Capítulo 51

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Mark está concentrado conversando com Jhon a beira do rio atentamente, os dois parecem estar bolando alguma coisa.

Estou sentada a mesa com Samy, cortando os pães para o café. Ela conversa animadamente sobre bebês. Como manter um alimentação saudável e sem ganhar muito peso, contei a ela sobre a minha anemia no início da gravidez e como foi complicado. 

Mas toda vez que a olho não consigo tirar a ideia da minha cabeça que ela é mãe de Henry. Não posso contar minhas suspeitas sem ter certeza, a Mark. Mas como vou saber?

Assim que levanto o olhar, vejo-o se aproximando de mim rápido demais.

-- Vamos embora. -- Mark diz decido.

-- Não acha perigoso?

-- Sou Mark Campbell. Não vou parar a minha vida por causa daquela...

-- Mark! Como vai fazer isso?

Mark se agacha ficando na altura das minha coxas.

-- Eu vou matar um por um, Em. Tô cansado de ficar parado aqui sem fazer nada. Vou fazer as coisas do meu jeito, agora.

Ele levanta determinado mas seguro seu pulso o fazendo hesitar.

-- Vai colocar a vida desses pessoas em risco?

-- Não. Só a minha. Já falei com Jhon, vamos executar um plano simples e rápido.

-- E depois?

-- Eu vou atrás de April. Essa garota não perde por esperar.

-- Não vai ser fácil, você não sabe o que ela é capaz de fazer...

-- April não sabe o que sou capaz... as coisas estão apenas começando.

Mark fala com tanta convicção que realmente acredito. Seus olhos encontram os meus. Ele umedece os lábios e abaixa a cabeça, percebendo o quanto estou preocupada. Suas mãos me  puxam para um abraço apertado.

-- Vai ficar tudo bem, Em...

Balanço a cabeça confirmando.

-- Se não der... não sei o que fazer. Por favor, volte para nós duas. -- digo baixinho.

Mark desvencilha seu corpo do meu. Um sorriso tímido se forma em seus lábios.

-- Estou indo por causa de vocês duas. -- ele sussurra.

-- Ela quer me matar...

-- Vou porque te amo. A sua vida é valiosa demais.

Encosto meu rosto em sua mão que acaricia minha bochecha devagar.

-- A sua também... -- sussurro baixinho.

-- Você é minha vida, Em... e não terá  sentido algum se não estiver aqui comigo.

Abro a boca silenciosamente com meu coração acelerado. Mark toca meus lábios com as pontas dos dedos.

-- Samy vai levar você, quando estiver seguro. Vou avisar.

-- Toma cuidado, Mark. -- digo baixinho.

Ele concorda em silêncio, seus olhos estão vermelhos e vidrados em mim.

-- Mark... -- sussurro baixinho.

Quando suas mãos desgrudam do meu corpo, parte de mim se vai com ele.

Sento no banco observando ele partir junto a Jhon na caminhonete. Abaixo minha cabeça, e a encosto na mesa fechando meus olhos.

-- Vai ficar tudo bem, querida. -- Samy diz.

GRÁVIDA DO MEU AMIGOOnde histórias criam vida. Descubra agora