GRÁVIDA DO MEU AMIGO

Capítulo 32

Estamos a caminho da minha casa, e Mark disse que tenho uma surpresa quando chegar. O que me deixa mais nervosa e ansiosa. Tenho receio sim. De não gostar. Mas o gesto que ele fez para mim foi muito gentil.

--Vai me deixar falando sozinho? --Mark resmunga. Reviro os olhos e suspiro fundo.

-- Estava apenas pensando. -- digo e olho para o retrovisor. O carro dos seguranças estão atrás de nós.

-- Por quanto tempo vamos ficar andando com eles?

Mark sorrir e pega a minha mão que estava na minha coxa.

--Por tempo indeterminado, minha linda.

Concordo com ele. Como vou explicar isso para a minha mãe? Ainda bem que Mark trocou de carro. Ele preferiu um igual ao antigo. Para a minha mãe não suspeitar e acabar me enchendo de perguntas.

-- É uma menina. -- Mark sussurra; Seu sorriso é de ponta a ponta do rosto. -- Estou muito feliz.

Dou um sorrisinho e coloco a mão na minha barriga. Estou muito feliz, sinto que tudo está se encaixando. Talvez eu tenha me precipitado em não contar no início, sobre a minha gravidez. Ter escolhido ficar calada e esconder a existência dela. Agora sinto que deveria ter contado tudo.

-- Me desculpa por não ter contado nada no início. Sobre a nossa filha.

Mark pega a minha mão e a beija.

-- Tudo bem, Em. Meu amor por você não é frágil. Eu amo você.

Meus olhos ardem um pouco. Aperto a sua mão e encaro seu rosto. Mark olha para a estrada e a luz do sol reflete nele, o deixando cada vez mais lindo. Para a minha surpresa, hoje ele está usando calça moletom, camisa canguru e um boné. Com tênis. Me pergunto onde aquele empresário sério foi parar. Claro que me ouvir dele, que está tudo bem. É reconfortante.

-- Eu também te amo. -- sussurro apertando sua mão.

-- Ei, não quero você chorando. -- Mark da um sorrisinho maroto.

-- Estou -- fungo o nariz. -- Aliás, Campbell quero saber que surpresa é essa.

--Supresa é surpresa. E você não vai estragar.

-- Você sabe que não gosto de surpresas.

--Mas essa você vai gostar.

O pequeno sorriso maroto no seu rosto me diz que a surpresa é melhor do que imagino.  Mark está muito empolgado.

-- Quando vou olhar o apartamento? -- Ele sabe que me refiro ao nosso. Que o mesmo disse que está decorando.

-- Pode ser quando estiver de folga. Que acha?

--Pra mim tudo bem. Eu quero opinar nessa decoração.

-- A senhora que manda.

Sorrimos.

--Porque não pode ser hoje a tarde?

-- Estou querendo levar a minha garota para jantar fora.

-- A garota aceita. Ela já está morrendo de fome aliás.

-- Nossa. Na próxima ja ando com uma lancheira para você.

Dou um pequeno soco em seu braço.

--Ai. -- resmunga. -- Grávida agressora.
Não me contenho e sucumbo. Mark é uma figura, as vezes parece uma criança e acredito que por seu jeitinho, acabei me apaixonando por ele. Foi inevitável. Ele foi tão presente na minha vida e acabou me ajudando. Eu simplismente não sei, quando ele se tornou tão importante na minha vida. Quando dei conta, já estava imaginando coisas ao seu lado.