Não há como vencer o amor

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Ter Louis ali era um alívio maior do que Harry jamais poderia imaginar, era como se após dias, que mais pareceram anos, ele finalmente pudesse respirar em paz. Louis estava ali para ele e ele sabia que seu namorado jamais pouparia esforços para salvá-lo.

A vida de Louis era de Harry e a de Harry era de Louis, então é claro que eles sempre estariam ali um para o outro.

O amor compartilhado por ambos era maior do que qualquer coisa e capaz do impossível, então não importava como, Harry sabia que Louis o encontraria e sabia que o salvaria.

Estavam destinados um ao outro e não descansariam enquanto esse destino não se concretizasse.

Por isso, quando sentiu os braços de seu amado ao redor de seu corpo, todas as suas preocupações, medos e dores se foram. Louis era como um bálsamo para seu corpo, seu coração e sua alma.

E exatamente por ter essa sensação só de estar junto a pessoa que mais ama no mundo, Harry sabia o quanto Amora estava sofrendo, porque é claro que ela estava aliviada por estar a salvo, mas nem eu e nem Louis éramos seus pais e ela só ficaria realmente em paz quando estivesse nos braços de ambos.

Então, o tritão preocupou-se em acalentar o corpo trêmulo e frágil da pequena e assustada sereia a fim de lhe passar algum conforto enquanto Louis se ocupava de tirá-los daquele lugar horrível.

E justamente por isso, não viu quando Simon levantou-se e quando percebeu a aproximação do humano nojento e asqueroso, era tarde demais e ele já havia acertado a cabeça de Louis com um dos objetos da sala.

Nunca esqueceria da cena desesperadora que era ver Louis caindo desacordado ao chão, com sangue escorrendo pelo pescoço, e também não saberia explicar de onde veio o grito ensurdecedor que saiu de sua boca.

Harry poderia suportar tudo, mas não podia viver em um mundo em que Louis não estivesse. Precisava dele como um humano precisa do ar para respirar.

De repente, tudo o que estava a seu redor começou a vibrar e os inúmeros tubos de ensaios que guarneciam a sala do laboratório explodiram em milhões de cacos. Amora escondeu-se sob a cauda do tio, tapando os ouvidos o máximo que conseguia, mas Simon não teve a mesma esperteza.

Ninguém sabia muito sobre o mistério do canto das sereias. Na mitologia, diziam que elas podiam cantar o seu destino, mas, na realidade, tudo era ainda mais intenso e misterioso.

Niall costumava abusar de sua voz angelical às vezes, cantarolando músicas aleatórias ou exprimia todos seus sentimentos através dos sons melodiosos que saiam de sua boca.

Por vezes, Harry se viu afetado pelo canto do amigo, seja sentindo as boas lembranças que a música entoada lhe trazia, seja sentindo a dor e a angústia de viver a maior saudade que já experimentara, quando seu amigo cantou após a partida de Liam, colocando a sua dor na melodia.

No fim, tudo o que sabiam é que o canto de uma sereia causava uma reação diferente a cada um e que, dependendo da emoção colocada pela sereia na música, os ouvintes experimentariam o mesmo sentimento.

Não havia grandes problemas quando Niall e Harry cantavam um para o outro, felizes, fazendo com que se sentissem bem. O grande mistério estava nas canções em que as sereias cantavam quando estavam cercadas de raiva e medo.

Haviam inúmeras histórias de grandes desastres marinhos causados por uma única sereias raivosa que passou a cantar e gritar a plenos pulmões para que os humanos escutassem e, logo depois, jogarem-se ao mar em direção à boca feroz de um tubarão ou coisa até pior.

Mermaid - Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora