Capítulo 43

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Passo minhas mãos pela cama e para minha surpresa não sinto o corpo quente da minha mulher. Rosno baixo.

Abro os olhos e me deparo com a imagem mais sexy que já ví — e eu já vi diversas vezes — mas, por ser com a Maite, com certeza era incrível.

Seu braço esquerdo está apoiado na cômoda grande, e o outro ela utiliza seu telefone. Seus cabelos está todo bagunçado em um coque e ela está apenas de calcinha e sutiã preto. Empinada, me oferecendo uma visão privilegiada do que é meu.

Meu alvoroço se apaga um pouco assim que escuto o nome do outro lado da linha.

Frustrante.

"Não se preocupe Alisson, estarei de volta ainda hoje..." ela diz com calma.

Estará? Como assim?

"Querido, resolverei o problema, não se preocupe. Não é nenhum incômodo..."

Querido?

Ela se levanta, ajeitando a postura, e encontra meus olhos através do grande vidro.

"Não há de que..." diz ainda com seus olhos presos no meu. "Preciso desligar. Não se preocupe. Por nada, Alisson. Até logo"

Ela desliga o celular e deixa ele em cima da cômoda e se vira, sorrindo. Seu sorriso morre aos poucos, provavelmente por minha cara não tão amigável.

"Bom dia, Garotão" ela diz baixo, quase sussurrando.

"O que ele queria?" Eu juro que foi automático. Saiu em um tom rude a pergunta, mas eu não pude evitar.

"A modelo destinado a campanha dele. Não o agradou, e estamos em cima do prazo... tem que resolver isso o mais rápido possível" ela diz tranquila, gesticulando com a mão.

"Aquele é seu celular" digo, mas não perguntando e sim afirmando para mim mesmo.

Ela olha pro celular e franze o cenho. "Sim, é..." da uma risada rápida.

"Eu sei que é" rebato, e ela arqueia a sobrancelha. "A questão é por que ele está ligando pro seu celular privado e não para o da empresa ou para mim?"

"Agilidade. Ele tem meu número e eu sou sua secretária. Praticidade!" Ela estala a língua, dizendo como se fosse óbvio.

"Praticidade" dou uma risada mais irônica do que gostaria. "Querido, eu vou resolver isso." Replico o que ela disse.

Ela cruza os braços em defensiva. E seus peitos fartos se destacam prendendo minha atenção nele.

"Sério? Patético isso. Fui apenas simpática." Ela rosna, me fazendo voltar atenção para seu rosto.

"Eu vou sair chamando minhas amigas de queridas ou até mesmo a gabri..."

"Você a beijou..." ela disparou, deixando transparecer o ressentimento vivo na voz. "Seu egoísta!"

Egoísta.

"Já disse que não a beijei. Para de jogar isso na minha cara" esbravejo

"Nosso voou sai em um hora e meia." Ela diz caminhando para mala, pisando duro.

Ela pega algumas peças de roupa rapidamente e se veste. Fecha a mala e caminha novamente até a cômoda.

Entre o amor e a vingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora