capítulo 11

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Eduarda narrando

Pra que tantas lágrimas moça?
Pra que tanta tristeza?
Sorria seja o melhor de você.

Meu sonho sempre foi ter uma boneca daquelas que a gente só ver na tv, meu sonho era brincar na rua de pega pega, meu sonho era ser uma criança como as outras.

Eu com meus dez anos sentada na calçada de casa brincando de panelinha com umas coleguinhas, aquilo era tudo pra mim, ficar na rua até tarde brincado de pique esconde, de cobra sega, e chegava tarde da noite em casa escutando os sermões da minha mãe.

Aquilo era tão maravilhoso mas eu não reconhecia, eu realmente não sabia oque o futuro me reserva eu só pensava em brincar brincar e mais brincar.

Eu me perguntava o porque de eu ser tão diferente das outras garotas, o porque de alguns homens me olharem como se eu fosse uma jóia rara, inocência era isso.

Finalmente chegou o dia em que eu virei mocinha e novamente a pergunta renascia o porquê de eu ser diferente das outras garotas, eu com apenas dez anos já ressaltava curvas de uma menina mas velha do que eu.

Eu me olhava no espelho e sempre perguntava a mamãe.

Eduarda_ o mãe mais minha colega não tem isso.- apontei para meus seios.

Mãe-Lucia_ é porque minha filha você já tá grandinha.

Me lembro de ficar feliz e sair dizendo a todos que eu era adulta, um ano se passou e eu com planos de ser uma veterinária, de ter minha tão sonhada babya live, eu corria as ruas becos do morro, como se não tivesse amanhã.

Era tão bom, até o dia que estava todas as crianças na rua brincadeira se avia a cada esquina.

Brincávamos de queimada, Juninho bateu na bola jogando a mesma longe, olhei para mesmo brava dando um tapa em seu braço.

Juninho_ vai lá buscar Dudinha.- disse amigável.

Revirei os olhos e fui em direção a onde a bola tinha caído, entrei em um beco e não vi a bola no chão, já estava desistindo quando um homem alto com uma toca no rosto me para segurando minha bola.

_ tá procurando isso bebê.- assenti.- então pega.- ele me estendeu a bola.- fui até a mesma pegando de sua mão.

Eduarda _ porque o senhor tá com isso no rosto.- aponto para o mesmo.- você é algum super herói.- ele assentiu.- nossa que legal.- dei pulinhos.- vem vou te mostrar para meus amigos.- peguei em sua mão o puchando até a rua.

Mas ele continuou parado.

_ bora lá em casa pra eu te dar um presente.- neguei.- porque não, você gosta de doce.- assenti.- lá em casa tem de monte você vai amar.- puchou minha mão entrando em um beco mais afastado e escuro.

Eduarda _ eu quero ir pra casa.- disse com voz de choro.

_ não precisa chorar princesa você vai gostar.- se abaixou alisando meu braço.

Olhei pra ele e tentei correr mas ele me segurou com força, me debate mas ele me pegou no colo.

Eduarda_ para eu quero Minha mãe.- gritei desesperada.

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