Cap23- Paixão Deslumbrante

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Thayna me abraçou forte e sentiu o cheiro do meu pescoço, logo acariciando meu rosto e me beijando novamente, eu estava me segurando, tentando não surtar e dar um show com ela ali mesmo, mas vou desmascarar ela de outra forma.
Eu estava perdida, nem sabia que dia da semana era, perguntei pra Thayna e ela deu risada.

- Esta perdida professora? - Me questionou
- Estou um pouco, to meio estressada. - Disse a ela
- Hoje é quinta-feira, creio que a senhora esteja precisando relaxar, quer que eu resolva seu estresse? - Me provocou
- Quero sim, eu preciso ficar sozinha, se não for pedir muito. - Pedi a ela
- Nossa, você esta me mandando embora? É sério? - Indagou
- Sério, estou cansada, acabei de chegar em casa depois de semanas internada, só quero ficar tranquila. - Me expliquei
- Tudo bem amor, vou estar em casa, qualquer coisa me chama. - Disse me dando um beijo no rosto

Eu só acenei com a cabeça e a acompanhei até a porta. Ela me olhava com um olhar sereno, parecia estar tão satisfeita, que vontade de dar um soco na boca dessa vaca. Meu Deus me segura, haja sangue frio pra passar por algo que nunca me aconteceu.
Não posso ficar passando nervoso, meu miudinho pode sentir isso, e não quero ele nervoso. Fui até a cozinha e ataquei o pote de brigadeiro que comprei e uns doces deliciosos, Pari voltou e eu brinquei com ela pela demora.

- Estava cagando viada? - Dei risada
- Não, tava no telefone com sua mãe, ela me ligou pra saber se você estava bem e se chegou bem. - Explicou
- Ué porque ela não me ligou? - Questionei
- Aah amiga, não sei! Ela pediu pra eu cuidar de você, olha só, quem mais cuidava de mim na adolescência agora precisa que eu cuide. - Gargalhou
- É ne? Não to aguentando tudo isso, tem noção da bagunça que ta minha vida e minha cabeça? Eu tava pra explodir com a Thayna aqui, só de pensar que ontem ela estava com a ex e depois comigo, eu to rindo mas é de nervoso, pra não da na cara dela. - Desabafei
- Juh, mas agora falando serio, você tem uma vida incrível, seu marido sempre foi maravilhoso com você, o sonho de vocês era ter esse filho e agora com toda essa confusão, porque dar continuidade a isso? - Me questionou
- Isso o que? - Indaguei
- Ficar com mulher, você nunca falou disso antes.
- Amiga eu nunca senti vontade, e ela me despertou isso e foi muito diferente, é tudo muito diferente, o toque, o beijo, o sexo. Sério, é incrível, você precisa experimentar. - Disse brincando
- Ta louca? Eu? - Deu risada
- Ué, porque não? - A encorajei
- Para, eu to bem assim, sei bem do que gosto, e adoro um corpo de macho gostoso. Aquela pegada bruta, aquele mastro maravilhoso. - Disse rindo
- Cala boca! Hahahaha - Não me aguentei

Ficamos na cozinha por horas conversando, contando as fofocas de anos sem se ver pessoalmente, ela me falando dos boys magias, das aulas, do colegio em que esta dando aula, que la tem um professor lindo que ela é louca por ele, me contou até dos alunos.
Logo a noite me senti desconfortável de tanto comer porcaria, resolvi ir tomar um banho, o calor estava intenso demais, fui ao banheiro e quando tirei minha calcinha percebi que estava sangrando, me desesperei e gritei pra Pati me ajudar, ela logo ligou pra minha mãe e pediu pra ajuda-la. Correu pra pegar um vestido mais leve e me ajudou a me vestir, me assustei muito vendo aquele sangue, Pati estava ainda mais assustada mas tentava me manter calma, me colocou no carro e fomos direto pro hospital.
No caminho eu aos prantos, chorando cada vez mais, com medo de perder meu filho, com medo de tudo isso piorar, meu Deus porque isso tudo ta acontecendo comigo de uma vez só, eu me questionava e só pensava em chegar logo no hospital.
Chegando la, logo fui atendida no pronto socorro, eu estava desesperada, queria logo que acabasse isso e meu filho estivesse bem.
Passei pelo ginecologista obstetra, e ele me acalmou, explicou que tive um pequeno sangramento mas que o bebê estava bem, que ficaria novamente em observação e tomando medicação, mas que logo iria pra casa, fiquei em uma salinha pra tomar a medicação, pra que o sangramento não continue, e me pediu repouso absoluto, nesses primeiros meses é perigoso qualquer estresse afetar o bebê, espero que isso não aconteça.
Quando vejo Flavio entrando pela porta e chorando, vinha em uma cadeira de rodas conduzido por Pati. Eu fiquei sem saber o que dizer.

- Porque não me disse? - Me questionou com os olhos cheios d'água

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