e p i l o g u e

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*não corrigido

VÁRIOS MESES DEPOIS...

ANABEL 🌙

Peguei meu celular, ao ouvir o toque sobre a penteadeira, ignorando o falatório das mulheres a minha volta, ou tentando ignorar.

Meu patrono:

Vou confiar que você não vai fugir.

Eu:

Se eu decidir fugir, vai ser com você.

E se essas mulheres continuarem me falando sobre quais lingeries eu tenho que usar em cada dia da nossa lua de mel, fugir é uma bela saída.

Meu patrono:

As ignore, não precisa usar nada.

Eu:

Te vejo no altar, Jonathan.

Meu patrono:

Vou estar lá.

- Ana, desgruda desse celular. Vocês dois estão a poucas horas do casamento, se esqueçam um pouquinho. - Tia Alice ralhou, enquanto terminava de fazer meu cabelo. Eu queria que ela me preparasse, e mais ninguém.

- A única pessoa que também vai casar, e entende a pressão, é ele. - Argumentei.

- Vocês moram juntos a meses, já levam uma vida de casal, não vejo o porque de tanto nervosismo. Vai continuar igual. - Disse Brie, que é prima do Carl, e que também está namorando o Ben.

Eu não estava nervosa pelo o que viria depois, mas pela cerimônia. É normal ficar ansiosa. O depois, é como ela disse. Nos dois temos nossa base, somos nossa própria base, já temos nosso cantinho e sabemos como funciona a convivência, como é acordar e dormir juntos, lidar com trabalhos domésticos porque a faxineira vai apenas uma vez na semana, ficar o final de semana inteiro na cama ou fazer mil e um programas porque Jonathan não gosta de ficar parado, jantar juntos todas as noites e contar como foi o dia, esperar que ele me busque no trabalho na sexta para fazermos qualquer coisa juntos, (normalmente era jantar ou cinema). Eu o obrigando a me levar á Broadway, a passear com o Max, tentando o ensinar a cozinhar. E nós realmente gostamos de ler juntos no sábado a tarde, eu tomo chá e ele vinho, temos conversas aleatórias, e eu sempre esperava ele chegar do trabalho, ansiosa, pra simplesmente beija-lo, porque foi um longo dia.

Aprendemos a simplesmente ser altruístas também, cuidar um do outro, se preocupar com detalhes e eu era boa nisso. Nós também passamos a ter que abrir mão de coisas pelo outro, e haviam dias que eu não estava legal pela ansiedade, e claro, a TPM. E Jonathan as vezes precisava se isolar, principalmente quando algo o deixava irritado ao magoado, era aprender a lidar com tempo que era corrido, com espaço pessoal, ciúmes (da minha parte, principalmente) vida sexual (normalmente, no caso dele, afinal tinha dias que eu só queria dormir de conchinha e apenas isso), as vezes eu só queria ficar em casa, assistindo um filme, cozinhando alguma coisa ou dormindo, e tinha um ser humano insistente querendo me levar pra desbravar o mundo, sair com os amigos, ir comer fast food ou comida japonesa a noite, na Times Square.

Mas felizmente as coisas vão muito bem, a gente se entende, estamos ambos trabalhamos em áreas que gostamos, fazemos enormes planos, e estamos construindo um futuro juntos. Claro, as vezes a gente se estressa, discute por coisas idiotas, como "você deixou o frango queimar de novo, Jonathan?" mas acabamos nos resolvendo de uma forma ou de outra. (Encomendando um frango pronto, depois da cozinha quase pegar fogo). E esse tipo de convivência pode ser desastrosa pra alguns, era muito intima, você vê nuances diferentes de humor, manias, e o amor da sua vida pode sair deixando roupas espalhadas ou uma pilha de louça na cozinha, e tudo isso pode te estressar muito. Mas tudo bem, isso pode ser solucionado, quando você surta de raiva e faz ele limpar tudo.

InérciaOnde histórias criam vida. Descubra agora