Cap20- Paixão Deslumbrante

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Luiza me prensou contra a prede, me encarou e chegou bem perto dos meus lábios, me deixando sem fôlego, tensa e ao mesmo tempo cheia de tesão.

- O que você quer comigo? - Questionou sussurrando em meus lábios
- Você! - Retruquei
- Você quer? Então aproveita. - E me beijou

Sua boca começou a me devorar, beijava e enroscava seus dedos em meus cabelos puxando-os pra trás, me deixando ainda mais excitada, seu beijo era bem diferente da Thayna, era mais intenso, um pouco mais voraz e invadia meu corpo, sua língua penetrava em meus lábios e me mostrava o que era um beijo cheio de tesão, raiva, e intensidade, sentia pulsar um desejo louco, ja estava toda molhada só em sentir aquele beijo. Foi ai que ela me jogou em cima de um sofá que havia nessa sala, desabotoou seu jaleco mostrando sua silhueta, uma cintura linda, calça branca apertada que desenhava as curtas da sua bunda, ela me olhava de uma forma estranha, não era a forma como ela me olhava ontem quando se abria comigo, parecia estar com raiva, e eu estava começando a me assustar.
Ela tirou seu jaleco o jogando ao chão e veio me beijando levantando minha blusa, aquela loucura estava só começando, e uma mistura louca de medo com insegurança, ela com raiva ou tesão, eu já não sabia descrever em seu olhar, mas era diferente, quando ela acariciava meus seios, sempre com muita intensidade, eu ja quase sentindo desconforto, quando ela estava tirando minha calça eu a empurrei, ela assustou e me fitou.

- O que é isso? É assim que você faz com suas namoradas? - A questionei
- Não, mas estava ansiosa pra saber como era transar com você, como era beijar essa boquinha gostosa, precisava saber a vadia que fez minha namorada me trair e me largar. - Disse com os olhos fulminantes
- Namorada? Você era a namorada da Thayna? Por isso se assustou ao vê-la no quarto? Caralho claro, mas ela me disse que você não era formada, como assim? Que porra é essa garota? Você é louca? - Me levantei arrumando minha roupa
- É, parece que não é só pra mim que ela costuma mentir não é mesmo? Se lembra que eu sou formada a pouco tempo? Que estava me estabilizando agora? Se lembra da nossa conversa intima? - Foi se aproximando
- Sai! Você sabia quem eu era o tempo todo? - Disse a empurrando pra trás
- Não, e eu estava começando a gostar da sua amizade, mas você começou a me olhar de uma forma que me atraiu, e que loucura, quando menos espero dou de cara com a minha ex namorada nos amassos com uma paciente do hospital, que loucura ne? - Me questionou
- Você não viu nada! - Afirmei
- Não, mas qualquer idiota saca tudo logo quando vê uma mulher ofegante e outra saindo do banheiro, ainda mais esse tipinho de sapatão enrustida, ontem estava feito uma vagabunda gemendo na minha cama, hoje sentindo o seu tesão. - Esbravejou
- Caralho, ela mentiu pra mim mais uma vez! - Mordi os dentes de raiva
- É, parece que eu não sou a única otaria da história. - Debochou
- Vai se fuder! - Gritei

Sai da sala de espera pisando firme, puta da vida e com uma vontade de estourar a cara da Thayna, como pode me mandar flores, se fazer de boa moça arrependida e apaixonada e ontem mesmo estava transando com a ex, filha da puta do caralho. Comecei a procurar uma saída daquele hospital, ja estava entrando em estado de nervo, queria arrebentar o primeiro filho da puta que me desse um oi, achei uma saída para um jardim, ótimo. Preciso de ar.
Sentei no meio da grama, em um lugar mais afastado, vi alguns pacientes sentados em cadeiras de rodas com soro pendurado, parecia um ambiente só para os pacientes, como não vim aqui antes?
Respira, inspira...
Meus batimentos cardíacos estavam extremamente acelerados, minha pressão deve estar alta, meu Deus isso pode afetar minha gestação. Respira... Inspira...
Acalma pelo amor de Deus, coloquei minha mão sobre minha barriga e comecei a conversar com meu botãozinho, e tentava me acalmar, foi ai que me deitei na grama, abri os braços e embaixo de uma árvore enorme com uma sombra deliciosa, fiquei respirando ar puro, e isso foi me acalmando.

- Juliana? - Me chamou.
- O que você faz aqui? - Questionei
- Porque você esta deitada no meio do jardim? - Indagou
- Eu estava a beira de uma loucura, uma vontade louca de explodir e acabar com tudo. - Desabafei
- Porque isso amiga? - Perguntou Patricia (Minha melhor amiga)
- Por favor, não quero dizer nada agora, mas que bom que você esta aqui! Como soube que eu estava aqui? - Perguntei curiosa
- Sua mãe me ligou contando o que aconteceu, e eu vim pra ca. Peguei um abono no colégio e vim te ver. E acho que foi a melhor coisa que eu fiz ne? - Me abraçou

Patricia é minha melhor amiga, estudamos juntas no ensino médio e desde então sempre fomos grandes parceiras, ela é pedagoga e leciona em um colegio em outro estado. Nossa que bom ter o colo da minha melhor amiga, eu estou completamente perdida. Logo em seguida vejo alguém se aproximando.

- Mais uma professora? - Soou sarcástico

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