capítulo 15

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Eduarda narrando

Cheguei da escola cansada, e desci para ajudar a mamis, deixei Estela comendo e peguei o veja e o pano passando nas mesas do lado de fora enquanto canto uma música baixinho.

Galeguin_ yae donzela.- me deu um beijo na bochecha.

Eduarda_ oi.- sorri colocando as cadeiras do lado da mesa.

Galeguin_ faz tempo que não te vejo.- tira a arma da cintura colocando em cima da mesa que acabei de limpar, e ele se senta em cima da mesa.

Eduarda_ para de coisa, a gente se conheceu ontem.- revirei os olhos.- sai de cima da mesa existe cadeira sabia.- ele dá uma risada saindo de cima.

Olhei pra trás pra ver se minha mãe vinha porque se não ia ser mo coisa.

Estela_ mamãe eu quero souvete.-puchou minha blusa.

Galeguin_ mãe(?).- franziu o cenho.- tem quantos anos.- me olhou confuso.

Eduarda_ quinze.- engoli um seco.

Galeguin_ nossa, e ela.- apontou para Estela que olhava tudo atenta.

Eduarda _ quatro.- ele me olhou espantado.

Galeguin_ você teve essa menina com onze anos.- arregalou os olhos me deixando constrangida.

Eduarda _sim eu tive, vai embora por favor.- ele continuou encarando a Estela e se abaixou ficando de sua altura.

Galeguin_ qual é seu nome princesa.- sorriu.

Estela _ Estela e o seu moço.- pegou nas tatuagens em seu braço.

Galeguin_ lindo nome, me chama de galeguin.- apertou seu Narizinho.

Estela _ nome feio, sua mãe tem um mal gosto.- disse me arrancando gargalhada.

Olhei para Galeguin franzindo o cenho, ele fixou os olhos no pescoço de Estela, estranhei sua atitude quando ele encostou a mão na cicatriz de Estela no pescoço.

Galeguin_ e essa cicatriz puchou a quem.- me olha.

Eduarda_ não é da sua conta.- minha feição endurece.

Galeguin_ e seu pai princesa, é quem.- pergunta, fazendo Estela me olhar confusa.

Estela_ não sei, eu não tenho papai.- disse triste abraçando minha perna.

Galeguin_ não é possível, todo mundo tem pai, né Eduarda.- me olhou com um sorrisinho de lado.

Porque ele tá fazendo esse questionamento todo, ele sabe de alguma coisa, suspiro pesado.

Eduarda_ é mais ela não tem.- pego Estela no colo.- sai daqui agora.- digo nervosa.

Galeguin_ ue tá nervosa porque.- sorriu sarcástico.- vou indo lá então se vemo por ai.- deu outro beijo na bochecha de Estela.- tchau princesas.- pegou sua arma na mesa e saiu, com um sorrisinho de lado.

Oque merda foi isso.

Estela_ mãe e meu picolé.- fez bico.

Sai do tranze que estava e olhei pra mesma.

Eduarda_ assim, vamos lá buscar.- ela sorriu batendo palminhas.

Coloquei a mesma no chão e segurei em sua mãozinha.

E subimos o morro, passei de frente a uma biqueira e vi Dinho que me encarou mas logo tratou de virar o rosto, olhei para o lado dele vendo o turco.

Gelei na hora e aparecei os paços, escutei sua voz grossa me gritar mas banquei a Kátia.

Assisti salve Jorge tô nem doida.

.....

Deixei Estela no parquinho brincando enquanto eu estou na praça tomando um belo de um açaí.

Olhei pra Rayssa do outro lado da rua que fez um sinal mandando eu esperar enquanto ela entrava em uma loja de roupas.

Senti alguém sentando do meu lado virei o rosto vendo aquele mesmo homem que vi na boca meses atrás.

Deco _ de qual é mina.- me olhou nós olhos sério.

Me mantive calada, fingindo demência.

Deco _ i vey tá negando voz, pode pá.- ajeitou o short de futebol que realça sua pélvis, nem olhei magina.- aquela tua piveta lá qual é a idade dela.- se manteu sério olhando em direção onde Estela está.

Mas oque diabo tá acontecendo, primeiro é um agora outro.

Eduarda _ quatro.- ele me olhou com os olhos arregalados.

Deco_ então é verdade.- sussurrou quase não ouvi.

Eduarda _ verdade oque.- olhei confusa e ele me encarou negando.

Deco _ quem é o pai dela, nunca te vi com macho nenhum.- me olhou novamente nos olhos me fazendo sentir uma sensação ruim.

Eduarda _ e..ee.- gaguejei, merda.- um cara aí.- olhei para o chão colocando meu açaí de lado.

Ele continuou me encarando.

Deco _ tu tá mentindo.- franziu o cenho irritado.

Mas ue(?)

Eduarda _ isso não é da sua conta.- me levantei e ele também pegando no meu braço com força.

Deco_ é da minha conta sim.- praticamente gritou.

Eduarda _ me solta.- encarquei minha unha em sua mão que mesmo assim não solta.

Olhei para sua mão, e franzi a testa.

Na... Não pode ser.

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