Simón
No Jardim Botânico do Rio de Janeiro, eu corria atrás de uma garota de cabelos dourados que andava rápido por entre as altas palmeiras.— Emma, não se case, por favor! — A segurei fazendo-a olhar para mim. — Podemos reconstruir o que tínhamos, sei que errei, mas me dê uma chance, cacete!
— Não adianta, Simón. Já estou entregando os convites. Você teve tempo, tínhamos tudo e você jogou fora.
— Mas você mandou eu escolher entre o exército e você.
— E você fez sua escolha! Me deixe. Se continuar me importunando, vou ter que falar com o seu pai.
Esfrego os olhos tirando essa lembrança da minha mente, vinda de um tempo longínquo que não gosto nem de pensar. Olho para a mulher ao meu lado, nua, coberta por um lençol branco. Suas curvas são perfeitas, seus olhos transmitem fogo puro e intensidade. Eu não devia ter dormido com ela.
Não devia.
Como eu pude deixar isso acontecer? Ámbar é diferente de outras mulheres. E eu não devia ter sido tão fraco.
Como se soubesse que está sendo vigiada, ela se mexe e acorda. Primeiro abre os olhos devagar e olha em volta reconhecendo o ambiente e, quando me vê, dá um pulo e se senta apavorada.
— Ai, meu Deus! Que horas são?
— Creio que mais de sete.
— Jesus! — Ela penteia os cabelos para trás com as mãos. — Não podia ter dormido aqui.
— E por que não? Alguém te esperava?
— Não. Mas você é...
— Um prostituto de luxo?
— Não, Simón. É meu amante e amantes não dormem juntos. Pelo amor de Deus! — Enlouquecida, ela puxa o lençol para se levantar, mas eu seguro em seu braço.
— Ei, deixe isso pra lá. Vou pedir café para a gente. A merda já está feita mesmo. Também não costumo dormir com mulher nenhuma. Mas enchemos a cara, transamos quatro vezes e dormimos agarrados. O que vier é lucro.
Ela aceita, baixa a guarda e balança a cabeça assentindo.
— Preciso de um banho. Não sei como pudemos transar e dormir em seguida.
— Estávamos de porre, nem tínhamos consciência de mais nada. Só mesmo o que era pau e boceta. O resto foi resto. — Pulo da cama e, espreguiçando, caminho para o banheiro.
— Ao menos tenho a bênção de ver sua bunda me dar bom dia. — Ela fala e cai contra os travesseiros novamente.
Talvez pudéssemos ficar assados de tanto trepar, mas eu queria tê-la debaixo do chuveiro e realizar todas as minhas fantasias que já tive quando não podia tocá-la, apenas assistir.
Nem precisou pedir. Ámbar já estava com cara de libertina segurando meu pau e arranhando suas unhas em meu corpo molhado. Enquanto eu a beijava, levou sua mão por trás a apalpou meu traseiro.
— Ah, Simón! Deixa, vai! — Protestou quando eu afastei.
— Não. Vira-se, cara no box e bunda pra mim. — E dessa forma eu satisfiz nós dois com um delicioso sexo de pé e molhados pelo banho.
Após o banho, ligo pedindo um café bem reforçado para a gente. Ámbar penteia os cabelos e os amarra em um belo rabo de cavalo. Enquanto eu me visto, ela já toda vestida senta-se numa poltrona lendo algo no celular.
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A Dama de Copas
RomanceSimón me segurou em seus braços e me beijou de uma forma que não tínhamos beijado antes. Havia mais que o fogo costumeiro. Eu me senti mais que confortável em seus braços enquanto ele se aprofundava, saía e tornava enterrar de maneira macia e muito...