Se passaram cinco dias. Cinco dias para a agora enfaixada Azula enfim começar a dar sinais de consciência. Era uma manhã morna no SEGA e gradativamente, ela abriu seus olhos com dificuldade e um peso significativo, levou bons segundos até tudo parar de ser embaçado e mais ainda parar de girar. O teto branco do quarto e o cheiro plastificado de coisas misturadas a sensação de ar-condicionado no hospital da ilha pareceu incomodante a princípio, mas lhe provou de que se estava recuperando os sentidos significava que estava viva. Ela ergueu a mão direita e sentiu um palpitar dolorido, ainda não estava 100% recuperada e a prova disso foi justamente o fato da mão estar com alguns curativos quando a analisou. O que mais doía de verdade era a cabeça, Azula não lembrava de muita coisa, só da sensação ruim que teve quando estava na pista, ela lembra também que seu plano tinha dado relativamente certo também; ela até sabia que aquilo estava estranho então seguiu o protocolo de proteção de todo Rider, ela posicionou o punho próximo do coração, e pelo jeito deu certo, apesar dela não lembrar de como aconteceu, se ainda estava respirando significava que seu peito foi parcialmente protegido... Um milagre talvez.
Ela ouve um barulho de batidas na porta e vira a cabeça na direção da mesma enquanto baixava a mão. Pelas vozes do lado de fora, tinham enfermeiros cuidando para que visitas não pudessem ser recebidas por agora, o que a faz notar que não sabe quanto tempo se passou desde que foi acidentada. O que consegue ouvir do lado de fora da porta não é muita coisa, mas, quando a dita cuja enfim se abre e revela seu visitante, Azula não consegue conter sua expressão surpresa, especialmente pela calma e preocupação que a pessoa transmitia quando se aproximou de sua cama.
—D-Diretora Maria?!
—Você está bem? Azula?...
Uma hora de conversa se foi e agora flores estavam dentro de um jarro que ficava em cima de uma escrivaninha ao lado esquerdo da cama onde Azula estava repousada. Maria estava cuidando daquelas flores com um olhar pesado, e depois do que Azula ouviu tudo que conseguia fazer era fitar suas mãos relativamente trêmulas de choque, afinal pra ela apesar da dor e da perda de noção de tempo, não esperava que tivesse passado tanto.
—Cinco dias... Cinco dias em animação suspensa?... —O tom de voz de Azula exalava tensão.
—Sim. —Maria respondeu alisando uma pétala com a dobra do indicador. —E devo acrescentar que você deu sorte mecânicamente falando.
—O protocolo de proteção de Riders poderia ter falhado por eu ter excedido uma velocidade bem maior do que aquele Gear era capaz de atingir, então... Se isso tivesse acontecido...
—Se isso tivesse acontecido, você provavelmente ainda estaria viva. —Maria completou a sentença de Azula dando um suspiro. —Mas eu não poderia deixar você correr... Não aqui.
Um silêncio sútil se instalou na sala por um momento. Azula tinha ouvido de Maria como foram os dias desde que ela esteve desacordada e especialmente sobre o seu tratamento, tal claro como as visitas periódicas de Max, Emerald e os outros sempre que as aulas acabavam no período do fim de tarde, o tempo de provas práticas e teóricas estava se aproximando mas muitos alunos ficaram comovidos com o caso, e apesar de ser uma instituição famosa, o caso de Azula não foi a público, somente o SEGA, e obviamente Christiane sabiam o que havia acontecido, e mesmo com tudo isso sendo jogado na mesa, ao encarar suas mãos as lenbranças de Azula falhavam em recriar uma imagem feliz. Azula sentia um calor estranho por entre os dedos e nas palmas e entre uma piscada e outra ela via rastros de faíscas, mas faíscas azuis... Cores incomuns para raios, um azul profundo como o de seus cabelos; e tentando convencer a si mesma de que isso era apenas alucinação de sua parte, ela repetia as piscadas várias vezes até não ser mais capaz de enxergar aquelas manifestações estranhas de energia, mas a dúvida maior ainda a perseguia e ao baixar um pouco mais a cabeça, Azula deu voz a angústia estranha que estava sentindo com uma pergunta óbvia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Azula Rider
Hayran KurguEm uma sociedade futurista um novo esporte surgiu graças a nova fonte de energia, para os praticantes do tipo, o nome é dado de "Rider". O que era pra ser brincadeiras de ruas a princípio com o passar das décadas se tornou febre mundial com direito...