Fazendo História

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A manhã foi fresca. E como sempre, Azula penou horrores para deixar a cama, mas com muita determinação, ela jogou seu despertador na parede como sempre e se levantou devagar coçando sua cabeça com uma das mãos enquanto dava um longo bocejo. No canto de seus lábios a baba seca ainda era bastante vísivel pela marca e o sentimento de cansaço penava a deixar o interior da garota depois do dia anterior cansativo que teve. Depois de escovar os dentes e tomar um bom banho, ela estava terminando de se trocar quando ouviu Max chamar na porta; com os cabelos despenteados mesmo ela foi atender o amigo e assim que ele a viu quase tomou um susto pela juba azul que estava o cabelo de Azula aquela manhã.

—Minha santa Light Gaia!

—Para vai, nem estou tão feia! —Ela fez biquinho com as costas das mãos apoiadas na sua cintura. 

Eles riram segundos depois e ele entrou para ajuda-la a se arrumar daquele desastre capilar que estava acontecendo ali. Quando tudo finalmente estava devidamente arrumado, eles deixaram o prédio principal e em sua caminhada matutina, discutiam sobre como Emerald havia ficado feliz e chorado como uma menininha que ganhou sua primeira boneca no dia anterior, entre as gargalhadas e piadas que trocavam, não demorou muito para encontrarem a ruiva a caminho do prédio dedicado as aulas também, ela deu um abraço caloroso nos dois como um gesto de bom dia e embora confusos, Max e Azula não podiam deixar um abraço grátis passar. Agora definitivamente juntos, o trio de amigos passou pela entrada principal do prédio e no caminho para sua sala, alguns olhares atentos no corredor fizeram os três se encararem estranho. Os múrmurios baixos começaram de forma sútil e apenas Max captou isso, Emerald logo ficou tímida e Azula não conseguiu perder a expressão de confusão do rosto.

—Por que estão olhando pra gente assim?... —Azula jogou a dúvida no ar.

—Aparentemente a corrida de ontem repercutiu e repercutiu bonito. —Max alertou enquanto subiam as escadas. —Emy, tira essa mochila da cara.

—T-ta... —Disse a encolhida ruiva enquanto baixava a mochila da frente de seu rosto igualmente rubro.

—Que estranho, eles tiveram suas próprias corridas, por que falar da gente? —Azula levou as mãos até atrás da cabeça e as usou de travesseiro enquanto viravam o corredor com um bom grupo de alunos distribuídos pelos cantos.

—Não lembra o que a diretora Maria falou ontem? Nosso rendimento na corrida junto ao do Ícarus foi o melhor, o que significa que acabamos sendo gabados por ela. —Max explicou erguendo o indicador.

—Nah, essa coisa de gabar desempenho por parte da senhorita Maria é um pouco chato na minha opinião, quer dizer, olha pra nós agora! Eu não sei se vou conseguir estudar com gente me olhando do nada! —Azula retrucou com um tom mimado e manhoso.

—Você está falando que não gosta de ser gabada mas está agindo exatamente como uma celebridade super famosa. —Max coçou a bochecha com o indicador.

—B-bom... Nós corremos muito, acho que é natural t-termos um pouco de público. —Emerald comentou baixo enquanto virava o rosto parcialmente corada.

—Emy está certa, se não podemos evitar os cochichos, vamos tentar ignorá-los pelo menos. —O loiro concordou.

—E você acha que vai ser fácil?! —Azula olhou o amigo por cima do ombro e ele deu de ombros.

—Acho mais fácil que reclamar deles pelo menos.

Azula não teve bem como combater essa lógica.

—Faz sentido né... —A jovem deu um suspiro derrotado e negou com a cabeça. —Ah... Enfim, contanto que não nos impeçam de correr. 

Quando viraram o terceiro corredor e chegaram ao caminho para sua sala, um estranho furdunço estava ao redor da porta da sala que fez com que as expressões ficassem ainda mais confusas. Tratava-se de um garoto de cabelos rosados sendo barrado por alguns alunos da sala de Azula, e o argumento dele de pedir passagem era definitivamente a coisa mais bizarra que Azula já havia ouvido em toda sua vida.

Azula RiderOnde histórias criam vida. Descubra agora