Capítulo 24 - Você ferrou com a gente nesse exato momento.

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Simón


No Jardim Botânico do Rio de Janeiro, eu corria atrás de uma garota de cabelos dourados que andava rápido por entre as altas palmeiras.

— Emma, não se case, por favor! — A segurei fazendo-a olhar para mim. — Podemos reconstruir o que tínhamos, sei que errei, mas me dê uma chance, cacete!

— Não adianta, Simón. Já estou entregando os convites. Você teve tempo, tínhamos tudo e você jogou fora.

— Mas você mandou eu escolher entre o exército e você.

— E você fez sua escolha! Me deixe. Se continuar me importunando, vou ter que falar com o seu pai.

Esfrego os olhos tirando essa lembrança da minha mente, vinda de um tempo longínquo que não gosto nem de pensar. Olho para a mulher ao meu lado, nua, coberta por um lençol branco. Suas curvas são perfeitas, seus olhos transmitem fogo puro e intensidade. Eu não devia ter dormido com ela.

Não devia.

Como eu pude deixar isso acontecer? Ámbar é diferente de outras mulheres. E eu não devia ter sido tão fraco.

Como se soubesse que está sendo vigiada, ela se mexe e acorda. Primeiro abre os olhos devagar e olha em volta reconhecendo o ambiente e, quando me vê, dá um pulo e se senta apavorada.

— Ai, meu Deus! Que horas são?

— Creio que mais de sete.

— Jesus! — Ela penteia os cabelos para trás com as mãos. — Não podia ter dormido aqui.

— E por que não? Alguém te esperava?

— Não. Mas você é...

— Um prostituto de luxo?

— Não, Simón. É meu amante e amantes não dormem juntos. Pelo amor de Deus! — Enlouquecida, ela puxa o lençol para se levantar, mas eu seguro em seu braço.

— Ei, deixe isso pra lá. Vou pedir café para a gente. A merda já está feita mesmo. Também não costumo dormir com mulher nenhuma. Mas enchemos a cara, transamos quatro vezes e dormimos agarrados. O que vier é lucro.

Ela aceita, baixa a guarda e balança a cabeça assentindo.

— Preciso de um banho. Não sei como pudemos transar e dormir em seguida.

— Estávamos de porre, nem tínhamos consciência de mais nada. Só mesmo o que era pau e boceta. O resto foi resto. — Pulo da cama e, espreguiçando, caminho para o banheiro.

— Ao menos tenho a bênção de ver sua bunda me dar bom dia. — Ela fala e cai contra os travesseiros novamente.

Talvez pudéssemos ficar assados de tanto trepar, mas eu queria tê-la debaixo do chuveiro e realizar todas as minhas fantasias que já tive quando não podia tocá-la, apenas assistir.

Nem precisou pedir. Ámbar já estava com cara de libertina segurando meu pau e arranhando suas unhas em meu corpo molhado. Enquanto eu a beijava, levou sua mão por trás a apalpou meu traseiro.

— Ah, Simón! Deixa, vai! — Protestou quando eu afastei.

— Não. Vira-se, cara no box e bunda pra mim. — E dessa forma eu satisfiz nós dois com um delicioso sexo de pé e molhados pelo banho.

Após o banho, ligo pedindo um café bem reforçado para a gente. Ámbar penteia os cabelos e os amarra em um belo rabo de cavalo. Enquanto eu me visto, ela já toda vestida senta-se numa poltrona lendo algo no celular.

A Dama de CopasOnde histórias criam vida. Descubra agora