27. Again.

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Gente, eu não queria escrever com pressa e postar qualquer coisa, por isso a demora, achei esse capítulo bem importante e quis dar a versão dele primeiro depois do último capítulo que foi tão especial, então é isso, preparem os coletes porquê o final tá um tiro, kk.

P.O.V. Justin Bieber.

Eu posso vê-la por completo agora. É como se sua alma estivesse despida para mim depois dessa noite.

Seu cabelo bagunçado consegue deixá-la mais linda, alguns fios rebeldes caem sobre seu rosto delicado, os boto atrás de sua orelha, eu preciso observar cada mínimo detalhe seu.

Seus olhos estão mais claros devido a claridade. Sua boca está em um tom mais rosado. Suas bochechas coradas como sempre ficam, quando eu a encaro assim. Suas pernas brancas de mais, porém maravilhosas, se encontram desnudas, apenas uma blusa minha cobre seu corpo, por estar sem sutiã, eu vejo seus mamilos rígidos por conta do frio.

Amber é a coisa mais linda que eu já vi, onde ela estava durante todo esse tempo?

A intimidade entre nós depois dessa noite é nítida, alguns gestos mudaram, os toques estão mais ousados de forma espontânea e nossos olhares sempre cúmplices quando se cruzam.

Eu poderia guardar cada coisa que fizemos aqui em um cofre, para ninguém mais ter acesso, porquê foi  nosso momento. Tentei deixar tão especial para ela quanto estava sendo para mim, porquê no final de tudo, eu vi que valeu a pena esperar o seu tempo e tornar tudo memorável.

- Está pensando em quê? - sua voz rouca paira, quebrando o silêncio do quarto.

- Você já quis que o sol nunca aparecesse? - concorda, me dando seu melhor sorriso. - Então, eu queria poder congelar o tempo. - ela morde o lábio inferior, me fazendo imaginar todas as coisas que fiz com sua boca. - Está pensando em quê?

- Não quero voltar para realidade.

Silêncio.

- Para realidade você quer dizer para casa?

- Exatamente.

- Vocês vão conversar e se entender.

Mudamos de assunto um tempo depois. Conversamos sobre a escola e sobre como ela queria que o tempo corresse.

Fazemos planos a curto e longo prazo, falamos sobre o futuro, sobre nossa independência, faculdade e outra cidade para começarmos tudo denovo quando ela já não precisar mais do seu tio.

- Eu vou te esperar. - digo, com certeza.

- Não quero que se prenda a mim, entende? Mas também sinto que não posso te perder...

- Não vai.

- O tempo, Justin, em dois anos muita coisa pode mudar. - desvia seu olhar do meu.

- Coisas mudam, sentimentos não. - entrelaço nossos dedos.

Infelizmente amanhece, Amber sai antes que minha mãe acorde e eu a deixo na porta de casa. Dois beijos rápidos e um abraço apertado, nossa despedida me faz querer voltar a algumas horas atrás e trazê-la de volta para minha cama, mas a realidade me chama assim que uma SUV preta estaciona enfrente a minha casa.

P.O.V. Amber Price.

Tive a sorte de não pegar meu tio nem Joe na sala quando cheguei em casa, subi as escadas digitando isso em mensagem para Justin.

Terminei meu banho e deitei na cama, pegando no sono rápido de mais.

Acordei sentindo meu estômago doer de tanta fome, então tive que descer para comer alguma coisa.

No meio do caminho ouvi Joe sussurrando alguma coisa com meu tio, eles pareciam exaltados, com cuidado para não ser pega, espiei a conversa dos dois do corredor.

- Ela é um problema meu, Joe. - tio Adam se controlava para não gritar.

- Querido, você está fazendo ela se afastar... Escuta, ela só tem a você, não é justo você fazer as coisas desse jeito. - Joe tenta segurar sua mão, mas ele recua balançando a cabeça em negativo.

- Eu perdi minha irmã e não quero perder minha sobrinha também, tudo oque estiver ao meu alcance para protegê-la eu farei...

- Até que isso custe a felicidade dela?

- É um romance de verão, Joe, bota isso na sua cabeça! - ele explode.

- Como seu marido eu te proíbo de interferir no amor deles.

Meu tio ri com sarcasmo.

Continuo quieta, querendo ver até onde ele vai.

- Liga para Pattie agora e diz que foi você quem chamou a assistente social. - ele estende o celular para meu tio, que nega. - Você está me decepcionando, Adam.

- O que você fez, tio? - por impulso eu me aproximo deles, que se assustam quando me vêem.

- Não se meta.

- Por que ligou para assistente social? - pergunto com medo da resposta.

- Ele não é para você, Amber.

- Eu... Eu não acredito que fez isso com ele. - grito, deixando minha raiva falar mais alto. - Não acredito que foi tão baixo a esse ponto.

Me viro para sair, mas sinto sua mão segurando meu braço.

- Você não sai dessa casa se for para ir atrás daquele delinquente.

- Adam! - Joe tenta intervir.

Consigo me soltar, meu tio tenta me segurar novamente, mas eu corro em direção a porta sendo seguida por ele.

Ele grita, mas eu ignoro e contínuo correndo, até chegar na rua e ouvir o barulho da buzina, olho para direção do carro que vem muito rápido em minha direção e não consigo me mover.

Sinto alguém me empurrar, então saio do transe.

Meu corpo vai sobre a grama da casa de Justin, mas me levanto rápido ao ver o de meu tio ser arremessado a vários metros de distância.

Ele me salvou.

Tudo passa em câmera lenta agora.

Joe grita desesperado com o motorista, o mesmo está assustado, alguns vizinhos saem também, olhando tudo com curiosidade. Meu tio não se move, ele não parece estar respirando.

Não.

Não.

Não.

Eu não posso perde-lo, não posso.

Eu só tenho ele.

Ele não pode...

É inevitável, não controlo minhas lágrimas.

Como em um passe de mágica, me lembro da noite que meus pais morreram. Da cor pálida de seus rostos, das expressões vazias e do silêncio que se fez presente mesmo com a sirene da ambulância.

Me lembro de como me senti vazia e só.

Tudo veio a tona.

Estava acontecendo denovo. Eu estava sozinha.

Deus me tirou a única pessoa do meu sangue que ainda me restava. De novo eu me perguntava  como podia doer tanto.

Remember, I Love YouOnde histórias criam vida. Descubra agora