Vinte Cinco

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#BárbaraP.O.V#

Entro no duche e deixo a água escorrer pelo meu corpo enquanto tento organizar as ideias. Apetece-me sair, conhecer pessoas novas e mudar um pouco a rotina dos meus dias. Apetece-me deixar de ser esta Bárbara e tornar-me uma pessoa diferente.

Hoje acordei com vontade de dar uma volta de trezentos e sessenta graus há minha vida. E para isso vou aproveitar que é sábado e vou sair de casa sozinha.

Já são quase sete da tarde e eu só vou acabar de me arranjar, jantar com o meu pai e a Teresa e vou até ao Caramel. Lá costuma ter bué gente que eu conheço mas nunca falamos.

Saio da casa de banho já vestida e ando até à sala e vejo o capacete do André pousado em cima do sofá, isso quer dizer que ele já chegou da casa da nova namorada.

-Tu não entendes que não podes passar duas noites fora de casa e depois aparecer aqui como se não fosse nada? Isto não é assim André!-ouço os berros da Teresa no quarto dele.

-Estava na casa de um amigo, há problema nisso? Não andei a fazer nada de errado, não te preocupes.-ele sai do quarto disparado e vem até à cozinha.

-Eu só queria que tu entendesses que tudo o que eu falo é para o teu bem mas tu não me entendes. Se continuares assim eu vou ligar ao teu pai e mandar-te para lá.

Ele pega de novo no capacete e bate a porta de casa com força. E por mais que ele me tenha magoado eu sei que ele também está mal e portanto começo a falar com a sua mãe a tentar ajuda-lo.

-Teresa da-lhe um desconto, ele acabou há dois dias com a namorada que tinha e não anda bem. E sabes o quanto ele odeia que fales no pai dele e isso não o vai ajudar neste momento.

-Bá é óbvio que eu não o vou mandar para lá mas só queria que ele falasse comigo e me disse-se isso que tu disseste agora. Ele sabe que pode falar comigo e com o Jorge e que o vamos sempre ajudar mas ele fecha-se da família e não fala connosco.-ela senta-se no sofá e faz sinal para que repita o gesto.

-Eu entendo o que queres dizer e sei que em breve ele vai mudar a maneira dele ser. Isto é só uma fase má que ele está a atravessar.-beijo a sua testa e vou ver o fogão.

A comida está pronta portanto começamos a jantar e entretanto o André chega de novo. Na sua cara notasse perfeitamente que ele esteve a chorar e eu só queria puder ir até ele, dar-lhe um abraço e prometer que vai ficar tudo bem mas eu não posso abaixar-me a ele porque está mal porque daqui a pouco ele já me vai estar a humilhar de novo.

Acabo de jantar e vou ao meu quarto buscar o meu casaco mas a porta atrás de mim fecha-se e alguém entra. Aquele cheiro é me tão familiar, que saudades de sentir um abraço com aquele cheiro.

-Eu preciso muito de falar contigo.-viro enquanto ele fala e olho bem fundo dos seus olhos. Ele parece tão a serio.

-Eu não tenho nada para falar contigo e se não te importas sai.-dirigo-me à porta e abro-a para lhe dar espaço para sair.

-Eu não vou sair daqui enquanto não falar contigo e não resolvermos o que já devia ter sido resolvido há muito tempo! Eu tenho saudades tuas e eu sei que tu também tens. Eu senti os arrepios do teu corpo ontem na aula de dança quando te toquei. Percebi que continuas fascinada por mim como eu sou por ti. Diz que não tiveste saudades dos meus beijos e de como ficas fraca só comigo perto de ti.-ele acaba a frase a sussurrar-me ao ouvido e noto-me a fraquejar e dou um passo para trás.

-Eu não tive saudades, agora sai.-ele ri e chega o meu corpo para mais perto do seu ao amarrar na minha cintura e a puxar.

-Então se eu te beijar neste exato momento não te vais derreter toda?-aceno que não com a cabeça e ele junta os nossos lábios.

Que saudades eu tinha deste beijo, tinha saudades da forma como ele posiciona as mãos no meu corpo e isso me empolga.

Quando ele tenta meter a sua língua na minha boca eu afasto-me de si.

-Como vês já estou imune ao teu beijo, agora podes sair.-não acabo a frase pois ele levanta-me no ar e enrolo as pernas na sua cintura e de novo beija-me como só ele consegue fazer. Sinto-me a entrar no seu jogo mas de forma alguma quero parar. É um misto de emoções, tanto quero como não quero e já não sei o que sentir.

Quando me apercebo estou deitada na cama com o seu corpo em cima do meu com todo o seu peso apoiado no cotovelo pousado na cama. Ele continua a beijar-me e eu decido que agora quero isto.

Levanto o meu tronco um pouco e tiro a sua camisola. Ele sorri quando vê que estou a aderir à sua ideia e tira também a minha.

-E agora queres que saia do teu quarto?-a sua pergunta é apenas para me mostrar que não lhe resisto tal como ele havia dito.

-Cala-te e faz o teu trabalho antes que a tua mãe venha cá ver o que estás aqui a fazer há tanto tempo.

-Menina Bárbara hoje manda.-volta a beijar-me e ali começamos a fazer as pazes sem usarmos palavras para isso.

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Beijinhos da Cat

Amor Improvável || André SilvaOnde histórias criam vida. Descubra agora