Mermaid - Larry Stylinson

Planos concretizados

Zayn não estava acostumado a ter que se esforçar para conseguir alguém que o divertisse durante uma noite. Toda sua áurea divina e celestial fazia com que sempre fosse o centro das atenções e alvo de disputa entre as pessoas.

Por isso, não estranhou quando foi abordado por uma linda jovem assim que entrou no bar, já bem bêbado pela quantidade de vinho ingerido na ilha.

– Posso oferecer uma bebida. – A mulher loira e esguia aproximou-se com um belo sorriso no rosto.

– Deve. – Gabou-se.

– Sou Gigi. – A moça sorriu enquanto colocava uma taça bonita à frente do deus.

– Zayn, mas você pode me chamar de seu deus. – A intenção era ser o mais sedutor possível, mas sua voz já estava embargada pelo álcool e acabou sendo cômico.

Em compensação, a bela mulher usou de todo o seu charme para mantê-lo o mais próximo possível, deixando que Zayn acariciasse sua pele sob o vestido azul de seda e certificando-se de que a taça a sua frente se mantivesse cheia.

Deuses poderiam ter uma sabedoria imensa, mas seu ego e sua soberba sempre os deixavam cegos. E Zayn não era diferente.

As pessoas à volta podiam notar a clara intenção de Gigi em deixá-lo o mais bêbado possível, mas ele estava tão satisfeito por ter a mulher mais linda do bar em suas mãos, que era incapaz de perceber a maldade em cada ato tomado por ela.

A certa altura, já estava tão bêbado que mesmo tendo como missão a proteção dos tritões e dos humanos da ilha, tendo plena consciência dos riscos que os cercavam, sequer notou o olhar intenso que estava sobre si a noite toda.

Do outro lado do bar, Simon Cowell observava todas as suas ações e recebia olhares e sorrisos satisfeitos de Gigi.

– Vamos para a casa, baby. – A mulher disse sedutora nos ouvidos do deus, causando-lhe arrepios e fazendo um sorriso bobo nascer em seus lábios.

Assim que se levantou, Zayn teve a exata noção do quão bêbado estava. Mal conseguia parar em pé. Mas seus sentidos em péssimo estado de funcionamento não conseguiam fazer com que desistisse de seguir a bela jovem que o ajudava a manter-se de pé e contrariando todo o bom senso, ele se deixou levar.

Tudo o que se seguiu na mente de Zayn foram borrões confusos e muita amnésia. Por isso, ele não viu quando a mulher tirou suas roupas e o arrastou para o banheiro do luxuoso hotel, colocando-o na banheira.

Muito menos viu quando a água morna cobriu todo o seu corpo, fazendo sua insinuante cauda dourada brilhar e um certo pesquisador cair de joelhos ao chão, em completo estado de choque.

– É real! – Simon disse mais para si mesmo do que para a jovem que o acompanhava naquele cômodo. – Eu sabia que não estava louco quando vi um deles em meus estudos. Eu tive que pesquisá-los em segredos por anos para que não fosse ridicularizado ante a comunidade científica. – Murmurava bobo. – Mas isso muda tudo! – Tocou a cauda de Zayn, que estava dormindo em um sono profundo. – Eu vou ser o maior biólogo da história. Talvez o maior cientista da história! – Seus olhos brilharam de forma sádica. – Ninguém será melhor do que eu! – Acariciava todas as escamas douradas e tinha aquele tom doentio na voz, que fez um arrepio percorrer a espinha de Gigi. – Eu sabia que Louis ia conseguir, ele só precisava do incentivo certo e eu dei isso a ele. Sempre fui eu. – Uma lagrima de êxtase escorreu por seu rosto. – Essa é a minha descoberta científica! – Ficou em silêncio admirando o deus a sua frente. – Temos que levá-lo ao meu laboratório. Ajude-me! – Virou-se para a mulher.