Cap32- Paixão Deslumbrante

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Ao sentir a mão em minha boca eu me desesperei, tentei me soltar mas a pessoa era mais forte e eu acabei ficando de costas pra ela enquanto eu sentia seu corpo pressionando o meu, me forçou ainda mais e respirou em meu pescoço.

- Não grita! - Ordenou sussurrando
- Você achou mesmo que ficaria tranquilinha nessa vida ne? Você é minha, e se não for minha não vai ser de mais ninguém. - Esbravejou

Sua voz era familiar, mas estava muito alterada, meio rouca e com raiva, comecei a chorar de nervoso e medo, não sabia o que iria acontecer naquele momento, senti uma de suas mãos percorrendo meu corpo, estava me molestando, e eu tentando me soltar, sair daqueles braços horríveis, meu Deus que sensação ruim sentir isso, me sinto tão vulnerável, não consigo me soltar e nem gritar, sua mão foi invadindo meu corpo, entrou por dentro do meu short, e por dentro do meu biquini começou a me masturbar, eu estava desesperada pra sair, eu puxava sua mão mas não conseguia tirar, e estava me machucando, meu filho, meu filho, caralho meu filho. Gritava sufocada. Cravei minhas unhas no braço e pressionei cada vez mais forte, e então tirou a mão e me derrubou no chão com muita força.

- Sua filha da puta. - Esbravejou vindo pra cima de mim
- Meu Deus o que você ta fazendo Thayna? - Assustei ao ver quem era
- Eu disse que voltaria! - Subiu por cima de mim
- Para, pelo amor de Deus para, você vai me machucar. Meu filho, não me machuca. - Supliquei
- Você me machucou sua vaca, você me fez sofrer e isso ninguém faz. - Continuou em cima de mim

Thayna prendeu minhas pernas entre as suas e segurou minhas mãos pra cima da cabeça, me olhava com uns olhos muito vermelhos e intensos, cheios de ódio. Se debruçou sobre meu corpo e tentou me beijar, eu virava o rosto e fiquei tentando de varias formas me soltar, que merda, comecei a gritar por socorro e Thayna soltou minha mão e me deu um tapa no rosto, me assustando e me fazendo entrar em choque.
Senti algo escorrendo em meus lábios, e senti gosto de sangue, filha da puta. Ela estava sentada em minha barriga, e cada força que ela fazia contra meu corpo eu só pedia a Deus pra proteger meu filho, Thayna voltou a me agredir, Gritou varias vezes que eu iria pagar pelo que eu fiz, por estar com Luiza e por enganar ela, a cada tapa que ela dava, um sentimento de impotência, lágrimas se misturavam com sangue em minha boca, e logo comecei a apagar aos poucos, ela beijou minha boca e mordeu meus lábios, disse que eu seria dela e de mais ninguém.
Foi quando ouvi gritos atrás de Thayna, era Luiza.
Flavio e Luiza entraram no quarto, Flavio tirou Thayna de cima de mim e a segurou, Luiza me acudiu, se sentou na beira da cama e me puxou pra perto do seu corpo, me colocando em seu colo e me abraçando.

- Calma, calma, eu to aqui meu amor, calma. Acabou, a polícia ja esta vindo. - Disse acariciando meu rosto e me abraçando forte
- Graças a Deus, por favor me tira daqui. - Sussurrei com a boda ensanguentada
- Luiza, tira ela daqui. - Pediu Flavio
- Me solta porra, eu vou acabar com vocês, Luiza sua vagabunda você é a próxima. Desgraçada. - Gritou Thayna
- Cala boca idiota, o que é seu ta guardado, o que você fez não vai ficar assim. - Esbravejou Flavio a chacoalhando.
- Corno desgraçado, você é um babaca. - Disse cuspindo em Flávio

Luiza me levou pro quarto de hóspedes que tinha em casa, onde vai ser o quarto do bebê, eu estava muito abatida, meus olhos mal permaneciam abertos, Luiza me deitou na cama e se sentou ao meu lado, me colocando em seu colo e me acalmando. Pegou uma toalha que estava ao lado da cama e passou em meu rosto, enxugando o sangue que estava em meus lábios, eu via em seu olhar um desespero, medo, mas tentava me acalmar de todas as formas do jeito mais carinhoso.
Alguns minutos depois Flávio entrou no quarto e sentou ao meu lado, segurou em minhas mãos e perguntou a Luiza se eu estava bem, Luiza afirmou com a cabeça e deixou escorrer uma lágrima de seus olhos.
Senti uma cólica muito forte, tão intensa que eu me encolhi inteira e comecei a gritar de dor. Flavio e Luiza se desesperaram, Luiza chamou a ambulância e fomos todos para o hospital, percebi que eu estava sangrando muito, meu Deus meu pequeno. Eu só pensava nele nesse momento, toda minha angustia, medo, um desespero tomou conta de mim e mais ainda dos dois, e eu sem entender nada, eles juntos me ajudando. No caminho Flávio disse a Luiza que a polícia pediu pra irmos para a delegacia abrir um boletim de ocorrência por agressão, e Thayna foi levada para delegacia para depor.

- O delegado pediu que Juh fosse la, mas vou deixar você com ela no hospital e ir para a delegacia fazer o boletim e informar que ela esta no hospital, você cuida dela? - Perguntou a Luiza
- Claro, vou ficar o tempo todo do lado dela, marca seu telefone aqui no meu celular e qualquer coisa eu te ligo. - Pediu
- Graças a Deus chegamos a tempo, estranhei você na porta de casa e logo ouvi os barulhos, que bom que não aconteceu algo pior. - Disse a Luiza
- Sim, eu liguei varias vezes e ela não me atendeu, senti um aperto grande no peito e fui até la ver como ela estava, e logo que eu cheguei você chegou. Que bom que tudo acabou, você vai ficar bem Juh. - Me acariciou

Eu observava os dois conversando e sem entender muito, só conseguia segurar meu ventre e chorar, meu filho, meu Deus meu filho.

Continua...
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