#AndréP.O.V#
Entro em casa e vou até ao quarto. Pouso a mochila e o capacete e vou comer qualquer coisa.
Entro na cozinha e a minha mãe já lá está a fazer o jantar. Óbvio cheguei super tarde porque tive treino!
Dou-lhe um beijinho na bochecha e pergunto-lhe como está. Começo a comer uma maçã.
-E então amor, ontem à noite chegaste tão tarde. Sabes que não gosto que saias quando no dia a seguir há aulas.-a minha mãe olha para mim desapontada.
-Desculpa, eu sei mas deixamos as horas passar e tavamos a divertir-nos tanto que ficamos na ribeira até tarde.-dou-lhe um sorriso fofinho e ela acaricia-me o cabelo.
Começo a meter a mesa a seu pedido e o cheirinho da comida está a deixar-me ainda mais esfomeado.
-Boas noites família.
-Bah, já chegaste. Hoje fiz a tua comida preferida para o jantar.-a minha mãe sorri e a Bárbara beija-lhe a face.
-Teresa és um amor.
-Mas é o meu amor menina Bárbara.-aparece o Jorge e abraça a minha mãe.
Uhhh demasiado fofo e querido. Sento-me à mesa à espera do jantar e rapidamente sou servido.
As coisas estão tão estranhas entre mim e a ela. Nenhum de nós quer tomar a iniciativa para falar sobre hoje de manhã e nem nos olhamos por isso.
Acho que os nossos pais já notaram que as coisas estão mais estranhas que antes...-Eu e a Teresa temos uma novidade para vos dar.-o Jorge fala dando a mão à mulher.
-Mãe, diz-me que não estás grávida.-ai que medo da sua resposta, um puto para andar a berrar pela casa não por favor.
-Não é nada disso parvo, eu e o Jorge é que vamos passar o feriado e a ponte fora.-a água salta da boca da Bárbara para a cara do seu pai e ela tosse engasgada.
-Estás bem filha?-ela acente sorrindo mas ainda com uma cara de pânico.
-Alguém me diz o quê que vocês vão comemorar?-olho para a minha mãe à espera de uma resposta.
-Nada de mais filho mas nós estamos a precisar deste fim de semana sozinhos e agora que vocês até já são amigos e saiem juntos parece o momento perfeito.-ela sorri tão feliz e o Jorge da-lhe um beijo na bochecha.
Não posso acreditar que vamos passar aqui o fim de semana sozinhos só para vermos os nossos pais felizes.
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Vejo o João sentado nas escadas à porta da escola e sento-me ao seu lado. Dou-lhe um cumprimento de braço e olho para um grupinho de raparigas do 11° de Música e sorrio para elas. Elas babam-se todas e sorriem de volta.
-A Bárbara?-olho para ele.
-Não sei, já não estava em casa quando eu saí.-olho de novo para o grupo e uma morena baixinha destaca-se quando me pisca o olho. Dou um sorriso de lado e volto a olhar para o meu melhor amigo.
-Podes parar de seduzir raparigas enquanto falas comigo? Não está a ser confortável.
Gargalho com ele e olho para o meu telemóvel. Acabo de ser seguido por uma rapariga no Instagram e quando abro o perfil vejo que é a morena de à pouco, Rita Morais.
A Sofia e a Bárbara chegam juntas e começamos a andar para o interior da escola.
Vamos ter dança, que felicidade! Só não choro porque seria humilhante mas sinto que a dança e eu temos uma barreira entre nós.#BárbaraP.O.V#
Vou até à casa de banho e vejo o Felipe. Ele da-me um sorriso e correspondo mas ele pára e mete conversa.
-Visto que depois de amanhã é feriado por acaso não queres ir sair. Prometo que desta vez não te deixo pendurada.-ele só pode estar a gozar comigo.
-Tu disseste que não podias porque estavas com outra miúda e agora queres sair? Menos miúdo.-volto a caminhar mas ele agarra-me.
-Não foi nada disso. Só inventei essa história porque achei que não querias que se soubesse que iamos sair.
Ao fim de mais um pouco de conversa lá aceito ir com ele tomar um café à praça. Começo a andar para a sala e bato à porta.
O professor Hugo olha para mim e deixa-me entrar. Explica-me que estava a fazer pares para uma apresentação de Hip-Hop e sento-me na rodinha tal como os outros.
Somos numerados com um número e a mim calha-me o dezaseis. Ele escreve todos os números num papel e mete dentro de uma saca.
Começa a tirar papeis dois a dois e diz os números para sabermos quem é o par.Sai o do Jonny e ele calha com a Beatriz, coitada da Sof. Ela odeia a melhor amiga da irmã, passam a vida a atirar-se aos rapazes e inclusive a Beatriz já andou com o André.
-Número dezaseis e número três.-olho à volta em busca do meu par e vejo que o André levanta a mão. Não acredito!
-Diz-me que o número dezaseis não és tu.-ele fala enquanto toda a turma nos olha.
-Sou, só espero é que não sejas o três.
-Lamento informar mas és o meu par.
-Não acredito que vou ter de dançar com o coxo, lá se vai a minha nota.
O professor Hugo olha-me chateado e percebo que fiz asneira. Ele é um professor fenomenal mas odeia que os alunos comparem talentos e e usem isso contra o outro como forma de insulto.
O André levanta-se e vai até à garrafa da água na ponta da sala.-Bárbara, já tinha falado sobre esses comentários aqui na turma, certo?-olho para o chão super envergonhada.
-Peço desculpa. Não pensei no que disse e estava só exaltada por algumas coisas.
-Aqui dentro esquece-se os problemas lá de fora! E espero bem que não volte a acontecer.
O professor da-me um sorriso para demostrar que não está chateado pelo sucedido e fico ligeiramente mais tranquila e menos envergonhada.
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Beijinhos da Cat ♥
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Amor Improvável || André Silva
Hayran KurguAndré e Bárbara são dois jovens que habitam a mesma casa por obrigação dos pais. André, um jogador de futebol, o típico rapaz que faz qualquer rapariga suspirar, com uma lista interminável de conquistas e um corpo de invejar vive com a sua mãe, Tere...