Maite é uma jovem de dezenove anos que passou a maior parte da sua vida em um orfanato. Sua vida mudou a partir do momento que ela decide fugir e encontra Eugenio um modelo famoso e de uma família muito bem sucedida e ele se vê totalmente apaixonado...
Duas batidas na porta dispersaram minha atenção dos papéis que não conseguia ler desde manhã.
"Entra" disse áspero, deixando os papéis de lado — de novo.
"William, William, que mau humor é esse"
Levantei, sorrindo "Fabian, voltou de viagem homem" caminhei até ele e nos cumprimentamos com um abraço caloroso.
"Ontem a noite, meu amigo" ele disse indo em direção ao pequeno bar na sala. "Como anda as coisas por aqui?"
"Estão indo bem..." acendi quando ele levantou a garrafa de Whisky escocês — que ele tanto adorava. — me oferencendo. "E como foi em Miami?"
Ele estendeu o copo para mim e caminhou até o sofá.
"Aquelas mulheres, rapaz..." ri com a careta dele. "São de outro mundo"
"Oh, isso eu sei" sorri, "mas você tem que ir conhecer as Brasileiras, elas são de outro planetas" Fabian riu e tomou um gole de seu Whisky.
"Me diga..." ele mudou a expressão, "que beijo foi aquele na Carter"
Bufei, "nem me fala disso. Essa louca me arrumou um problema enorme!" Caminhei até minha cadeira. "Maite terminou comigo por conta daquilo..."
Ele se engasgou e eu ri com a situação.
"Ela terminou com você?" Ele disse perplexo, mas logo em seguida começou a rir.
"Do que você tá rindo babaca?" Perguntei bravo, mas por dentro estava rindo também.
"O grande Empresário William Levy..." ele gesticulava com a mão de uma forma engraçada, "Homem mais cobiçado de Manhattan — e mais sexy pelas revistas — foi dispensado por uma mera mortal" ele riu.
"É um babaca mesmo" revirei os olhos, "hoje isso vai mudar"
"Hoje?" Ele colocou os dedos no queixo "Quanto tempo estão assim?"
"Duas semanas."
Ele ri, "ela é durona. Resistiu aos seus encantos"
"Você já tá tirando minha paciência" disse ajeitando os papéis na minha mesa.
"Já contou pra ela?" Ele disse, se aproximando, e sentando na cadeira em frente a mesa.
"O que?" Do que esse maluco está falando.
"Como do que?" Ele revirou os olhos, "de tudo!"
"Tudo o que, Fabian?"
"Levy, levy..." ele me acusou, "você ainda não contou pra menina que queria brincar com ela no começo?"
O encarei por alguns segundos, ele só pode estar de brincadeira.
"Claro que não!" Rebati, "além do mais eu me apaixonei por ela e se eu contar..." ela com certeza nunca mais olharia para minha cara — e isso me mataria.
"William..." ele falou com aquele tom de voz de quando está chamando atenção de uma criança. "Já pensou se um dia ela descobrir?"
"E você quer que eu faça o que?" Levantei nervoso e fui em direção as grandes janelas.
"Que fale a verdade!" Rebateu.
Me virei para encara-lo, "ah claro, vou chegar e falar: Então Maite, no começo eu fiquei impressionado com sua beleza e queria apenas te levar para cama, então comecei a te conquistar — agi como um cafajeste. — Esqueci uma coisa muito importante amor, Rubi me ajudou com isso, alias esse anel que está usando ela que comprou, mas ai eu percebi o quanto eu estava me apaixonado por você."
"Não é bem..." Fabian tentou falar, mas interrompi.
"Ah, e esqueci algo meu anjo, enquanto a gente estava namorando — bem, que você achava que estávamos namorando — eu te trai uma vez com a Rubi. Mas, isso foi antes, antes de eu perceber que te amo. Me perdoa viu. " conclui com ironia.
"Isso seria melhor do que alimentar essa mentira!" Ele disse depois de alguns segundos me encarando. "Vai levar isso até quando?"
"Até o túmulo!" Rebati com convicção, "não vou perder ela por um erro estupido meu. Eu sei que errei, que deveria ter assumido esse sentimento desde o começo, não ter negado e ter transado com a Rubi. Sei que também não deveria ter brincado com ela no começo, mas..."
"Mas?" Fabian perguntou.
"Eu.." respirei fundo, "Eu amo ela Fabian, amo tanto que o meu peito chega a doer. Amo seu cheiro, seu modo de ser, seu sorriso fácil e sua personalidade forte. Amo seu caráter. Amo como ela se importa comigo. " soltei o ar, "eu amo ela como nunca imaginei que poderia amar alguém. E só de pensar — não gosto nem de pensar. — que ela pode me deixar para sempre, sinto meu coração se quebrar. Ela é o ar que eu respiro e eu não vou perder ela."
"Nossa..." Ele disse espantado, "eu.. não sei o que falar, William. Só não quero que a machuque"
"Eu também não." Disse sincero.
"Bem, eu só desejo boa sorte então." Ele disse sorrindo.
"Obrigada" retribui o sorriso.
"Voltarei pro trabalho, tenho uma pilha de papéis na minha mesa!" Ele disse ajeitando seu terno azul marinho. "Precisa de algo?"
"Sim, preciso que você me substitua de hoje até terça."
"Reunião de negócios?"
"Saberá logo, saberá" disse sorrindo.
"Você está aprontando, e se minha inteligência não estiver enganada, tem a ver com a Maite."
"Sempre tem" pisquei.
Ele riu, "sem problemas, chefe. Tu que manda"
"Então já que eu que mando, vai trabalhar vai..." gesticulei apontando para porta.
"Vai se foder." Ele disse rindo, mas já saindo.
O dia passou rápido, e a noite estava caindo lá fora. Finalmente. Maite já saiu algumas horas — a dispensei cedo. — e eu buscaria ela daqui a pouco. Hoje. Hoje é o dia.
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