capítulo 27

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Rayssa narrando

As vezes nem tudo são flores como esperamos, as vezes nem tudo é aquilo que dizem, por vários motivos eu poderia ser feliz, e ser grata, não que eu não seja, mas é uma coisa loca, talvez seja espiritual, carnal ou até mesmo infantilidade como muitos dizem.

Mas só sabe quem passa e sente.

Desci da minha moto, entrando na minha pequena casa, joguei o capacete no sofá junto com a chave da moto, entrei no meu quarto tirando minha roupa ficando somente de peças intimas.

Entrei no banheiro e me encarei no espelho, sentindo aquele amargo na garganta e uma imensa vontade de chorar, passei a mão no peito e na garganta tentado me livrar da quela agonia.

Porque Deus eu me sinto assim, porque Deus essa magua profunda em meu peito, me ajuda por favor, te peço tira essa tristeza da minha alma, tira essa nuvem escura da minha cabeça e coloca um lindo sol, por favor.

Me ajoelhei no chão sentindo aquele nó na garganta e minha cabeça saltar de dor, sem que eu menos espere as lágrimas fogem de meus olhos como se fossem uma cachoeira, tento respirar fundo mas oque consigo e chorar mais.

Limpo meu rosto, e pucho a raíz dos meus cabelos, porque essa dor tem que ser tão agoniante e incomoda tanto, solto meus fios assim que os vejo cair por minhas pernas indo ao chão.

Tento me levantar mas uma tontura me abate, me deixando fraca indo ao chão, abro uma gaveta ao lado da pia e pego uma caixinha cheia de lâminas, me escoro na parede, e tento segurar as lágrimas que são tão teimosas e insistem em cair.

Abro a pequena caixinha e pego uma lâmina, fechos os olhos passando ela por minha perna esquerda, sentido aquela ardência que não me incomoda mais.

Eu me pergunto e me amaldiçoou sempre o porque de eu não ter procurado ajuda quando os malditos sintomas da depressão começaram a aparecer, sim eu a chamo de doença, por ser tão maligna ao ponto se espalhar silenciosamente infelizmente deixando vários rastros por meu corpo.

Procure ajuda, nunca deixe essa tristeza te dominar, seja forte, não seja como eu fraca, desabafe com palavras e não com cortes, te garanto que isso pode te aliviar um pouco.

Passo mais uma vez a lâmina pressionando deixando o corte mais fundo e eu soltar um leve gemido de dor, olho para o chão do banheiro vendo o sangue escorrer por minhas pernas.

Jogo a lâmina no lixo e pego outra passando por meu braço, mordo o lábio inferior e passo mais uma vez no pulso vendo o sangue jorrar, e um estranho alívio percorrer por meu corpo.

Sinto meus olhos pesarem, e minhas mãos ficarem geladas, e uma tranquilidade me atingir, fecho os olhos me entregando aquela escuridão.

......

_ ei garota acorda.- escuto uma voz grossa e logo uns tapinhas de leve em meu rosto.

Abro os olhos e os fecho novamente sentido o impacto da claridade.

Abro os olhos novamente e tento me levantar olho para minha perna e braço que estão enfachados, encaro a pessoa ao meu lado e vejo o loiro de mais cedo, que me olha com o rosto sério que chega até mesmo ser engraçado.

Tudo Por Um AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora