Capítulo 25 - Pão De Mel

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Loretta Narrando

O gabinete era semelhante a um escritório. A mesa grande estava cheia de papéis, com uma cadeira confortável atrás dela, e outras duas mais simples do lado contrário. Enquanto um arquivador de tamanho médio, encostado na parede, guardava ainda mais documentos.

Capitão - estou esperando uma resposta - ele cruzou os braços, nos fitando de cima a baixo. Vanessa tomou a frente, já percebendo o nosso nervosismo.

Vanessa - a diretoria do H.P.L nos pediu que conferisse o funcionamento do processo de transportes de mantimentos trazidos de fora... - mentiu, e até mesmo eu acreditei naquilo, pela forma confiante com que dissera. O capitão logo se aproximou, usando uma das cadeiras simples como apoio.

Capitão - entendo - murmurou, desconfiado - e quando querem começar? - a confusão que passou por mim junto àquelas palavras, me fez acreditar que tinha um ponto de interrogação sobre minha cabeça.

- começar o que exatamente? -

Tem como ser mais suspeita, Loretta? Fecha a boca!

Capitão - a analisar o navio - nos observava fixamente.

Vanessa - ah! Claro - sorriu - começaremos assim que parecer viável ao senhor. - o homem retribuiu o sorriso.

Capitão - me chame de Jonathan... - ele caminhou na direção da Vanessa e a estendeu uma das mãos cordialmente.
Mas, inconveniente como meu amigo é, Peter a interrompeu antes que pudesse o comprimentar também.

Peter - prazer, Jonathan. Sou Peter - se manifestou.

Capitão - para você, Capitão Willians, mocinho - corrigiu, forçando um sorriso.

Peter - tá bem... - murmurou confuso, deixando com que finalmente dessem um aperto de mão.

C.Willians - me daria o prazer de saber seu nome, senhorita? - ainda se referia a mesma.

Vanessa - claro, me chamo Vanessa, muito prazer - aquela conversa estava começando a ficar estranha.

Certo, o que está acontecendo aqui?

- onde podemos nos acomodar? - questionei, deixando óbvia minha necessidade de acabar logo com isso.

C.Willians - no lugar de sempre - riu - acredito terem trago a chave - dessa vez, seus olhos frios se concentravam em mim.

Peter - que cha– felizmente, eu acabei o interrompendo.

- sim, trouxemos. Porém, como somos novos nesse departamento, poderia pedir que alguém nos guie até lá? - pedi, rezando para que nada parecesse suspeito demais.

C.Willians - Agora tudo faz sentido! - exclamou aliviado - é por isso que vocês estão tão estranhos? Não se preocupem, se sairão bem - por cima de nossos ombros, ele observou a saída durante alguns segundos.

Vanessa - o que foi? - todos nós olhamos na mesma direção.

C.Willians - Victor, entre por favor! - a porta se abriu, e sim, quem estava atrás dela era o filho do capitão. Ele nos esperava.

Victor - pois não? - perguntou, parado na entrada.

C.Willians - os leve até o quarto 15 - os olhos confusos de Victor caíram sobre nós.

Victor - mas pai, o quarto 15 pertence ao pessoal responsável pela inspeção do navio.

C.Willians - exatamente, eles estão aqui para isso - esclareceu.

Victor - o senhor não acha que esses dois - mirou a mim e ao meu amigo - são novos demais? Não parecem trabalhar lá...

Peter - somos estagiários! - foi rápido em inventar alguma coisa.

Mar De Mármore - O Paraíso É Uma Alucinação.Onde histórias criam vida. Descubra agora