Cap43- Paixão Deslumbrante

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Não sei quanto tempo permaneci desacordada, não sei onde esta Thayna, mas eu estava com muitas dores em meu ventre, fui acordando aos poucos e minha visão estava meio turva, um gosto amargo na boca, era sangue, meus lábios estavam machucados, e ao passar as mãos em minha barriga, senti uma dor muito forte e foi ai que percebi que minhas pernas estavam molhadas, eu estava sangrando.
Entrei em desespero, tive medo de ter perdido meus filhos, comecei a gritar como nunca, mesmo que ninguém me ouça, eu preciso tentar.

- SOCOOOORROOOOOOO! MEU DEUS ME AJUDA, MEUS FILHOOOOOOS! - Gritei ensandecida
- ALGUÉM ME AJUDA PELO AMOR DE DEEEEEUUUSSS! EU TO AQUIIIII! - Gritei
- Cala boca infernooooo! Minha cabeça ta explodindo! - Disse Thayna saindo de um outro cômodo
- Vai se foder sua desgraçada, se você tiver feito eu perder meus filhos, eu te mato aqui e agora sua vagabunda! - Esbravejei
- Mata, mata então professorinha sonsa! Você não passa de uma putinha, e foi uma delicinha chupar você desacordada, gozei bem gostoso em você. - Disse passando seus dedos em minha boca
- O que? Você O QUE? POR ISSO TO DESSA FORMA! VAGABUNDA! - Gritei
- Ah qual é? Como se eu nunca tivesse chupado você e fodido você gostoso! Pena que estava desmaiada, ia gozar gostoso pra mim, mas fiz isso por você e gozei bem gostosinho! - se aproximou
- Vai se foder, filha da puta. Você me pagaaaaa! - Gritei indo pra cima dela

Levantei com muita raiva e comecei a bater nela como se não houvesse amanhã, hoje eu mato essa desgraçada, acabei deixando o ódio me levar e mesmo com meus filhos em perigo, eu estava achando que havia perdido, ou que poderia perde-los, mas não fiz nada brusco, dei um soco em seu rosto e pegou na lateral do nariz, logo em seguida disparei uns 4 murros no rosto dessa vagabunda, ela me paga, me paga e muito!
Não demorou e no 4º soco Thayna foi ao chão, percebi que seu rosto estava sangrando, deve ter cortado o supercílio.
Logo em seguida senti uma fraqueza muito forte e mais sangramento, quando dei por mim minha bolsa estourou e senti todo líquido esvaindo pelas minhas pernas, entrei em desespero e comecei a orar pedindo a Deus pra levar alguém até la pra me ajudar, eu podia perder meus pequenos e até acabar morrendo com eles.
Quando ouço um barulho muito forte e em seguida a porta vai pro chão, vejo alguns policiais todos fardados de preto e uma mulher comandando, logo atras estava Luiza e Flavio muito assustados e agoniados, Luiza estava com um olhar perdido e ao me ver respirou aliviada e correu pra me abraçar.
Ao me ver de perto entrou em choque, me abraçou e pediu calma, que íamos sair dali.

- Salva nossos filhos pelo amor de Deus, não deixa eles morrerem amor. - Disse caindo em seus braços
- Não amor, não, fica comigo, por favor fica comigo, vamos salvar nossos pequenos, vocês vão ficar bem, vamos pro hospital. - Disse tentando me acalmar
- Você esta presa! Podem recolher a moça. - Disse uma Tenente em alto e bom tom
- O que ela fez com a senhora? Uma ambulância ja esta a caminho, vamos levá-la ao hospital, vamos salvar você e seus bebês. - Disse a Tenente
- Muito obrigada Tenente, só peço que salvem meus filhos! - Agradeci e tentava me manter acordada
- Amor, a Tenente Cheloni nos ajudou muito, ela conseguiu encontrar essa vagabunda no beco comprando drogas e eles conseguiram seguir ela até aqui, graças a Deus achamos você, eu não aguentava mais essa agonia, foram os piores dias da minha vida. - Disse acariciando meu rosto
- Juh, os bombeiros chegaram, estão subindo pra levar vocês, é muito difícil o acesso até aqui, mas vamos com calma pra você e nossos filhos ficarem bem. - Disse Flavio assustado
- Obrigada lindo, muito obrigada gente, me levem logo, eu não estou aguentando de dor. - Disse me encolhendo
- Onde esta a vítima? - Disse um dos bombeiros

Logo me colocaram em uma prancha, me imobilizando, mas comecei entrar em trabalho de parto, após a bolsa romper as contrações começaram e eles precisavam fazer meu parto ali mesmo, meus filhos meu Deus, salva meus filhos. Orava em silêncio
Luiza entrou em desespero, Flavio a acalmou e os dois ficaram ao meu lado, Luiza ficou perto de minha cabeça e colocou minha cabeça em seu colo, eu estava suando frio, a dor estava cada vez pior, as contrações cada vez mais intensas e mais curtas, meus filhos vão nascer! Porque aqui? Chorava.
O bombeiro começou a realizar meu parto, mas era muito arriscado, eu podia morrer por perder tanto sangue e meus filhos por nascer prematuros e pelas dificuldades que se encontravam no local, a Tenente Cheloni se prontificou a ajudar e realizou o parto junto com o Capitão Borges do corpo de bombeiro, eu estava respirando cada vez mais fundo e empurrando meus filhos pra nascer, suava muito e Luiza me apoiando a cada segundo, Flavio segurando minha mão e pedindo pra fazer mais força.

- Muito bem Juliana, ja consigo ver um dos pequenos! - Disse a Tenente

Continua...

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