Amor Improvável || André Silva

Nove

-Dois minutos e quero os meninos todos na mesa para provar a minha maravilhosa lasanha.-a emprega do João diz e todos se levantam.

Quando está toda a gente sentada à mesa vou também para a mesma e sento-me entre o André e a Diana.
Estão todos a ter uma conversa interessante com o pai do João e eu sou a única que não tenho nada a dizer do assunto.
Pego num pão e demoro uns bons minutos para o conseguir comer todo, não tenho fome nenhuma.

Sinto o olhar da Sofia em mim e dou-lhe um sorriso para ela não se preocupar comigo, eu estou bem.

-Faz outra cara, nota-se a léguas que não estás bem.-a Diana sussurra-me ao ouvido e olho-a confusa.

-Estou otima babe. Só com uma ressaca um pouco grande.

O João levanta-se da mesa e todos continuamos a comer. Eu só brinco mesmo com o copo na minha mão, sem fome alguma.
O meu telemóvel vibra e vejo uma mensagem do meu pai a perguntar por mim. Respondo que estou na casa do João e logo ignoro o telemóvel.

-Que me dizem de aproveitar este domingo e irmos todos a algum sítio fixe?

-Yah Nuno, bora sair todos juntos!-a Sofia afirma e começa uma conversa para decidir onde vamos.

Tocam-me no ombro e viro-me para olhar. O Jonny está à minha frente com um copo de sumo e uma caixa de comprimidos na mão. Percebo o que é e tomo um rapidamente entregando-lhe o resto.

O André começa a perguntar-lhe o que é sem que se ouça a sua voz e o João risse dele. Acaba por lhe contar que é para a ressaca depois de enervar o melhor amigo durante cinco minutos.

Acabamos por decidir que vamos todos até ao Porto passear, visto que estamos em Outubro e está um otimo dia.
O Felipe não pode ir porque tem coisas para fazer, também não fazia falta!

A Diana e o Nuno entram para o carro e começam a falar se alguém quer ir no carro com eles.

-Eu vou convosco, afinal há lugares que cheguem.-meto a minha mochila na mão e começo a ir para o carro mas amarram a minha mão.

-Podes vir de mota comigo, deixa-os estar sozinhos.-isso é verdade, não devia incomoda-los mas não quero mesmo ir de mota com o André.

-João queres ir na mota com o André e eu vou com a Bárbara no carro?-isso Sofia ajuda-me que tu entendes-me bem.

-Amor, vamos os dois na minha mota e deixa-os resolver as cenas deles. Eles que vão no que querem.-A Sofia pede-me desculpa num susurro e mete o capacete.

Olho para o André e decido que vou com ele. Não tenho o direito de importunar o dia da Diana e do Nuno só porque estou chateada.
Meto o capacete e sento-me na mota.

-Amarra-te a mim para não caires.-porque que eu aceitei isto?! Meto os braços em volta da sua cintura e ele arranca sendo logo seguido pelo João e depois pelo Nuno.

O caminho de Gondomar até ao Porto ainda é grandinho. Estou com os braços dormentes de tanto apertar o corpo dele.
Ele tem mesmo de andar nesta velocidade e fazer curvas tão apertadas? Que irritante.

-Queres que acelere mais para te colares ainda mais a mim? Pareces estar a gostar.-ele ri da sua provocação e arrependo-me de lhe dar motivos para gozar comigo.
Largo o corpo dele e quando ele faz uma curva quase caio obrigadando-me a amarrar às calças dele num ápice.

-Eu não te disse para te largares.-mete de novo as minhas mãos à sua volta e olha para mim pelo espelho da mota.

Ouvimos o Jonny buzinar e ele começa a estacionar. O André imita o seu comportamento e atiro-me da mota para o chão.

-Que me dizem de irmos lanchar? Bate uma fomeca.-o João fala enquanto guarda os capacetes na mala do carro do Nuno.

-Vamos, e logo passeamos por aí.-o Nuno decide e começamos todos a andar a decidir onde ir.

-Estás bem?-olha para mim sem nenhuma expressão facial.

-Estou, podias ter feito umas curvas mais abertas mas estou bem.-pego no meu telemovel e tenho sete chamadas do meu pai.

Olho apavorada e quando vamos ver o André tem outras nove da sua mãe. Começamos a ligar-lhes e assusto-me com o berro do meu pai.

-Bárbara, onde estás? É mais de meio dia e não estás em casa ainda.

-Pai já te disse que dormimos todos na casa do João e agora viemos à ribeira passear.-este homem pode ter calma um minuto na vida?

-Estás a mentir-me?-uhhh que nervos.

-Claro que não, queres que te mande uma foto ou falas com a Sof?

-Não é preciso. Diverte-te e depois avisa se jantas.

Desligo a chamada e o André ainda fala com a mãe dele. Ando para a frente para a beira da Sofia e começamos a conversar sobre fotografia.

Eu adoro fotografia e se não levasse o rumo da dança e da representação seria fotografia sem dúvida. É algo que me fascina e que não é uma obrigação para mim. Podia passar um dia a tirar fotos românticas ao Jonny e à Sof, algo que já fiz bastante, que seria com um sorriso na cara.

-Daqui a dois meses vamos para Bruxelas! Estou tão ansiosa.-a Diana comemora e brindamos às nossas férias de Natal, vai ser fenomenal.

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Capítulo sem interesse algum mas vai que vai, né amores?

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Beijinhos da Cat ♥