t h i r t y t w o - bônus

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Pois é, capítulos que não são narrados pela Anabel, são titulados assim e o "cronograma" fica em bônus, espero que gostem.

Uma semana depois.

JONATHAN ☀

(...)

- Sem dúvidas Jonathan honrará nossos contratos George, não se preocupe quanto a isso, nossas familias permanecerão unidas. - Ouvi Rodolph confirmar a George Meester, pai de Therese, enquanto terminavamos de jantar. Eu iria honrar, e acabaria o arrastando com Rodolph pra cadeia. Não me deixa satisfeito saber que Therese, e Lily, sua irmã mais nova, teriam que lidar com isso, mas George sabia onde estava se metendo. A advocacia dele atendia a empresa a anos. Ou ele sabia demais e estava protegido de alguma forma ou era simplesmente estúpido.

- Eu torço muito pela união das famílias. - Disse senhora Aimeé, me olhando fixamente e tocando a mão de Therese sobre a mesa.

Na verdade, a falsidade no ambiente era quase palpável, me sentia prestes a explodir, ter Rodolph sentado ao meu lado e ter que fingir que está tudo bem, só piorava tudo. Nada estava bem.

Era para ser uma reunião, sobre a documentação da empresa, e todo o resto, mas acabaram estendendo para um jantar, do qual para manter minha farsa de filho coagido para Rodolph, tive que aceitar participar tentando parecer natural, já que vinha gravando áudios de quase tudo. Cada ameaça, cada trâmite, e cada uma das coisas que Rodolph vinha fazendo, e enviando todos a polícia, como me instruíram. Não era algo que eu gostava de fazer, mas sabia o que implicaria se eu não o fizesse. Era eu, e todo o em torno, ou ele. E mais do que isso, ia além da revolta, era justiça. Era algo que sem dúvidas, Daniel apoiaria.

- Jonathan! Você falou que viria conhecer nossa biblioteca, e não veio. Se quiser te mostro agora. - Therese ofereceu animada. Era melhor do que ficar ali.

- Tudo bem. - Aceitei, me levantando junto a ela. E tive que disfarçar ao praguejar, ao sentir minha perna fisgar. Mais do que nunca precisava me livrar logo dessa bota.

- Tenho coleções incríveis Jonathan, pegue o que quiser. - George ofereceu e agradeci. Mas não era hipócrita para pegar qualquer coisa da casa dele.

- Jonathan tem grande apreço por esse tipo de coisa. - Rodolph disse estreitando os olhos, arrastado.

- Principalmente pela literatura, pai. - Falei batendo no ombro do mesmo que estava sentado. Rodolph nunca iria engolir minha formação, então que se engasgasse com ela.

Saí dali com Therese, seguindo por um corredor, até ela abrir uma porta no fim do mesmo, nós adrentramos, e não pude deixar de notar a questão que ela fez em fechar a porta.

- Fique a vontade. - Disse, enquanto eu olhava em volta. Era abastada e totalmente em mogno, vitoriana, garanto, já vi muitas bibliotecas em minha vida e essa era uma raridade .

- Então, o que achou?

- Incrível. - Falei passando meus olhos pelos inúmeros títulos, alguns eu conhecia, outros sequer ouvi falar.

Enquanto abria por mera curiosidade um deles, Therese cortou o silêncio.

- Como você está? - Perguntou com a voz branda, a uma distância considerável. Essa era aquela típica pergunta em que você mente por não ter paciência para maiores explicações.

- Bem, por que? - Eu sabia o porquê da questão.

- Ah, depois do término. - Disse sorrateira.

- Tudo okay. - Nem tudo ou quase nada. Pensei, fechando o livro e me virando para ela.

- Me diz uma coisa... Você sentia mesmo algo por aquela menina? - Perguntou, óbvio que era isso, algo que eu não queria falar, infelizmente aquela menina, não sai da minha cabeça.

InérciaOnde histórias criam vida. Descubra agora