Trinta

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#BárbaraP.O.V#

O João fecha a porta da sua própria casa e deita a Sofia no sofá visto que o estado da mesma nem lhe permite por os pés no chão sem que dê com a cara na tijoleira. Não sei em que momento isto aconteceu mas a verdade é que os únicos perfeitamente sóbrios sou eu e o Jonny. A sofia mais vale nem comentar, o André está ainda mais insuportável com as suas piadas e a sua vontade de ficar sem roupa comigo a qualquer momento, este homem bêbedo vira um tarado sexual. A Diana e o Nuno estão alegres mas com muito esforço conseguimos chamar a sua colega de casa e faze-la leva-los. De maneira alguma conseguiríamos transportar quatro bêbedos para a casa do João.

-Bárbaraaaa tu és padeiro? É que o teu pai é um sonho.-a forma como o André acrescenta a letra "a" ao meu nome faz-me rir.

-Sim amor, o meu pai é um sonho mas agora deita-te e dorme. Amanhã quando souberes o que disseste do meu pai vais desejar não ter bebido.-estendo um cobertor no chão e aponto para que o meu namorado se deite.

-Tu queres que eu me deite para abusares de mim não é? Podias ser a minha professora de educação sexual hoje.-puxa-me para si o que me faz cair no seu colo.

-Eu hoje vou só tirar-te essa roupa e fazer-te dormir. Hoje é sábado e não há escola.-ele faz beicinho não percebendo metade do que lhe disse e deita-se certamente por já não aguentar mais estar com os olhos abertos.

Retiro a sua roupa e deixo-o dormir apenas de boxers. Cubro o seu corpo e deixo um beijo nos seus lábios virando-me para o outro lado para também dormir.

-Amanha podíamos abrir a escola só para brincarmos os dois, já tenho saudades.-ele sussurra encostando mais o meu corpo ao seu.

Sorrio com a sua comparação da escola com os nossos momentos mais íntimos mas sem que perceba que eu ouvi o que disse. Lentamente ouço a sua respiração abrandar e adormeço também.

***

Acordo na nossa cama improvisada no meio da sala da casa do João e percebo que estou sozinha. O André já se levantou e a esta hora já deve ter tomado um banho porque sei perfeitamente que odeia o cheiro que tem no fim de uma noite de discoteca. A sua cabeça deve parecer um ambiente de guerra em Israel com explosões em todo o lado e neste momento já deve ter prometido a si mesmo que não volta a beber como na noite anterior umas cinquenta vezes.

A Sofia entra na sala com cara de quem vai morrer daqui a dez minutos e apenas me cumprimenta com a mão no ar pois certamente a falar deve doer-lhe tudo. Ando até ao armário dos comprimidos da ressaca e dou-lhe um, já sei onde é de tantas vezes precisei deles.

Procuro o meu namorado pela casa e só o encontro cá fora, sentado na relva a olhar para o nada. Sento-me ao seu lado e beijo-lhe os cabelos.

-Noites maravilhosas, manhãs desastrosas.-recebo um sorriso da sua parte.

-Goza goza, quando és tu não falas assim.-rodeia o meu corpo com os seus braços e encosto as minhas costas ao seu peito.

-Amor pelo menos nunca disse que a tua mãe era um sonho porque tu eras padeiro.-caímos na gargalhada.

-Hoje foi uma das poucas vezes que achei mal não ser das pessoas que esquece tudo quando fica bêbedo. Agora quando olhar para o teu pai vou-me lembrar disso e rir-me na cara dele.

-Ontem estavas muito assanhado também.

-Isso não foi só ontem, é todos os dias. E podemos tratar já disso.-começa a deixar alguns beijos no meu pescoço esperando que eu entre no seu jogo.

-André não estamos na nossa casa. Anda para dentro que temos de ir embora.-levanto-me e ajudo-o a levantar-se também e vamos até ao interior da casa.

Arrumo o que tinha sido usado para transformar o chão da sala na nossa cama e despedimos-nos do Jonny e da Sofia. O pai do João ainda nos tenta convencer a tomarmos o pequeno-almoço com eles mas acabamos mesmo por não aceitar.

Temos de ir a pé até à praça visto que a mota ficou lá e viemos de táxi pois tínhamos os nossos namorados num estado lastimável.

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Heyyyy pessoaaaaas! 

Votem e comentem para o André ter as suas brincadeirinhas todos os dias senão a Bárbara deixa-o a seco e nós não queremos o rapaz desesperado.

Beijinhos da Cat

Amor Improvável || André SilvaOnde histórias criam vida. Descubra agora