Sentei na minha cadeira e fiquei encarando o notebook fechado por minutos."Ele não tem uma boa reputação, Mai", "Ele não é flor que se cheire nesse sentindo".
Abri o notebook rapidamente e quando vi já estava digitando, cliquei no primeiro link que apareceu. Meu coração acelerou. Ele estava lindo na foto, com um smoking azul marinho e seus cabelos todo bagunçado o deixando sexy. Estava sorrindo para jovem loira ao seu lado. Ela estava com um vestido preto até os pés, sua costa estava nua, onde William estava com a mão. Ela sorria para ele com seus braços em seu pescoço, pareciam muito íntimo. Embaixo da foto estava a matéria com seu título grande em negrito: "William Levy, o colecionador de socialites, dessa vez com a modelo Maria Millier. Parecem muito apaixonados. Já vejo milhares de corações se partindo nesse momento em Manhattan"
Cliquei no próximo link. Minha nossa. Ele estava beijando uma mulher. Meus olhos passaram rapidamente pelo título da matéria: "Megan é a nova aposta de William. Sempre colecionando belas mulheres. Será que essa é pra valer?" Rolei a página e encontrei várias fotos deles juntos em restaurantes, eventos e baladas. Ela era perfeita. Seus olhos azuis olhavam para ele com ternura e ele sorria como se estivesse apaixonado.
Há uma semana. Senti meu estomago embrulhar a ver a data da notícia.
"Você está bem?" A voz de Eugenio fez eu me despertar.
Fechei o notebook rapidamente, "Estou" O encarei, "Olha, eu não queria dizer aquilo"
"Está tudo bem" ele abriu um sorriso, ou pelo menos tentou.
"Que tal a gente sair para jantar hoje?" Disse animada se aproximando dele "Comemorar meu primeiro dia de emprego" completei.
" Claro carinho, vamos nessa"
O abracei mais forte que pude. A última pessoa desse mundo que queria magoar era Eugenio. "Me perdoa" sussurrei.
"Está perdoada, gata", disse olhando nos meus olhos, "eu sempre te perdoei".
E era verdade, independentemente de qualquer coisa, ele sempre me perdoa.
"Eu tenho uma sessão de fotos, mas te pego as 19h00 em casa"
"Fechado, gato" disse brincando usando o termo dele.
"Tenho que ir", ele me deu um beijo na testa e caminhou até a porta.
"Até daqui a pouco", pisquei.
Voltei para minha mesa e abri o notebook. Sem pensar no que estava fazendo criei um alerta para as notícias relacionadas a William Levy e fechei todas as abas.
"Maite, vamos tomar um café?" A recepcionista loira que foi gentil comigo estava na porta. Eu não conseguia me acostumar com a beleza dela.
"Claro", disse já indo em direção a porta. Olhei para o crachá dela e sorri, "Vamos lá, Giselle"
Em poucos minutos estávamos em uma sala muito confortável, com dois sofás, uma televisão, frigobar e duas excelentes máquinas de fazer café.
"Se matando como sempre, Henry?" Giselle disse rindo. E foi quando notei que o rapaz estava lá.
"Isso não é pra mim", ele disse se virando rindo.
Ele era baixo, mas não muito, seus cabelos pretos bagunçados combinavam com seu rosto jovem. Ele não poderia ter mais do que vinte e dois anos. O que mais chamava atenção nele era seus olhos azuis. Ele era muito bonito.
"Prazer, Henry" ele me deu dois beijos no rosto me pegando de surpresa.
Giselle deu dois tapinhas em seu ombro, "Não assuste a menina, Henry".
"É que não é sempre que se vê um anjo assim" ele sorriu.
Senti minhas bochechas ficarem vermelha.
"Ah, não, ela corou. Estou apaixonado" ele deu risada.
"Te ajudo com café" disse rapidamente mudando de assunto. E indo para cafeteira, sorte que a que tinha em casa era igual.
"Você é nova aqui, certo?" Ele perguntou, apoiando seu corpo na mesa e ficando ao meu lado.
"Sou sim" disse apertando os botões da máquina.
"É a nova secretária do wil?"
Encarei ele, "Sou sim" sorri, "e você?"
"Sou o que faz a magia acontecer", piscou sorrindo.
"Ele é criador das propagandas, tudo passa por ele", dessa vez Giselle que respondeu.
"Que genial, dever ser maravilhoso tirar do papel e colocar em prática", disse entregando o copo de café.
Ele pegou da minha mão, "Vai no próximo andar que eu te mostro como funciona"
"Com certeza!" sorri animada.
Ele retribuiu o sorriso igual ou até mais ansioso que eu, e tomou um gole do café e fechou os olhos. Fiquei observando enquanto experimentava o café sem demonstrar nenhuma emoção.
"Pronto, vamos casar" disse rindo contagiante e acabei rindo junto.
Eu dei uma piscada, "Ninguém faz um café melhor que eu."
"Está muito bom, Mai, nossa" Giselle disse devolvendo o copo para Henry.
"Encontrei a mulher da minha vida." Ele disse pegando na minha mão e beijando suavemente. "Estou perdidamente apaixonado", brincou.
Senti meu corpo sendo observado. Aquela tensão estava no ar. Ele está aqui.
"Na minha sala, Maite" seu tom de voz autoritário arrepiou cada pelo do meu corpo. "Agora." William disse antes de sair e deixar todos de olhos arregalados. Merda.
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Entre o amor e a vingança
ספרות חובביםMaite é uma jovem de dezenove anos que passou a maior parte da sua vida em um orfanato. Sua vida mudou a partir do momento que ela decide fugir e encontra Eugenio um modelo famoso e de uma família muito bem sucedida e ele se vê totalmente apaixonado...