Capítulo 22 - Qual o seu número ?

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Simón


— Acha que Pedro vai querer me matar? — É a primeira coisa que Ámbar diz após minutos calada, descansando pelo sexo selvagem que acabamos de fazer. Mais uma vez estamos no clube, e eu me pergunto como estou deixando isso acontecer. Como estou agindo dessa forma perdendo o controle de minha vida tão metodicamente planejada.

Como eu pude me resumir a um cara que passa seu tempo desejando transar com uma única mulher?

Meu amigo da Polícia Federal me ajudou no equipamento. Agora tem um rastreador no celular dela, é do tamanho de um grão de arroz; abri a tampa de trás e o coloquei. Por que inferno eu fui colocar rastreador em uma mulher? Olha em que me resumi: em um projeto de Erik e Ramiro, que viveram seus dias atrás de mulher até se tornarem dois escravocetas.

Cara, estou usando material de inteligência, com transmissão para meu celular, apenas para saber os passos de Ámbar.

Olho para ela do meu lado.

— Claro que não. — Respondo, mas minha mente continua em debate: estar com ela é bom. É muito gostoso. A presença dela me faz querer ficar aqui deitado, apenas. Quando eu fiquei apenas deitado em uma cama com uma mulher, sem que a ocasião fosse sexo? Nunca.

— Eu só aceitei, e a Delfina também, porque sabemos que ele precisa de alguém que o entenda. Se esse cara conseguir fazer Pedro mudar de ideia, estará salvando a vida dele.

— Creio que ele não vai magoar seu amigo. Fique tranquila. — Ámbar vira o rosto e me olha, sorrindo. Olha para meu pau e morde o lábio.

— O que foi? Já quer a segunda rodada?

Ela ri e se vira apoiando a cabeça no cotovelo.

— O que de mais estranho você já fez? No sexo.

Penso um pouco, na minha vida sexualmente ativa desde muito cedo.

Já fiz coisas impensáveis para muita gente.

— Muita gente consideraria o bukake algo estranho.

— Vários homens gozando na cara de uma mulher? — Ela se mostra ciente da expressão.

— Me conte mais coisas que acontecem aqui.

Agora eu virei a porra de um contador de casos.

— Bom... gosto muito do salão de confraternização. Falando em cu, algo que você deveria experimentar é a dupla penetração. Levo a mulher às nuvens.

— Não sei... — Ela enrola os cabelos no dedo. — Tenho medo de coisas na minha porta dos fundos. — Corre os olhos novamente para meu pau e analisa mais de perto como se procurasse algo. — Todavia, escutei coisas sobre homens com piercing no pênis. Você nunca quis colocar um?

— Deus que me defenda de uma miséria dessa. — Tampo meu pau com a mão como se o protegesse — Deixar furar meu pau? Essa coisa pode inflamar e eu perder meu bem mais precioso...

— Deixa de drama. Muitos homens fazem...

— Eu não faço. Está louca? Deixaria furar sua boceta? Deus me deu a piroca perfeita. Pra que vou mexer nela, judiar da coitadinha?

— Tosco. Eu conheci uma amiga, na Rússia, que tinha tesão por pés de homem e saco. Ela já teve um orgasmo chupando o saco de um homem. Foi a obsessão mais estranha que já vi.

— Normal. Se ela visse o meu iria babar. Olha só. — Apalpo minhas bolas. — São perfeitas, grandes, uma obra de arte.

Ámbar revira os olhos diante da minha exibição.

A Dama de CopasOnde histórias criam vida. Descubra agora