Capítulo 34 part. 4

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Os dedos de Dominic se enroscam nos meus, brincando com minha aliança.
Estamos em um carro separado dos outros, indo rumo a casa da mãe dele, onde será a festa.

-Tô louco que chegue logo o momento de ficarmos a sós pra eu tirar esse seu vestido. -ele diz, maliciosamente, roçando os lábios no lóbulo da minha orelha.

Um arrepio gostoso sobe a minha nuca.

Sorrio.

-Apressadinho.

-Apressadinho? Os três dias que passei longe de você, sem te ver, sem te tocar, sem te ouvir, sem sentir a maciez da sua pele, me deixaram beirando a loucura.

Dou uma risada alta pela forma dramática como ele diz isso.

-Exagerado...

Sua boca vem de encontro a minha, me pegando de surpresa.

Cravo as unhas no seu cabelo, puxando seu rosto contra o meu.
Nosso beijo começa a ficar frenético, quente, o desejo aflorando em cada parte de nossos corpos.

Olho de esguelha para o motorista, mas ele está concentrado na estrada, os olhos fixos para frente.

Dominic para de repente, me deixando ofegante.

Ele inclina a cabeça, seus olhos fixando-se nos meus. Os cabelos despenteados, a camisa branca amarrotada, três botões abertos, as mangas arregaçadas até os cotovelos.

-O que foi? -pergunto.

-Tem certeza que gostou da surpresa?

Assinto com veemência.

-Pensei em cada detalhe para que esse dia fosse o mais perfeito de todos pra você.

Puxo-o de volta para junto de mim.

-E foi. -beijo seu pescoço, inalando seu perfume.

-Não tá dizendo isso só para me agradar?

Reviro os olhos.

-Claro que não! Não entendo toda essa sua insegurança. Tudo que você faz é perfeito. -constato com irritação.

Como ele pode pensar isso? Qualquer mulher no mundo teria ficado completamente encantada com tudo que ele fez!

"É mas você não é qualquer mulher, é a que ele ama, adora, venera e é normal se sentir inseguro quando se tenta desesperadamente agradar o amor de sua vida! - me repreende uma voz dentro de mim.

Dominic passa um braço em volta de mim, com expressão branda.

-Que bom. Que bom. -enterra o nariz no meu cabelo.

Me aninho nele, repousando a cabeça no seu ombro.

-Só achei estranho ver tanta gente na cerimônia, pensei que fosse ser só para a família e nossos amigos íntimos. -confesso.

-Mas a matilha é a minha família. Se eu não os tivesse convidado pro casamento, eles teriam ficado chateados comigo.

-Entendo. Mas não vieram todos, não foi? -observo.

Ouço-o suspirar.

-Não. Alguns ainda têm dificuldades em aceitar que me casei com uma Whitmore e em acreditar que a Lua Negra realmente acabou.

-E não dá para julgá-los, afinal pelo pouco que eu sei, a Lua Negra era muito rígida com todos, não fazia diferença entre os bons e os ruins.

-Não mesmo. Eles não sabiam diferenciar aqueles que cometeram crimes dos que não cometeram. Para eles, todos nós éramos bestas, aberrações, que nunca deveriam ter o direito de viver no mesmo mundo que eles.

Lua de Sangue. Livro 2 (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora