20. Nós.

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P.O.V. Justin Bieber.

Seus olhos não deixam os meus, era como se estivéssemos conectados. Eu não consigo parar de olhar para ela.

Amber se aproxima, então eu recuo, com medo de que ela seja capaz de ler oque está na minha mente.

Eu não quero quero ir. Eu a amo.

Poderia ir para qualquer lugar do mundo, desde que ela estivesse comigo. Porquê com ela eu consigo fazer as coisas certas, por ela eu quero fazer coisas certas, mas ao mesmo tempo, sei que Amber tem um futuro, e ficar tentando me ajudar não é o futuro que ela merece.

Mas como o amor faz você fazer coisas idiotas, eu tentei. Eu tentei e tive a pior resposta que poderia ter.

- Vem comigo? - ela abaixa a cabeça.

- Não dá.

É claro que não dá. Como seria nossas vidas? Com ela tentando se matar a todo tempo, sem ajuda de um profissional. Eu ficando frustrado com tudo, atoa e me drogando.

Meu peito aperta.

- Só me responde mais uma coisa, eu sei que você é sincera, então me responde. - passo a língua sobre meus lábios antes de dizer. - Se fosse com ele você iria?

Silêncio.

- Era só disso que eu precisava.

Então, eu passo por ela e chego até a porta, magoado de mais para olhar para trás. Frustrado de mais para gritar e falar o quanto está doendo. Ferido de mais para confessar mais alguma coisa.

Eu tentei, mais de uma vez eu tentei fazer certo. Tentei ficar longe, tentei não sentir, tentei ignorar tudo oque meu coração gritava, por último eu praticamente me humilhei, sendo ingênuo o suficiente para achar que poderíamos ter uma vida juntos.

Ridículo o meu modo de pensar.

Ridícula essa situação.

Malditos lábios que não saem da minha cabeça.

Minha mãe faz milhares de alegações contra eu me mudar, meu pai também. Não escuto nenhum dos dois, e por último, eles resolvem apelar.

- É por conta daquela garota? - ele pergunta, quando termino de fechar minha mala.

- Não tem nada haver com ela. - ando até meu closet, querendo ver se não estou esquecendo nada.

- Certeza?

- Sim.

Digo mais para mim doque para ele.

Pattie chora muito, e diz que não quer ficar sozinha, antes que eu peça para ela me visitar, a mesma já se convida.

Meu pai e eu vamos para Manhattan amanhã, ele já ligou para imobiliária e eles estão andando o mais rápido possível com a papelada de transferência. Sobre minha emancipação, meus pais adiaram, dizendo que não confiam tanto em mim. Nós brigamos. Mas achei justo no final.

Me sento na calçada no final da noite, e encaro a porta de frente para a minha casa.

A janela do quarto de Amber está fechada e com cortinas. Algo que não tinha, daqui me parece improvisado.

Fumo dois cigarros, encarando fixamente aquela janela, fazendo minha mente viajar para inúmeras lembranças.

"Não preciso que me agradeça, mas sinto que faria o mesmo novamente caso fosse preciso."

Eu também faria o mesmo por ela. Desde o dia em que ela me salvou daquele caminhão, eu sinto que salvaria ela de tudo e qualquer coisa. Só não fui capaz de salva-la de mim mesmo.

Que irônico, não?

Sou destraido quando a porta do garagem é aberta e o carro de Adam sai de lá às pressas.

Encaro com curiosidade, querendo entender oque está acontecendo, mas com o vidro de trás aberto, eu vejo Joe com Amber desacordada.

Minhas pernas automaticamente se movem para dentro de casa. Procuro as chaves do meu carro o mais rápido possível, quando as acho minha mãe aparece vindo da cozinha.

- O que foi?

- Tenta ligar para o Adam ou o Joe. - ela franze o cenho. - Eu acho... Tenho certeza que estão indo para o hospital com a Amber. Rápido mãe!

Ela parece despertar, pois se move de forma desesperada até o telefone.

Corro até a garagem, agradecendo mentalmente meu pai por ter deixado o carro dele do lado de fora, não me atrapalhando ao sair.

- Justin! - ouço o grito da minha mãe. - Eles estão no hospital perto da primeira avenida.

- Certo.

Então, voltei. Kkkk
Já devem ter percebido que esse é beeem diferente das outras fanfic's, essa foi minha intenção desde o começo mesmo.
Eu sou do tipo que se começa a gostar do livro, leio ele dezenas de vezes, então quase nunca mudo minhas escritoras ou o foco, mas eu reparei que nunca tinha lido nada representando uma menina ou menino depressivo, nenhum casal com um problema como esse, que na minha opinião é muito sério.

Eu quis deixar tudo o mais real possível, porquê pesquisei muito antes de começar a escrever, e já vou dizendo que esta bem diferente, e que o final pode ser mais surpreendente, porquê já está mais ou menos pronto.

Remember, I Love YouOnde histórias criam vida. Descubra agora