Carlos Eduardo estava com a cabeça pegando fogo, até agora ele não entendeu o que foi aquilo que aconteceu na casa dos seus pais. Enquanto se arrumava para ir buscar a Noely, a conversa com sua mãe se revolvia na sua cabeça.
Saber que sua mãe pensava que a Bruna era muita areia pro seu caminhão o surpreendeu, ele sempre achou que sua mãe fosse a favor deles como casal, mas segundo suas últimas palavras, a Bruna poderia arrumar coisa melhor, melhor que ele.
Quando sua mãe disse que agora ela poderia encontrar alguém páreo com ela, ele se lembrou das palavras do pai da Bruna.
Tio Nestor disse que tinha dúvidas de que ele pudesse fazer a Bruna feliz, com palavras diferentes ele e sua mãe disseram à mesma coisa. Talvez eles estivessem certos. Ele se relacionou durante quatro anos com a Bruna e nunca percebeu que ela era apaixonada por ele.
Mas cedo quando disse que o amava ela o surpreendeu, analisando agora, suas palavras não mudaram só a sua percepção do relacionamento deles, mudavam também sua percepção sobre a própria Bruna, a Bruna que ele pensou conhecer, não existia, tio Nestor havia lhe pedido para enxergar a Bruna, na hora ele não havia entendido.
O pai dela pediu pra ele por uma lupa no relacionamento deles, tio Nestor estava errado, ele tinha que por uma lupa na própria Bruna. Ele tinha que enxergar essa Bruna que queria receber flores e bombons. Ele não conseguia parar de pensar em todas as coisas que ele não enxergou, aparentemente ele nunca a enxergou.
Mesmo sendo retraída, ela sempre falava o que queria no futuro, nunca foi segredo pra ninguém o desejo dela de ser Presidente da T&T.
Carlos Eduardo acabou de se arrumar e achou melhor parar com suas divagações sobre a Bruna. Era certo, ele fez tudo errado, ele errou quando idealizou mulheres e seu futuro com elas, errou quando não enxergou a Bruna, tudo bem, ela se escondeu.. mas havia as nuances e ele não prestou atenção.
Bem, ele agora estava começando uma nova relação e pretendia não errar desta vez.
Noely, com tudo que enfrentou no dia, Carlos Eduardo pensou muito pouco na moça, se tivesse escolha eles não sairiam hoje, mas Noely estava muito insegura, e ele nunca mais iria ignorar os sentimentos de uma mulher.
Terminou de se arrumar e foi buscá-la, quando chegou lá, sua mãe estava no portão.
-- Boa noite, a Senhora deve de ser a mãe da Noely.
-- Sou sim, você é o Carlos Eduardo não é? A Noely está te esperando, eu vou chamá-la, quer entrar um pouco meu filho?
-- Não Senhora, eu vou esperar aqui no carro mesmo.
Ela entrou e uns cinco minutos depois Noely saiu, ela estava linda, ele saiu do carro e abriu a porta para ela. Quando eles se acomodaram no carro foi impossível o rapaz não compará-la com a Bruna, a Bruna com toda sua personalidade era uma força da natureza, já a Noely era naturalmente tímida, doce, mas hoje ela estava diferente..
-- Foi muito difícil sua conversa com a Bruna? -- Essa pergunta o acordou de suas comparações, quando ele ia responder ela o beijou.
Ele correspondeu, os beijos dela eram uma delícia, mas talvez ele não estivesse muito no clima.
-- Vamos indo? Não acho legal conversarmos aqui!
Ela concordou, parece que percebeu que ele não estava muito bem e perguntou se ele não gostaria de ir para seu apartamento.
Carlos Eduardo a olhou de cima a baixo, percebeu que toda produzida desse jeito e se convidando para ir ao seu apartamento, ela com certeza esperava algo mais da noite, mas infelizmente ele hoje não estava no clima.
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AOS SEUS OLHOS. Livro 1
Literatura FemininaVoltando à sala, o sofá confortável foi um chamariz, ajeitou o roupão e já ia se sentar quando a campainha tocou. -- Noely, deve de ser a nossa pizza, atenda por favor! -- O Carlos Eduardo gritou do Quarto. -- Você vai confiar em mim? Eu vou aprov...