t w e n t y o n e

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ANABEL 🌙

Assim que o taxista ajudou Jonathan com a cadeira, coisa que o deixou visivelmente incomodado, nos guiamos até perto da mansão, e por sorte, ou não, uma empregada da casa saía dali com dois grandes sacos de lixo, e a mesma, ao ver Jonathan arregalou os olhos surpresa.

- Senhor Jonathan, que bom que está bem. - Saldou. Senhor.

- Obrigado Felicity. - Ele agradeceu e questionou em seguida. - Rodolph está em casa?

- Não senhor, apenas senhora Diana e Prudence. - Ela respondeu e Jonathan assentiu satisfeito. Ele adentrou pelo portão, guiando a cadeira pelo controle. Ou ela é muito rápida, ou eu sou muito sedentária.

Fomos lado a lado, e ele subiu pela rampa pela lateral da escada e eu fui em seu encalço. O mesmo empurrou a grande porta da frente e deu espaço para que eu entrasse, para ele o fazer, olhei para a sala bem decorada e para a grande escadaria. Tudo ali era claro, fino e silencioso, tal qual eu me lembrava.

- Anabel? - Ele chamou, dando a volta no grande sofá com a cadeira nos guiando para fora da sala. Fomos por ali e avistei a sala de jantar, linda, parecia coisa de filme. Entramos em um corredor, e então eu avistei no final dele. Um elevador.

Eu sempre achei uma coisa ridícula e desnecessária ter um elevador dentro de casa, mas olhando para Jonathan, em certas situações, poderia ser bastante útil.

Fomos até o mesmo, deixei Jonathan entrar com a cadeira, para depois eu entrar, e o fiz, para em seguida, ele subir.

Chegamos no corredor no andar de cima e notei o olhar pesaroso que Jonathan lançou para uma das portas do corredor. Deveria ser o quarto do Daniel.

Ele passou por ali, e em seguida abriu a porta a frente. Ele passou e eu entrei em seguida, a fechando.

Olhei o quarto, se não tivesse algumas coisas dele aqui e ali, como livros e alguns objetos, seria bastante impessoal. Era grande, e era em tons de beje, marrom e branco, confortável e luxuoso. Como toda a casa.

- Vem. - Chamou, e eu o segui, ele se envergou e puxou uma porta de correr no canto e adentrou com a cadeira, e eu o segui. Era um closet.

- Jonathan você é um burguês consumista. - Comentei olhando em volta, ele tinha muita coisa ali. Tudo parecia muito caro, e estava bastante organizado.

- Em minha defesa a metade disso aqui foi Diana que comprou. - Ele disse.

- A outra metade consegue renovar o guarda-roupas de todos os homens que eu conheço. - Falei brincando.

- Vocé é um tanto exagerada. - Disse aproximando a cadeira de um dos armários. E continuou. - Vou te pedir algo mais complicado - Disse e se virou para mim e apontou pra mala preta de correr, gigantesca, bem no alto de uma das repartições.

- Isso não vai dar certo. - Sussurrei me aproximando e dando um pulo, puxando a mesma pra baixo, e ela veio, então eu saltei pra trás e ela caiu em um baque no chão.

- Er, foi mal. - Falei, levantando a mala, pelo suporte, e colocando ela na bancada. Ele soltou "Tudo bem" e riu.

- Por onde vamos começar? - Perguntei.

- Vou pegar só o necessário. - Ele disse se aproximando de onde ficavam as calças, escuras, e começou a pegar algumas.

- Anabel, abre a terceira porta do armário atrás de você, e pega algumas camisas pretas e brancas simples, um ou outro pulôver e algum blazer escuro. - Pediu, e eu o fiz, tomando cuidado para não desdobrar e amassar nada.

InérciaOnde histórias criam vida. Descubra agora