Capítulo 5

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Abro os olhos devagar e passo meu braço pelo outro lado da cama mas está vazio.

Sento atordoada procurando por Mark na cama. Levanto o rosto para procurar brevemente no quarto mas não o vejo. Ele foi embora?

Me levanto rapidamente resmungando baixinho. Visto meu pijama e desço correndo as escadas.

Passo a mão por meu pescoço lembrando cada toque e...

Disse que o amava. Ele ouviu?

-- Que burra... -- bato a mão na minha testa. Suspiro fundo.

Escuto um bater de pratos na cozinha e franzo a testa. Viro meu corpo assustada. É ele?

Caminho devagar e em silêncio. Observo suas costas se movimentarem e rígidas. Mordo o lábio ao ver seu cabelo desgrenhado. Mark veste a mesma roupa de ontem. Mas ele tem algumas peças aqui, porque vestiu a mesma?

-- O que está fazendo? -- pergunto confusa.

Mark vira o rosto e sorrir assim que me vê.

-- Tentando fazer ovos mexidos. Mas essa porra grudou toda no fundo...

Me aproximo devagar e com tranquilidade. Cruzo os braços e sorrio ao ver a gororoba.

-- Esta com uma cara péssima... -- digo;  dou um sorriso debochado.

-- Droga. Queria levar na cama para você... mas deu tudo errado.

-- Você fez o café? -- pergunta ele.

-- Fiz. -- Diz ele. -- Esta na garrafa. Fiz algumas torradas e coloquei umas frutas na bandeja.

Me viro para encarar a mesa. Esta na bandeja, torradas, geleia de frutas vermelhas, uva, melão e a garrafa de café. Ele ia levar pra mim...

-- Você fez tudo isso?

-- Fiz. Mas você viu tudo. -- lamenta.

-- Esta tudo bem. Podemos tomar aqui. -- digo rapidamente.

-- Tudo bem. Só vou fazer os ovos.

-- vou colocar a mesa, então. -- digo.

Pego as xicaras e retiro da bandeja e coloco na mesa. Mark tira a frigideira do fogo e coloca na mesa.

-- Pronto. -- diz ele.

Sentamos em silêncio juntos. Coloco meu café.

-- Esta calada. -- Diz ele;  Seus olhos estão atentos e iluminados.

-- Achei que você tivesse ido embora...
-- Não... estou aqui. --Mark diz com tranquilidade. -- Porque eu iria embora?

-- Não sei...

Mark pega minha mão e aperta com leveza.

-- Eu gosto de você, Em... -- admite ele. Seus olhos estão suaves e seu maxilar rígido. -- eu sei que tenho sido idiota com você.

-- É, tem mesmo.

-- Eu tento tanto não ser assim. Ainda mais machucar você. Que me quer tão bem... droga. Eu sou um idiota.

Mordo o lábio e sorrio. Sinto frio na barriga e abro a boca silenciosamente.

-- Me desculpa... -- sussurra ele.

-- Mark... -- sussurro baixinho.

Ele acaricia meu rosto com as mãos e o polegar afasta meu cabelo do meu rosto.

-- Não pode ser assim todos os dias? -- pergunto. Meus olhos se enchem de lágrimas.

-- Não. -- murmura. -- Mas vou tentar. Custe o que custar, por você...

GRÁVIDA DO MEU AMIGOOnde histórias criam vida. Descubra agora