Dezoito

985 55 26
                                    

#AndréP.O.V#

Saio do estádio e meto-me em cima da mota. O Jonny senta-se também e eu acelero até à casa dele. Em minha casa já deve estar toda a gente a jantar e eu ainda aqui ando. O fim do treino atrasou-se e estava a ver que já não ia dormir a casa mas finalmente aqui vou eu.

Paro a mota em frente à casa do meu melhor amigo e ele desce, despede-se de mim e acelero de novo em direção à minha casa. Andar de mota faz-me esquecer todos os problemas, é tipo uma terapia que só quem anda entende que existe.

Corto as curvas pela adrenalina de ver a mota tremer toda e acelero cada vez mais, ultrapasso carro a carro e estou a uns dois minutos de casa. Tiro a mão do guiador e vou ver o meu telemóvel, nem uma notificação.

Entro com a mota na garagem e tiro o capacete, deixo-o pousado em cima da mota e subo as escadas até à parte de cima de casa. A minha família está toda sentada nos sofás na sala e todos me olham quando me vêm chegar.

-Todos há minha espera? Isso é que era saudades família.-rio-me e sento-me ao lado da minha mãe.

As suas expressões sérias assustam-me um pouco e olho para a Bárbara na esperança de um sorriso mas ela só baixa a cabeça e isso preocupa-me ainda mais. O que raio se passou para estarem todos com estas caras a olhar para mim?

-André temos de ter uma conversa muito séria. Eu nunca pensei que poderia levar com isto de ti filho, logo tu André.-a minha mãe fala e eu continuo sem entender nada. Isto só pode ser uma piada.

-Alguém me explica de uma vez o que se passa que eu estou esfomeado e não estou a entender nada.-falo já irritado de tanto suspense.

-Eu falo, a tua mãe hoje de manhã foi ao teu quarto para te acordar e viu em cima da tua secretaria droga. André tu és atleta e andas metido nessas cenas? O que achas que o mister te faz se descobre?-o meu cérebro para de processar a informação quando ele diz drogas.

-Isso não é meu, eu nunca fumei nada disso e toda gente sabe que sou super contra.

-Estás a dizer que eu não vi aquilo ali? André eu já tive a tua idade e sei que por vezes nos levam por maus caminhos mas nunca pensei que te deixasses influenciar desta forma.-a minha mãe fala super desapontada e eu estou tão mal por isto.

-Eu juro por tudo que aquilo não é meu. Eu já experimentei mas já foi há muito e eu quero aquilo bem longe de mim. A droga só pode ser de alguém que cá veio e se esqueceu.

Levanto-me e vou buscar um copo de água, não acredito que a minha mãe não acredita em mim. Ate estou curioso para saber o que a barbara pensa, espero bem que acredite em mim.

-Pai eu acho que já sei de quem a droga é. Quando vocês foram para fora veio ca um colega meu buscar um trabalho e eu tive de ir ao computador do André e deve ter sido ele que se esqueceu. De facto ele anda nessas cenas maradas.-olho para a barbara e percebo que ela esta a mentir para me ajudar.

-Barbara e tu trazes esse tipo de gente ca para casa. Sabes que eu não gosto nada disso.-levantamos-nos e vamos para a cozinha para jantar.

-Eu nem gosto dele, ele é um otario mas tive de ser do grupo dele e pronto. Peco desculpa por esta confusão toda, eu não me lembrava mesmo que ele ca veio.

A minha mãe diz que não faz mal e serve o jantar. Começo a comer e num instante o meu prato esta limpo. Levanto-me e vou para o meu quarto.

"Temos de falar muito a serio"

Barbara

Leio a sua mensagem e rezo para que ela acredite em mim, ela não pode desconfiar de mim visto que passa cerca de vinte e quatro horas do dia comigo e sabe perfeitamente que não consumo nada disso.

Batem a porta do meu quarto e ela entra furiosa.

-Como assim andas nessas cenas? Sabes o quão mal isso faz?

-Sabes bem que não ando, alguém se deve ter esquecido disso ai ou assim. Não é mesmo meu.

-Ainda por cima não tens tomates para admitir. Enquanto fores um drogado não precisas de me voltar a dirigir a palavra, não vou estar a ver a matares-te aos poucos e assistir de camarote sem fazer nada para te ajudar.

-Estas a fazer-me um ultimato por uma cena que nem verdade é?

-Estou a dar-te a escolher entre mim ou o vício que te mata.-ela sai e bate a porta com força.

Isto não pode ser a serio, como é que isto veio ca parar? Alguém me tentou tramar e conseguiu! Se eu descubro quem foi mato a pessoa.

Deito-me na cama e espero o sono chegar e adormeço a pensar em todas as hipóteses de como isto aqui chegou.

------------------------------------------------

Acabou a relação? Estará a Bárbara só de cabeça quente? Como é que aquilo foi ali parar?

Todas as respostas daqui para a frente ahahah

Votem e comentem que é muito importante!!!!

beijinhos da Cat

Amor Improvável || André SilvaOnde histórias criam vida. Descubra agora