A Sombra do Instituto: Parte I

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Já havia se passado uma semana desde a vitória do time de "heróis" contra o time dos Knight's Rose. Desde então, a rotina de treinos tem sido dura, e o trio de amigos estava dando seu melhor como sempre para aprimorarem em suas respectivas modalidades e aptidões. As regionais ainda eram um sonho distante, mas para Azula, estar na lista de selecionados seria o primeiro passo para as grandes pistas, e é com esse foco que ela dedicava seus treinos e aulas práticas—mesmo com as notas relativamente baixas—que são  justamente o caso que nos leva a sala da diretora Maria em mais uma tarde, onde depois de certa notícia, a jovem quase saltou da sua cadeira em desaprovação.

—Ser expulsa por baixo rendimento!?! —Azula não podia acreditar no que ouviu.

—Não é o seu "rendimento prático" que está ameaçado Azula. —Maria mediou a situação em seu costumeiro tom calmo e dedilhou rapidamente no teclado digital de sua mesa uma senha que abriu um holograma a frente da jovem de cabelos azuis.

No holograma havia uma tabela com desenvolvimento dos alunos sobre matérias básicas, coisas fundamentais para uma escolaridade. Por mais que o SEGA fosse um sistema com enfoque em criar campeões, eles ainda eram uma instutuição que prezava pela educação, afinal não adianta saber correr se não souber usar o cérebro, e era esse o ponto que Maria queria provar.

—Vê? O seu nome está em último na lista. —A loira apontou. —Isso é ruim Azula, você precisa melhorar suas qualidades acadêmicas.

—Mas eu já melhorei! Tirei cinco na última atividade das aulas teóricas!

—Azula, a nossa média é sete.

A jovem de cabelos azuis despencou na cadeira com uma expressão desnorteada. Sempre foi uma aluna mediana e nunca lhe exigiram mais que seis de média, e claro, que a medida que os anos escolares foram passando, o interesse que já se limitava ao bastante por parte dela, havia ficado ainda menor... Maria deu um suspiro ao ver que a garota estava daquele jeito.

—Você sabe que temos a regra dos três strikes certo? Agora que você passou do grande dia, precisa aprender a mediar seu grande talento com Gear ao mínimo de interesse nos estudos. —A loira tentou aconselhar na situação de forma sensata. —Se não sua falha acadêmica pode ser considerada também um terceiro strike.

—Aaah droga... —Ela resmungou descrente. —Então eu preciso estudar mais e tentar tirar notas altas certo?

—Azula, o primeiro passo pra sair do seu buraco é saber a diferença entre "aprender" e "decorar". Você está querendo decorar.

—Não entendi... —Azula trombou a cabeça para a direita.

—Temos uma boa diversidade de horários de aula e dinamismo nas partes teóricas da instituição, seja um pouco mais observadora e entenderá o que estou dizendo. —Maria assentiu e desativou o holograma. —E lembre-se, você vai precisar se sair bem em pelo menos provas do final do bimestre se quiser estar nas regionais.

—Mais hein?! —Ela estranhou. —Eu nunca vi regra alguma sobre isso.

—Artigo 832 da regra oficial de competições legais de Rider com grande porte. —Maria esticou seu braço direito e fez erguer-se em sua mesa mais um holograma que era de um livro com o registro citado contendo as regras. —É fundamental o mínimo de conhecimento acadêmico por parte dos corredores presentes na competição além da participação esportiva. O comprovante deve ser um boletim caso este seja menor de idade para que a veracidade de sua capacidade intelectual para participar da competição deva ser considerada válida oficialmente. —Ela leu atentamente a regra. —Você é menor de idade então depende disso se quiser engressar nas nacionais.

Azula RiderOnde histórias criam vida. Descubra agora