Simón
Dou um bocejo gostoso pra cacete quando acordo com a claridade da manhã me banhando pelas vidraças do clube.Espreguiço e volto a fechar os olhos sentindo a dolorosa ereção me fazendo lembrar da noite passada. Ámbar está impregnada em cada canto do meu corpo e dessa cama, e mesmo eu tendo tomado uma ducha revigorante depois que ela saiu, não foi o suficiente para afugentar de mim essa gostosa sensação de quase poder sentir seu cheiro em meu corpo.
Pulo da cama quando minha consciência me acerta um soco. Que porra é essa de ficar na cama sorrindo e relembrando uma boceta bem comida?
Balanço a cabeça negativamente enquanto caminho para o banheiro, em total desaprovação para essa minha reação patética.
Mais patético ainda foi eu ter dado a porra do cartão para ela, movido pela consciência do meu pau. Eu lá sou homem de ficar atrás implorando para elas se deitarem comigo?
Pra mim, mulher seria totalmente dispensável se não fosse o sexo. Sou um cara puramente viciado em peitos e boceta e por isso eu as cortejo, para meu próprio prazer. Não fosse isso, pagaria para lavar, passar e fazerem minha comida e evitaria qualquer dor de cabeça que vem junto com o sexo.
Como agora, enquanto urino debaixo do chuveiro ensaboando meu corpo, Ámbar continua impregnada em mim me fazendo praguejar, porque ainda não cansei de comê-la, ao contrário, estou sedento como se ainda não tivesse provado.
Preso em um sinal vermelho, dentro da minha caminhonete, atendo a ligação de Ramiro apertando um botão no volante.
— Diga! — Por trás dos óculos escuros, fito o semáforo.
— Cara, era para termos saído às oito, já são oito e quarenta. Onde se meteu
Puta que pariu! Eu e meus irmãos iríamos viajar agora pela manhã,para um almoço em pleno domingo, com um cliente aqui perto, em Búzios. Ele não podia outro dia, estava com a agenda lotada e Ramiro não desiste, ao contrário, quanto mais difícil é o bagulho ainda mais ele se interessa. Não é à toa que batalhou até conseguiu tomar a mulher do Benilixo; o desafio chama meu irmão.
— Cara, tive um probleminha aqui com o pneu da minha caminhonete. — Minto e arranco o carro quando o sinal fica verde.
— Hum... tá sóbrio?
— Como um anjo. Tô chegando em sua casa.
— Certo. De qualquer forma atrasamos um pouco, Nina decidiu ir.
— O quê? — Quase perco o controle da direção. — Como assim
Nina decidiu ir? Ir para onde?
— Com a gente, porra. Pra onde mais seria? Yam a convenceu.
Que merda. O que era uma viagem de irmãos acaba se tornando uma viagem de família.
— Ah, Ramiro, fala sério, porra. Vai levar as patroas?
Só quem é solteiro sabe como é infernal ir para um lugar acompanhando casais. A pior coisa é a gente organizar umas paradas e daí chega um sem noção e diz: Vou levar minha mulher. Pronto, acabou a farra.
— É domingo, cara, não vou deixar a Yam sozinha com o bebê.
Cadê o espírito familiar?
— Espírito familiar de cu é rola. — Será que eu mereço mesmo essa cruz? Desligo a ligação, e na minha mente passa a ideia mais idiota do mundo, de convidar Ámbar. Rio de mim mesmo e mostro o dedo do meio para quem quer que esteja botando essas ideias toscas na minha mente.
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A Dama de Copas
RomanceSimón me segurou em seus braços e me beijou de uma forma que não tínhamos beijado antes. Havia mais que o fogo costumeiro. Eu me senti mais que confortável em seus braços enquanto ele se aprofundava, saía e tornava enterrar de maneira macia e muito...