acho que tem que aceitar.

Heloisa concorda em silêncio. Entramos. A casa é
tão aberta e iluminada. Grande, também. Os móveis de madeira e a escada são em madeira sofisticada. Tudo aqui transparece um ar tão familiar.

GRÁVIDA DO MEU AMIGOOnde histórias criam vida. Descubra agora