capitulo 05

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Dinho narrando

Ajeitei o fuzil no meu braço porque o apoio tava machucando já, entrei por de baixo da lona só filmando o movimento no morrão, olhei no relógio marca 15:45 da tarde muito calor se loco.

Miojo_ yae parceiro bora colar ali rapidão.- franzi o cenho o encarando.

Dinho_ posso não parceirin tô na luta agora.- ele negou com a cabeça rindo.

Miojo_ tá certo então, quando der dá um chegues lá no barzin do tio jucá.- assenti com um jóia voltando a olhar o movimento.

Dei um gral de 360 e vi a mina lá com a menina descendo o escadão, dei uma boa encarada que acho que ela percebeu.

Ela virou o rosto e quando me viu ficou toda sem graça e abaixou a cabeça.

Iii ala toda assanhada, as tímidas são as piores.

Dechei escapar um sorriso de lado por conta do seu nervosismo, a piveta que tá com ela virou o rosto e me encarou dando língua.

Xxx_ tá olhando minha mamãe porque, o mãe ele tá te encarando.- catucou a mina que me olhou de novo.

Xxx_ desculpa ela é assim mesmo.- pude sentir o nervoso em sua voz.

Dinho_ tá suave.- fiz pouco caso.

Xxx_ sabe se o busão já passou.- neguei.

Dinho_ não porque eu tinha que saber, tenho cara de porteiro.- ela negou sem graça.

Com a cara fechada eu tava com a cara fechada fiquei.

Vou da ousadia nem conheço.

Xxx_ e-e desculpa.- engoliu um seco, e virou o rosto olhando pra frente.

Foi a hora que dei um mil grau nela, toda pequena tá ligado mas naquele pique morena cabelo na cintura bem fina, um corpo do caralho, mas com cara de criança.

Olhei pro meio metro a baixo dela que me olhava de cara fechada.

Piveta do cão.

Xxx_ moço oque é isso no seu corpo.- apontou pra minhas tatuagem.

Dinho_ é desenho da Barbie não tá vendo.- ironizei.

Xxx_ o mãe eu vou bater nele.- apontou pra mi.

Xxx_ para com isso estela chegar em casa a gente conversa.- ela assentiu de cabeça baixa.

O ônibus apareceu do outro lado da rua e elas atravessaram mas antes a morena deu uma última olhada pra mi e saiu.

Eu em toda estranha.

......

Marquei no relógio 22:00 da noite pra eu picar a mula pra casa, olhei no relógio mas uma vez marcando 22:12, já peguei descendo.

Entrei no beco que dá na boca e entrei na sala do mandante.

Dinho_ yae mandante, já vou falou.- ele assentiu.

Diogo _ pode cre pega a visão do bagulho se eu precisar mando um salve.- assenti saindo da sala.

Aqui ainda sou peixe pequeno, mas com os mano da família gringa sempre colei desde pequeno jaé.

Comecei a descer o morro ajeitei a fuzil nas costas naquele pique, olhei pros lados tava no escuro apesar da claridade da favela ser grande, passei de frente o campinho de terra, lá e mo deserto eles usam esse campo pra cobrar os cara que tem dívidas.

As casas já tavam tudo fechada, passei de frente a dezessete e escutei um grito fino vindo de lá.

Xxx_ SOCORRO ALGUÉM ME AJUDA.- gritou com voz chorosa.

Me aproximei da entrada do beco vendo uma mina toda nua ajoelha e com as mão no cabelo, e ela repetia freneticamente.

Xxx_ de novo não de novo não.- catuquei ela que deu um pulo assustada.

Foquei minha vista e era a mina lá a estranha.

Dinho_ ou tá fazendo oque aqui desse jeito.- pergunto me aproximando dela que se encolhe em um canto.

Xxx_ a-a abusaram de mim moço, eu não consigo nem levantar.- olhei pras suas pernas e estavam vermelhas e os trapos rasgados pelo beco.

Dinho_ vem vou te ajudar.- tento pegar a mesma no colo.

Xxx_ NÃO não toca em mim, por favor.- pós a mão no joelho voltando a chorar.

Dinho_ i tu que qui eu faço oque porra tá me tirando caralho.- grito com a mesma.

Xxx_ não grita comigo só, só me ajuda tá bom.- assenti tirando minha camisa e colocando na mesma que da um gruido de dor.

Passei a blusa por seu braço evitando o máximo olhar pro seu peito, porra sou homem cara.

Xxx_ eu to zonza.- pego a mesma no colo.

Dinho _ qual é teu nome.- pergunto pra mesma que encosta a cabeça no meu peitoral nú.

Xxx_  Edu- Eduarda.- disse é apagou.

Dei um tapa de leve em seu rosto e ela não acordou.

Senti um líquido pegajoso descendo em meus braços, aproximei meu rosto sentido o cheiro de sangue escorrendo por suas pernas.

Na hora eu travei, lembrei da cena do meu irmão em meus braços, a tremedeira me atingiu e o nervosismo me consumiu.

Fechei os olhos com forças tentando apagar a lembrança que tanto me assombrava.

Me agachei no chão tampando os ouvidos tentando deletar o grito do meu irmão de dor, com a mina deitada em minhas pernas, abro os olhos e olho para mesma.

Eu preciso tomar uma atitude, sou bandido sou acostumado ver sangue, tento colocar isso na minha cabeça.

Mas o único que caiu em meus braços foi...

Não Dinho esquece essa porra já foi.

Passo a mão na cabeça agoniado, vai que a mina morreu sei lá.

Caralho oque eu faço agora?

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