Vinte

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#BárbaraP.O.V#

-Eu vou mas daqui a algum tempo não venhas chorar a pedir para voltar. Lembra-te que quem estragou isto foste tu e não eu. Além de não acreditares em mim ainda me expulsas sem saber a minha versão da história, achava que eras superior a isso mas afinal és como todas as outras mas obrigado pelas noites de sexo, foram boas.-as suas palavras entram como adagas que espetam e se reviram no meu coração. Eu tento conter mas as lágrimas são mais fortes que eu e escorrem pela face a baixo.

-Eu sempre soube que tu eras um porco e só me querias para depois andar mas fica a saber que da minha parte sempre foi tudo verdadeiro mas agora sai da minha vida e nem tentes voltar a falar-me.-a minha raiva só aumenta a cada dia que olho para este ser humano, a minha vontade é dar com a sua cabeça no chão até ele se tornar uma pessoa de jeito. Bastante agressiva Bárbara.

A sua figura sai do meu campo de visão e aí me permito chorar como um bebé que acabou de perder o seu melhor brinquedo. Irónico visto que desta vez o brinquedo fui eu, não sei como fui capaz de cair na sua cantiga e ter achado que ele me amava como eu o amo.

-Amor não chores, ele não merece. Anda que eu levo-te a casa e vemos um episódio de Vampire Diares e esqueces esse traste.-levantamos-nos da esplanada e andamos até minha casa.

Nem acredito que vou ter de me cruzar com ele todos os dias e fingir que nada aconteceu só para os nossos pais não descobrirem. Só queria poder dizer-lhe tudo o que me está entalado mas seria dar-lhe mais motivos para me humilhar, ver que me partiu o coração e deixou destruída apenas com algumas noites de sexo como ele lhes chama.

Aquelas noites em que abri o meu coração e lhe dei tudo de mim e não só o corpo, quando lhe prometi que faria tudo para ficar para sempre com ele, que até o meu pai enfrentaria para que ele visse que era amor verdadeiro e na verdade era só sexo que ele queria. Tudo o que eu lhe disse não lhe interessou nem um bocadinho.

Mas ele ainda vai ver que fez mal em tratar-me da forma que tratou.

#AndréP.O.V#

Acabo de lhe dizer tudo aquilo que não é nem um porcento verdade e entro de novo no bar. Tenho o meu coração a mil e não sei como lhe consegui dizer aquilo mas a sua atitude magoou-me e só consegui pensar numa maneira de a atingir ainda mais.

Todas as vezes que dormimos juntos foi muito mais que sexo, foi amor verdadeiro. Partilhamos segredos e fizemos promessas, prometemos de mindinho que faríamos tudo por nós, que só deixaríamos de lutar quando o coração de um já não batesse mais e afinal acho que foi o meu a deixar de bater primeiro, ao partir-se em pedaços quando ela não acreditou em mim.

Sento-me na mesa do bar e peço mais uma cerveja à qual o barman responde com uma cara estranha. Faço-lhe sinal para que ma dê e ele dirige-se a mim.

-André não achas que já bebeste de mais? Amanha tens aulas e não te quero aí a cair pelos cantos de madrugada.-olha, o meu pai voltou e está a aconselhar-me.

-Tabom paizinho, agora dá-me a cerveja que eu prometo que é a última.

Apos ele tanto insistir que não vai dar e que tenho de ir embora sempre começo o meu caminho mas de forma alguma vou para casa. Sento-me na porta do Caramel e espero ganhar uma ideia melhor mas visto que não me ocorre nada, fico por aqui.

-Acabou a gasolina? Ou já bebeste a ponto de não te puderes conduzir a ti mesmo?-morena, engraçada e linda. Ainda dizem que não existe o paraíso.

-Acho que é mais a segunda. André Silva, e tu?-ela ri e estica também a mão.

-Carolina Andrade, muito gosto. O que te faz querer afogar as mágoas? Namorada?

-Acho que é mais a falta dela mas nota-se assim tanto?-pergunto.

-Estamos no mesmo momento da vida e suspeitei que essas lágrimas fosse um coração partido.-só me apercebo que comecei a chorar quando ela toca no assunto.

Vamos falando e tentando ajudar-nos mutuamente mas um coração partido não se sara com uma conversa com uma estranha. Acaba por me convidar para ir à sua casa e não me parece mal, quem sabe me ajude a esquecer os meus problemas e a causadora deles.

-Não faças barulho e entra na última porta à esquerda que eu já lá vou.-faço o que me manda e entro num quarto bonito decorado de forma moderna e agradável de se olhar.

Sento-me na cama e algumas memórias das minhas noites com a Bá passam-me na memória mas depressa as afasto de mim, estou cá para a esquecer e não para a ficar a comparar.

A Carolina chega e senta-se ao meu lado na cama. Nota-se a existência de uma tensão sexual mas ninguém quer dar o primeiro passo. Olho para os seus lábios e uma vontade de lhes tocar atravessa-me e aí sim, cedo às minhas vontades.

Os meus lábios encostam nos seus e por um momento lembro-me dos lábios da Bárbara mas mantenho-me concentrado na miúda que tenho há minha frente e em pouco tempo estamos completamente nus na sua cama a tentar esquecer os nossos problemas.

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Olaaaa! Vocês estão a gostar? Tenho duvidas se estou a levar a história para o rumo certo mas o que está feito não dá para ser mudado.

Votem e comentem e claro desfrutem a ler, isto é para vocês!

Beijinhos da Cat

Amor Improvável || André SilvaOnde histórias criam vida. Descubra agora