Coriane(Rodada 3)

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     Vagava ferida pelas redondezas da Cidade dos Elfos quando encontrara duas mulheres. Uma delas tinha cabelos verdes e, ao ver os ferimentos, aproximou-se.

- Precisa de ajuda! – disse a mulher, aproximando-se e segurando as mãos de Coriane. – Sou Elle – continuou.

Elle esticara uma das mãos em direção a terra e, como sempre, a natureza lhe atendera trazendo uma flor branca chamada Curandeira. Ao espremê-la um liquido viscoso pingava na ferida e a curava quase que instantaneamente. Era muito rara de ser encontrada.

- Obrigada pela ajuda – agradeceu Coriane.

Dali em diante as três montaram acampamento em meio à floresta e começaram a conversar. A meia-fada contara toda a sua história, a procura pela irmã perdida e os dias de viagem; e como havia tirado Helizabeth de sua cidade natal. Também falou sobre os boatos da guerra, que os Exilados se aproximavam e sobre a pista da coroa.

Coriane, por sua vez, lhe contara sobre a prisão na Cidade dos Rá, do Hôlo que a havia atacado no caminho de volta e que, com a ajuda de Oligar, havia conseguido uma pista que falava sobre o salão do rei. Onde, provavelmente, haveria uma passagem por lá.

Ambas sentiram afinidade uma pela outra e adormeceram ao redor de uma aconchegante fogueira.

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Na manhã seguinte acordaram e decidiram ir juntas em busca da coroa e, surpreendentemente, Elle deixara Helizabeth; entregando-a um bilhete enquanto lhe dava um beijo de despedida. Coriane não sabia qual era o conteúdo da carta e não esperou para ver, saíram antes que Helizabeth começasse a lê-la.

Ao passarem pela entrada foram barradas por dois guardas. Um deles reconhecera Coriane como sendo a "Criada por elfos" e autorizou sua passagem. Esta, por sua vez, sentia-se exasperada. Apesar de ser uma humana fora criada naquele lugar. Brincou ali, fez amizades, e conhecia cada rua e beco. Agora estava tudo ameaçado pelos Exilados, tudo poderia acabar da noite para o dia.

- Como vamos passar pelos guardas? – indagou Elle, quando se aproximaram do jardim.

- Não se preocupe, sei que posso convencê-los – respondeu Coriane.

De repente começaram a ouvir gritos de raiva e viram um grande alvoroço projetar-se ao horizonte, bem no final da rua. Era dia e o céu meio nublado estendia-se como um grande cobertor cinzento.

Confusas, aguardaram até que a multidão de elfos se aproximasse. Seguravam porretes, lanças e qualquer outro objeto que poderia ser usado em combate. Guardas foram aparecendo aos poucos para conter a multidão e todos berravam palavras de ódio:

Estão escondendo a verdade de nós – dizia uma voz. Querem nos ver mortos – disse outra. Vão nos matar se continuar desse jeito.

Era obvio para a população entendia que havia algo errado. Rumores de um exército de Exilados, pessoas de Terras diferentes aparecendo aos montes na cidade. O rei investigando o treinamento das tropas. Os elfos já sabiam o que estava por vir, mas ainda faltava alguém para incitá-los a rebeldia, para fazê-los se voltarem contra seu próprio rei; um líder.

Ghilb aparecera montado em seu cavalo e proferira suas palavras:

- Quem é o responsável por isso? Fui informado de que todos aqui querem lutar, certo? Provem a coragem de vocês além dos gritos – fez um gesto para os guardas. – Abram passagem. Aqueles que quiserem lutar deverão vir até mim.

Segundos de um silêncio assustador cobriu a confusão. Ninguém ousara se aproximar. De repente o som de passos fora ouvido e um humano se apresentou ao rei. Parecia ser o líder.

- Eu tenho vasta experiência em batalhas. Conheço estratégias de defesa e sei como nos defender dos Exilados e tudo que peço é uma chance de comandar vosso exército – ajoelhou-se em reverência.

O homem parecia esperançoso de que seu pedido fosse acatado, mas recebera um forte cruzado de esquerda do rei e desmaiou quase que instantaneamente.

- Fechem os portões! – foram as últimas palavras do rei. – Estou farto de humanos idiotas vindo até mim querendo tomar meus exércitos. Levem este para o calabouço e o dêem para os Espíritos do Subsolo.

Guardas e elfos ainda se atracavam quando Coriane e Elle aproveitaram da confusão para passarem despercebidas pelos guardas. Quando seus pés as levaram até o grande portão do palácio, minutos depois, a Criada por Elfos usou de seu charme, ou talvez de sua hipnose, e facilmente conseguira passar pela última camada de guardas.

Agora ambas se encontravam no grande salão, sozinhas.

Livro-jogo: A busca pela coroaOnde histórias criam vida. Descubra agora