Azula Rider

A verdadeira natureza se revela!

Aquela manhã pareceu nem sequer ter um ponto de partida para o quarteto. O despertador de Azula pareceu estar disposto a inferniza-la com um maldito chiado que se principiou apenas duas horas depois dela cair no sono. Enfurecida e exausta, ela o pegou e o arremessou na parede com toda pouca força que tinha. Os raios de sol matutino já atravessavam a janela e nesse cansativo ritmo, ela se ergueu na cama até ficar sentada, piscando algumas vezes para tentar desembaçar sua visão. Seus cabelos estavam uma zona, sua roupa nada mais era que uma camisa masculina gigantesca e azul escura com uma estampa em amarelo dizendo "Werehog".

-Azula! Vamos! Acorde!

A voz de Max a surpreendeu embora seu rosto apenas houvesse se virado a porta. Com muita determinação, ela preguiçosamente deixou a cama de pijama mesmo e foi a porta, pondo a mão sobre a maçaneta e a girando, com um veloz abrir, ela deu de cara com Max que estava com outra versão da farda já que no meio da confusão de ontem, eles nem repararam que estavam usando os uniformes. O que lembra a Azula que ela também deveria trocar de roupa.

-Você dormiu com as galinhas foi? -Ela reclamou manhosa enquanto dava passagem para o amigo.

-Eu nem dormi, e nem sei como você conseguiu também. -O loiro argumentou enquanto entrava no quarto. -Céus, isso está uma lástima.

-Nah, vem me dizer que mulher tem que viver de quarto arrumado não que hoje eu não to boa! -Ela esbravejou com voz embargada enquanto ia pro banheiro.

Depois de muita pressa de Max, Azula conseguiu se vestir a tempo. Ela pegou seu Gear e o alçou sobre as costas como uma mochila, e os dois deixaram o prédio de dormitórios juntos caminhando pelo campus em meio a manhã que se iniciava no instituto.

-Vamos ter que passar num pit para as aulas práticas de hoje. -Max alertou.

-Temos aulas práticas hoje? -Ela estranhou.

-Azula, você não leu o cronograma?

-Eu to com cara de que ia ler alguma coisa? -Ela apontou pro seu próprio rosto. -Você é um cara de coragem pra virar uma madrugada e parecer tão natural mesmo depois de tanto tempo de pé.

-Costumava passar horas conversando com a minha mãe na porta de casa quando o pai quase expulsava a gente lembra? Tenho costume em ter dificuldade pra dormir. -Ele deu de ombros divertido. -Mas eu sei meus limites, muito provavelmente irei um desastre na atividade prática de hoje.

-E não será o único... -Azula concordou dando dois fracos tapas no ombro do amigo.

No caminho para os prédios onde há as salas de aula propriamente ditas, existem pequenos pontos chamados Pit. Que seria o equivalente a "Pit stop" de corridas normais. Assim como quase qualquer meio de transporte, os Gears são movidos por algum tipo de combustível, nesse caso, o Energy Power, nova fonte de energia que revolucionou o mundo e principal responsável pelo desenvolvimento eletrônico com a chegada da era futurista no planeta. Os Pits nem parecem ser algo muito complexo, apesar de inicialmente o visual ser um pouco incomum. Uma estrutura rotacionária que flutua sobre uma superficie de metal, e nesse espaço, há uma câmara de luz alaranjada em tonicidade ambiente entre eles, luz essa que carrega os Gears com EP (Energy Power) que eles precisam. Ao lado direito da entrada de cada prédio de sala haviam pits para que os alunos que esqueceram ou por necessidade mesmo, pudessem abastecer seus Gears antes de começar uma aula. Quando Azula e Max chegaram a um dos pits deram de cara com um rosto conhecido e igualmente cansado reabastecendo sua prancha flutuante entre um bocejo e outro.

-Hey Emy! -Max acenou e fez a ruiva virar cansada para a dupla.

-Ah, bom dia pessoal... -Ela acenou de volta com um sorriso e segundos depois foi surpreendida quando seu Gear lacrado sobre a maleta de metal bateu contra sua cabeça com tudo devido ao arremesso efetuado pós carga.