● No Navio ●
C.Willians Narrando.
Depois de ter sido forçado a lembrar de coisas que me machucaram muito no passado, Victor se manifestou.
Victor - então... - iniciou, ainda sentado à minha frente - isso significa que o senhor não vai ajudá-los? - embora tentasse se manter neutro, notei sua tristeza ao dizer aquilo.
- prometo pensar no assunto, mas não acredito que seja possível - ele ficou pensativo de repente.
Acho que não consigo trabalhar depois dessa situação, mesmo que ainda seja cedo, o pescoço não sustenta minha própria cabeça e ela está prestes a cair de tanta exaustão e excesso de informações.
Victor - pai - eu me levantava para sair do gabinete.
- diga - continuei caminhando em direção a saída, no entanto assim que coloquei a mão na maçaneta...
Victor - você gosta da senhorita Vanessa? - e como se sua pergunta me congelasse, não consegui abrir a porta, minha mente acabara ficando ainda mais confusa, pois não conhecia uma maneira de fazer a boca responder algo que nem eu sabia.
Eu sinto algo por ela? Dizer que foi amor à primeira vista me parece muito irresponsável... imaturo.
Incapacitado de falar, eu saí e o deixei sozinho lá dentro. Agora, mais do que em qualquer outro momento da minha vida, eu precisava colocar os pensamentos em ordem. Não os papéis.
● No Manicômio ●
Loretta Narrando.
No quarto, eu não acreditava no que Vanessa tinha nos contado. O plano dela envolvia a decisão de uma única pessoa, e a possibilidade de recebermos ajuda dele era mínima.
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Vanessa - vamos fazer o seguinte: eu não tive tempo para elaborar muito bem, porém fiz o possível. Nós iremos continuar vivendo aqui, até que Jonathan venha nos buscar. Durante esse período, Peter pode continuar tomando os remédios. - fitava meu amigo, que a ouvia em silêncio - Então, no dia em que o capitão chegar, ele virá preparado e, junto de seus marinheiros, entrará para descarregar o navio. Com isso, aproveitará a oportunidade e fará o que for preciso para nos tirar d- foi aí, no meio de tanta estupidez dita ao mesmo tempo, que eu não me contive e a interrompi.
- "fará o que for preciso"? - repeti, erguendo a sobrancelha.
Peter - você quer dizer... matar? - nós dois tínhamos a face esculpida por confusão .
Vanessa - se for preciso... - afirmou - não se preocupem, vai dar tudo certo.
Peter - mas... e os pacientes? - nem os lábios machucados o impedia de tentar, assim como eu, colocar juízo na cabeça da minha mãe.
Vanessa - nós não vamos machucar nenhum deles. Meu objetivo não é sair daqui e abandoná-los, libertaremos cada uma das pessoas inocentes.
- OK... - concordei, prestes a desistir de argumentar - como?
Vanessa - tirando do caminho todos aqueles que forem contra a nossa meta. - só um minuto, eu preciso segurar o riso. Minha mãe passou de enfermeira para agente da CIA?
Peter - ou seja... todos os enfermeiros... e Julia. - acrescentou.
Vanessa - exatamente.
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Mar De Mármore - O Paraíso É Uma Alucinação.
Misterio / Suspenso[CONCLUÍDO] ________________ Dizem que o paraíso é uma ilha cercada por água, onde tudo e todos os seus problemas são resolvidos. Um lugar para se apoiar. Um lugar que te ajudará a ser forte. Mas e se o problema for esse mesmo pedaço de terra?. Ness...