Seus lábios são tão macios. Seu gosto é doce e seu beijo. Nossa. Nunca senti tanto tesão na vida como nesse momento. Minhas mãos passearam por todo seu corpo e eu queria mais, muito mais. E teria conseguido, se Fabian não tivesse entrado na sala daquela maneira. Maite ficou mais vermelha do que já estava, seus cabelos estão desalinhados e sua boca está inchada, provavelmente igual a minha. Ela estava linda, sexy, quente. E eu senti meu pau latejar. Droga Fabian.
"Puta que pariu digo eu, porque entrou assim", digo frustrado.
"Primeiro, agradeça que fui eu." Ele cruzou os braços em um ato de defesa, "Maite pode nos dar licença"
"Ah, claro", ela disse envergonha.
Antes que ela passasse por mim, segurei ela e por extinto arrumei seu cabelo e passei meus dedos pelo seu lábio. Se fosse qualquer outra mulher, deixaria sair naquele estado, mostrando o que estava prestes de fazer ou o que tinha feito. Mais ela não. Ela me deixaria louco ainda.
"Não acabamos a conversa" disse bem próximo do rosto dela. Suas bochechas ficaram vermelha, essa reação dela sempre me deixava com tesão. Mais.
Ela passou rapidamente pelo Fabian, sem nem olhar para ele, mas quase ouvi um pedido de desculpas sair da boca dela para ele.
"Que porra foi essa?" Ele esbravejou assim que Maite saiu.
Caminhei até o pequeno bar que tinha no meu escritório, precisava de algo forte e em seguida um banho, mas essa segunda teria que esperar o chilique do Fabian primeiro.
"Por que você está tão nervoso?" Disse, com os olhos fixados no meu copo que estava enchendo de uma bebida forte e escura.
"Por que eu estou tão nervoso?" ele passou as mãos pelo cabelo, "Você perdeu o juízo em encostar nela?"
Tomei um gole da minha bebida e então respondi, "Só foi um beijo, cara"
"Porque eu cheguei, caralho, você perdeu o juízo!"
"Não estou entendendo esse seu escândalo", disse caminhando para minha mesa.
Fabian sentou na minha frente, e respirou por uns longos minutos, "William, se Eugenio descobrir que você tocou um dedo nela, ele te mata!"
"Não foi contra vontade dela!" Retruquei, aquele assunto estava me deixando nervoso, principalmente por ele achar que Eugenio era o dono dela.
"Eu te conheço, você só quer brincar com ela, igual faz com todas. Comer ela e mandar ela passear" ele disse em um tom acusatório.
"Quero e nada vai impedir isso" disse transparecendo calma, mas estava nervoso.
"Você tá louco" ele bateu na mesa com tanta força que pensei que ia quebrar.
"Qual seu problema?" Gritei, perdendo o controle.
"William" ele disse tentando manter a calma, "Maite não é igual as outras, ela é diferente, você não a conhece"
"Todas são iguais" sorri sarcástico "E tão pouco você a conhece" retruquei.
"William, você não pode fazer isso com a garota"
"Vou dar o que todas querem, uma noite inesquecível..."
"Você vai seduzir a menina e depois largar ela, igual fez com as outras, o que sempre faz!" Ele se levantou rápido.
"Você não disse que ela é diferente" Ele me encarou sem entender, "Então ela não vai cair nesse joguinho!"
"Não me faça de imbecil" protestou, "Eu te conheço" apoiou suas duas mãos na mesa e se inclinou na minha frente, "Você vai seduzir ela pouco a pouco. Você vai perceber que não basta um beijo ou um buquê de rosas pra conseguir o que quer, e vai passar por cima de tudo, inventando mentiras ou qualquer coisa!"
E ele tinha razão, depois desse beijo, eu faria de tudo para ter ela em meus braços e não vou desistir tão facilmente.
"Sim!", concordei com sua observação. Levantei e encarei ele mais perto, "você sabe que quando coloco alguma coisa na cabeça, eu não tiro!"
"Droga William!" Ele soltou a mesa e começou a andar pra um lado e pro outro. Ele estava nervoso e aquilo me deixou curioso. Fabian me conhece a anos, sabe como sou e jamais ficou assim por conta de uma mulher, ele não ligava com quem eu dormir ou o que fazia para conseguir aquilo. Mas, olhando para seu rosto inquieto e nervoso, eu percebi, ele não estava preocupado com a Maite e também não estava preocupado exatamente com Eugenio e sim com o Sr. Villar. Agora tudo fazia sentindo.
"Se você acha que vou ferrar nosso contrato com Sr. Villar por causa de um rabo de saia, não se preocupe."
Ele me encarou com uma expressão menos tensa, mas a preocupação estava estampada em seus olhos.
"Se você prosseguir com esse seu desejo idiota de levar a garota pra cama, nosso contrato com certeza já era!" Ele disse com convicção.
"Não sei porquê" me sentei novamente. "O contrato que vamos fechar, beneficia tanto a nós quanto a eles"
"Mas estamos em desvantagem" rebateu, "Ele quer a gente porque sabe que somos os melhores, porém não somos os únicos em Nova York."
"Você está misturando as coisas, Maite é um caso a parte."
"Tão inteligente, mas ao mesmo tempo tão lerdo" zombou. "Esse contrato é importante para nós, a empresa está se recuperando bem, muito bem, saímos da zona vermelha, mas perder esse contrato, seria um baque para nós.
"Está falando como se nós dependêssemos desse contrato" disse sem paciência.
"Não dependemos, mas, ele iria nos tirar de qualquer possível problema no futuro e você sabe"
Sim, eu sabia, esse contrato nos deixaria tranquilos por anos. Perder para a concorrência estava fora de cogitação.
"Mas, ainda acho que está misturando"
Fabian se levantou, "Puta que pariu, Maite é importante pro Eugenio, muito importante alias" ele sorriu malicioso, e aquilo me deixou mais nervoso. "Ele é louco por ela e moveria o mundo para destruir quem fizesse ela derrubar uma lágrima"
Parecia uma pouco dramático da parte dele, mas no fundo eu sabia que era verdade. Eugenio era apaixonado por Maite, isso estava estampando no seus olhos e até na sua testa. Essa observação me deixou mais frustrado do que deveria.
"E daí?" Cerrei os dentes.
"Se você a magoar, não dou um minuto, para ele fazer um telefone e essa conta ir pro espaço" ele estava visivelmente nervoso.
"Eu sei me cuidar" disse tentando dar um ponto final naquela conversa chata, mas não deu certo.
"Fica longe dela. Não seja um cretino egotista, não com ela, tem tantas mulheres em Manhattan" ele disse mais calmo do que aparentava estar.
"Não", bati as mãos na mesa fria, "Eu quero ela!"
"Vá em frente, então" ele disse se rendendo por fim, "mas, não diga que eu não avisei."
"Já disse, sei me cuidar"
"Tudo bem" disse, indo em direção a porta, "Espero que saiba cuidar dela também." Ele disse tão baixo que com certeza não era para eu ouvir.
"Ela não é esse anjo que você pensa" falei, para ele perceber que tinha ouvido.
"Pra você nenhuma é" me encarou, "e em partes concordo, mas ela não, ela é diferente" sorriu melancólico, "e quando perceber, espero que não seja tarde, William. Pelo nosso bem" ele saiu sem nem olhar para trás.
Ele queria proteger o que ele mais amava, essa empresa, e eu entendo. Mas ele estava sendo dramático demais. E além do mais, Maite não é esse ser angelical que ele pensa, não nesse sentindo.
Passei os dedos pelos lábios lembrando seu sabor bom, em como ela retribuía meu beijo e o quanto parecia que ela precisava de mim. Caminhei até o banheiro, precisava de um banho gelado o mais rápido possível. Só havia uma coisa em minha cabeça durante as seguintes horas: Ela vai ser minha e o mais rápido possível.Desculpe a demora amores ❤️
Não se esqueçam de VOTAR!
Um turbilhão de beijos ❤️
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Entre o amor e a vingança
Fiksi PenggemarMaite é uma jovem de dezenove anos que passou a maior parte da sua vida em um orfanato. Sua vida mudou a partir do momento que ela decide fugir e encontra Eugenio um modelo famoso e de uma família muito bem sucedida e ele se vê totalmente apaixonado...