31. Encontros.

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Não podia ser para mim, ele não tinha esse direito.

Essa canção... Justin não tem o direito de ter feito pensando em nós, pensando em mim, eu devo estar louca por pensar uma coisa dessas... Mas me pareceu intima de mais, verdadeira de mais e intensa de mais. Exatamente como éramos.

Corro até o estacionamento, ouvindo os saltos de Kimberly atrás de mim. Depois de passar pela multidão de gente, tento respirar regularmente, mas parece impossível, quando um turbilhão de emoções me atinge.

- Você tem que se acalmar, sério. - ela me pede.

- Tô tentando.

Sinto que vou ter um colapso quando o vejo se aproximando.

Entro dentro do carro de Kimberly na mesma hora, a puxando comigo para o banco de trás.

- O que houve? - me pergunta, tampo sua boca com a mão, apontando coma cabeça para Justin.

Ele está tão lindo, tão diferente, tem mais tatuagens, o cabelo cresceu o deixando mais... Sexy.

Mordo o lábio inferior, tentando conter minha vontade de chorar. Porquê eu sempre fugi dele e do nosso passado, mas agora vê-lo assim, tão lindo e tão perto. Nem em um milhão de anos eu pensei que isso iria acontecer, e se acontecesse, com certeza não seria assim.

- Estamos fugindo dele? - Kimberly sussurra.

- Sim.

Justin olha para trás, vendo Caitlin andando em sua direção.

Eles estão juntos.

Droga.

- Por que saiu daquele jeito? - ela praticamente grita.

- Precisava respirar. - Justin olha para os lados, como se procurasse alguém.

- Olha para mim.

- O que é? - ele é ríspido.

- Você veio fumar, não é mesmo?

- E se fosse?

- Justin, era legal no começo, mas agora eu tô ficando preocupada.

Ela não parece estar mentindo, sua expressão muda, ela tenta se aproximar, mas ele tira um cigarro de maconha do bolso, junto com um isqueiro.

- Quer saber? Acabou. - declara, ele parece não se importa. - Destrói sua vida sozinho, não me arrasta para esse poço que você mesmo está cavando, só que quando chegar no fundo dele, não me chama para te ajudar.

- Que seja, Caitlin. - da de ombros, parecendo não se importa.

Ela se vira e vai embora, o deixando ali, sozinho fumando aquela droga.

Eu queria poder ir até ele e lhe dar um tapa na cara por estar se afundando nisso denovo, mas qual moral eu teria? Eu o deixei.

- Onde esta a chave? - pergunto.

- Isso foi bem louco. - Kimberly parecia estar prestando tanto atenção quanto eu. - Não sabia que eles estavam juntos, nem que ele fumava, bem que Ty avisou.

Balanço a cabeça em negativo, querendo sair desse assunto.

- As chaves. - ela me dá.

Pulo para o banco do condutor e ligo o carro.

- Quer ficar?

- Você precisa conversar com o Zayn. - merda.

Boto minha cabeça no volante, tentando entender como que de uma hora para outra tudo ficou bagunçado denovo.

Remember, I Love YouOnde histórias criam vida. Descubra agora