O misterioso grande dia e uma turbulenta noite

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—Muito bem alunos, prontos? 3...2...1... JÁ!

E assim a primeira corrida da turma de primeiro ano A na SEGA se iniciou. Dentre os vinte e dois alunos presentes no exercício estava, claro, o trio de amigos. Azula estava tentando fazer o seu melhor para sair da sétima posição mas o nível de dificuldade elevado do sistema se fez presente de forma tão abrupta que ela definitivamente não esperava. Já havia se passado quatro dias em que ela, Max e Ícarus estavam por conta própria, e mesmo que não conversassem muito com o terceiro colega, podiam dizer que ele já havia achado seu próprio grupo a se enturmar. Por outro lado, Emerald era a nova amiga da dupla. Pouca coisa havia mudado apesar da saudade da família perdurar nos corações dos jovens, mas teriam de conviver com isso. Sabiam que seriam livres hora ou outra então aos poucos, o sentimento era amadurecido. E nesses quatro dias de aula, Azula sofreu horrores. As aulas teóricas eram um saco e se não fosse por Max, ela já teria tomado seu segundo Strike/Advertência para sair de vez do SEGA. Isso por que padrões e hora nunca foram lá o seu forte, a própria corrida que a colocou naquele lugar era um ótimo exemplo disso. E por conta de sacadas de sorte, ela estava escalada para esse exercício prático de corrida em uma das pistas destinadas a classe A.

Três suadas voltas depois, era hora do almoço. O trio de amigos sentou-se em um canto do gramado do jardim onde parecia ser mais fresco, a brisa quente do meio dia entrava em contraste com o ventilador do ar condicionado acima deles do lado de fora de um dos prédios, mas dava pra sobreviver. Emerald era quem havia apresentado os lanches do sistema para eles, e em uma rodinha simples, eles discutiam os resultados das aulas do dia.

—Meu santo Gaia! Que corrida foi essa!? Eu nunca cheguei em quinta posição em toda minha vida! —Azula parecia inconformada em não conseguir o pódio na atividade prática, e isso causou risos nos amigos.

—Somos bons Azula, mas não somos os melhores, você devia estar orgulhosa, eu cheguei em vigésimo! —Max reclamou dando um tapa fraco no ombro da amiga.

—Vocês se saíram bem pra primeira atividade prática da academia. —Emerald tentou encorajar os amigos, mas recebeu um olhar sarcástico de Max que a fez corar e sorrir torto. —E-Ehrm... Quase bem, desculpe.

—Pra você é fácil falar, chegou em quarto lugar! Parecia impossível te ultrapassar Emy! —Azula ditou claramente surpresa. —Tem certeza que você é uma Power Rider?

—B-bom, o Red Impact é a minha prancha legítima então... —A ruiva coçou a bochecha com o indicador um tanto encabulada.

—Será que os Power Riders são naturalmente rápidos assim? Você já é a segunda que conhecemos com esse nível de habilidade nesse estilo. —Max salientou a dúvida.

—De acordo com a aula do Professor Edward. Os três estilos de Rider não possuem a mesma constância, mas podem equiparar níveis de velocidade em um certo ponto. —Emerald tomou a palavra pensativa.

—E isso significa que...? —Azula por outro lado, não entendeu bulhufas.

—Significa que todas as "classes" de corredor, independente de sua especialidade para atalhos, podem ser igualmente velozes. Mas, precisa-se de uma condição pra isso. —Max explicou. —Ou seja, ser um Speeder não é uma garantia imediata de vitória.

—Hum! —A azulada sentiu a farpa na alma e cruzou os braços fazendo biquinho.

Emerald riu da cena, havia começado a se acostumar com essa troca de farpas naturais dos dois.

—Vocês vão fazer algo depois das aulas da tarde? —A ruiva em um tom relutante questionou.

Os dois negaram, poderia dar certo, Emerald então respirou fundo tentando parecer o mais natural possível pra fazer o convite mas querendo ou não, suas bochechas já estavam coradas.

Azula RiderOnde histórias criam vida. Descubra agora