Era sexta feira e a Bruna não estava muito animada, ela sairia em viagem dali a algumas horas e não estava animada.E era tudo culpa do Carlos Eduardo, não que ele tivesse feito alguma coisa, ele não fez, mas era justamente isso; ele não fez nada.
Na quarta quando ela saiu com o Daniel ele já não falou muito, ela estranhou, o novo Cadu, àquele que alardeou o que eles fizeram no elevador só pra chegar aos ouvidos do Sebastião, teria feito alguma coisa.
Por falar no Daniel, ela o achou uma ótima companhia, falaram de várias coisas, ela falou de suas viagens e ele das viagens que gostaria de fazer, um pouco depois deles terem chegado ao Nicaráguas o Daniel reencontrou duas amigas do Rio que agora moravam em São Paulo.
Bruna amou conhecer pessoas diferentes, diferentes dos amigos do Carlos Eduardo.
Depois das 23 horas ela o chamou para irem embora, as amigas do Daniel insistiram pra ele ficar, depois delas prometem levá-lo para casa ele disse para Bruna que iria ficar mais um pouco.
Ao chegar em casa, Bruna foi olhar o celular, o Cadu agora gostava de lhe enviar mensagens antes de dormir.
Não havia mensagens.
Ela achou normal, ele estava chateado porque ela saiu com o Daniel ao invés de sair com ele.
Na quinta quando ele não a procurou durante o dia todo, ela também achou normal, ele ainda estava chateado e também devia estar cabreiro com o recado que ela mandou através do Rafael, porque ela não tinha a menor dúvida que seu amigo de araque foi correndo contar ao Carlos Eduardo o que ela lhe disse que faria no final de semana.
Mas quando chegou à noite e ele ainda não havia feito contato, ela estranhou, e não gostou.
Pegou o celular e entrou no zap, ele estava online, será que iria lhe enviar mensagem? Ela ficou esperando, esperando, e nada.
Ela foi para o zap do Rafael, esse não estava online, então não era com ele que o Carlos Eduardo estava de papo, foi para o do Felipe, mas o Felipe também não estava online.
Com quem será que ele estava de papo?
Deu vontade de lhe perguntar, mas ela é que não ia fazer isso mesmo, se ele queria bancar o infantil, era com ele mesmo. Ela iria dormir, era cedo? Era, mas pra variar, dormir cedo lhe faria bem.
Resolveu desligar o celular, não havia perigo de seu pai ligar, eles haviam almoçado juntos, conversaram tudo o que tinha pra conversar. Os dois fizeram atualizações e jogaram conversa fora, seu pai estava diferente, ela não saberia dizer o que, mas ele estava diferente.
Nota mental; descobrir o que estava acontecendo com o pai. É claro, depois que descobrisse o que estava acontecendo com ela mesma, porque estava acontecendo alguma coisa com ela.
Ela não estava se entendendo, foi ela que disse ao Carlos Eduardo que não queria compromisso, então porque estava chateada por ele não a ter procurado durante o dia, por não ter entrado em contato? Por que estava curiosa de saber se ele estava conversando com alguma mulher?
Talvez estivesse conversando com a estagiária.
-- Chega! Chega Bruna.
Ela não devia fazer isso com ela mesma. Ele disse a amava, ele nunca tinha feito isso antes, e não tinha necessidade de fazer, se fez, era porque era verdade.
Mas então, onde ele esteve o dia todo que não a procurou?
Agarrada ao Cadu de pelúcia, ela ficou um bom tempo pensando no Cadu de carne e osso, antes de cair no sono.
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AOS SEUS OLHOS. Livro 1
Literatura FemininaVoltando à sala, o sofá confortável foi um chamariz, ajeitou o roupão e já ia se sentar quando a campainha tocou. -- Noely, deve de ser a nossa pizza, atenda por favor! -- O Carlos Eduardo gritou do Quarto. -- Você vai confiar em mim? Eu vou aprov...