Capítulo 38

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Natasha Grant

- Tô muito encrencada? - pergunto para Matteo.

- Sim - diz ele dando um sorriso de lado.

Deus, tô ferrada.

- Pra onde nós vai mamãe? - meu coração acelera, Deus, essa menina é tão surpreendente, mal me conhece e já me chama de mãe.

- Para casa, para nossa casa - respondo passando minha mão em seus cabelos.

- Minha casa também? - pergunta de repente triste - Eu nunca tive uma casa.

- Sua casa também - beijo seu rosto - Você tem quantos anos?

- Assim oh - me mostra 5 dedos.

- Você já foi adotada alguma vez? - pergunto curiosa.

- Não. Eles me disseram que ninguém quer uma preta suja igual a eu. - fecho minha mãos em punho.

Pego ela pra sentar no meu colo.

- Olha pra mim - peço, só volto a falar quando ela o faz - Você não é suja, você é linda, eu ficaria muito feliz se eu tivesse esses cabelos bem enroladinhos, essa sua pele que parece um chocolate que deu uma vontade enorme de morde, deixa eu provar pra vê se é docinho? 

Ela sorrir balançando a cabeça concordando.

Mordo de leve fazendo mais cosquinha do que outra coisa, ela gargalha, fico encantada com o som de sua risada.

- Para mamãe faz cosquinha - diz rindo.

Sorrio da gargalhada dela.

- Hum... Você é bem docinha, um chocolate bem delicioso - ela concorda ainda rindo - Lá em casa tem uma menininha menor que você.

Ela me olha curiosa.

- Tem mamãe? - pergunta interessada.

- Tem sim, ela tem 4 anos - conto a ela.

- Vou poder brincar com ela? Onde eu morava não deixam eu brincar com as outras crianças - Deus, vou acabar com esse orfanato.

- Vai sim meu amor, eu tenho um cachorro,  você gosta de cachorro? - ela pula animada.

- Gosto mamãe, gosto muito, é grandão ele?

- É sim, o nome dele é cromos - sorrio.

- Nome bonito - diz ela animada.

Matteo limpa a garganta.

- Desculpa atrapalhar, mas já chegamos senhora - diz olhando pra mim pelo retrovisor.

Olho ao redor, vejo que estamos na garagem do prédio.

- Vamos? - chamo ela.

- Vamo mamãe - sorrio ouvindo ela falar errado.

Ela fala mais certo do que muitas crianças com a idade dela.

A pego pelas mãos indo em direção do elevador, entramos indo direto para nossa casa, assim que entramos em casa toda a família está na sala, provavelmente esperando por nós.

- Cheguei - anúncio ganhando a atenção deles.

Eles nos olham, quando vê Isabella pulam do sofá vindo em nossa direção.
- Onde você encontrou ela? - dona verônica pergunta.

- Com ele - evito dizer mais coisas na presença da Bella. - Essa é minha filha Isabella.

Eles me olham surpresos. Depois abrem um sorriso.

Allan : Série Permita-seOnde histórias criam vida. Descubra agora