Capítulo 19

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Bateu no portão com lágrimas no rosto
Quase que eu sinto gosto quando lembro dela assim
Me abraçou apertado no gesto desesperado
Saudade mútua ela se entregou pra mim
E disse que não tá bem

- Projota - Mulher -

- Projota - Mulher -

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Allan Sullivan

Ouço uma algazarra vinda sala, saio do quarto com Matteo em meu encalço, quando vejo do que se trata fico estupenfado com quem eu vejo.

Minha família toda esta aqui.

Ou melhor dizendo, minha mãe está aqui.

Olho atordoado minha mãe puxa a orelha de Aeron ao mesmo tempo que aperta a bochecha de Lorenzo, minha irmã esperta do jeito que é se joga encima de meu pai ganhando carinho, e não apertões de bochechas ou puxarão de orelhas.

O que não vai demorar muito para eu estar no lugar deles, basta só ela me vê.

- Ainda dá pra fugir? - pergunto discretamente para Matteo. 

- Temos 5 segundos - diz ele sussurrando.

Começo a da passos para trás. Matteo me acompanha. Quando chegamos na entrada do corredor minha mãe olha na nossa direção.

Fudeu!

- Por acaso os mocinhos estão fugindo? - pergunta colocando as mãos na cintura e estreita os olhos.

- Não somos homens de fugir dona Verônica - diz Matteo com uma falsa firmeza.

- Isso mãe, acabamos de chegar aqui - digo completando Matteo. 

Trocamos um olhar de cumplicidade.

- Acho bom você não estarem me enganando - diz com advertência no olhar.

- Eles estão ... - Olho com advertência para Aeron - dizendo a verdade mãe.

Minha mãe caminha até mim. Me dá um abraço apertado, encosta seu rosto no meu peito e funga.

- Oh, mãe não chora, eu tô bem - digo envolvendo meus braços ao seu redor.

- Fiquei apavorada quando avisaram  que tinha sido invadido seu apartamento - diz me apertando mais ainda - Não sei o que seria de mim se eu te perdesse de novo - Quando termina de falar chora como se não houvesse amanhã.

- Relaxa mãe, eu não estava em casa quando entraram - digo tentado lhe acalmar - E a senhora não vai me perder.

Ela chora mais uns minutos, depois sem que eu perceba leva uma de suas mão a minha orelha.

- Aí mãe! - exclamo, ouço meus irmãos, meu pai e meu avô rindo.

- Nunca mais me dê um susto desses está me entendendo? - pergunta brava.

- Mais mãe, eu não tenho culpa - digo tentado fazer com que ela entenda que a culpa não é minha.

- Não interessa de quem seja, você vai fazer o possível e o impossível pra que não aconteça de novo, você me entendeu? - fala zangada.

- Entendi mãe - Concordo com ela, afinal não vai fazer diferença nenhuma tentar fazer com que ela entenda.

- Bom - diz soltando minha orelha, ela caminha até Matteo e lhe dá um abraço, vejo ela pegar a orelha dele também - Não ouse me assustar de novo, ou eu vou corta sua orelha fora, me entendeu?

- Sim senhora - Matteo fica todo vermelho, eu com o resto do pessoal caímos na gargalhada, nenhum de nós dúvida que isso possa acontecer, da minha mãe podemos esperar tudo.

O resto da minha família vem nos abraçar, conversamos sobre o que aconteceu, como ela conseguiu quebra a segurança, os nossos planos sobre o contra ataque.

Já passava das duas da manhã quando sinto meu celular vibrar no meu bolso, pesco meu aparelho e quando verifico quem está ligando meu coração falha uma batida.
- Alô - digo assim que atendo.

- Você precisa me ajudar - Minha insolente diz com a voz trêmula.

- O que aconteceu? - Pergunto com um tom de preocupação.

- Entraram na minha casa ... - ela começa a dizer ofegante.

Levanto bruscamente do sofá.

- Saia já daí! - Grito nervoso - Pegue o carro o mais rápido possível e venha para minha casa, vou passar as coordenadas por mensagem - Ordeno ofegante andando de um lado pra o outro - Tá me entendendo Natasha? Saia daí agora mesmo.

Quando termino de falar, não ouço nenhuma resposta. Entro em desespero.

- O que aconteceu com a Nat? - pergunta Louise pulando do sofá com os olhos arregalados.

Não lhe dou atenção.

- Matteo, tente entrar em contato com os seguranças da Natasha, agora - ordeno em meio ao desespero.

- Mano que houve? - Pergunta Lorenzo com o olhar preocupado.

- Invadiram a casa de Natasha - respondo com a voz rouca.

Meus irmãos arregalaram os olhos mais ainda, se é que é possível.

- Mande limpar toda a bagunça que fizeram aqui - digo para o Mat que acena com a cabeça - Vamos para o apartamento debaixo.

Coloco o celular no meu ouvido, mas não ouço nada, ando de um lar para outro sem resposta dela.

- Natasha você está aí? - Pergunto assim que ouço um barulho na linha - Me responde caralho - digo com desespero.

- Tô aqui - diz fungando.

- O que aconteceu? Me fala porra - Pergunto nervoso - Você já saiu da sua casa?

- Já

- Ok. Apóia o celular em alguma coisa e coloca no viva voz. Vou falar com você até você aparecer no meu campo de visão. - digo tentando mostrar a calma que eu não tenho.

Converso com ela até ficar calma,  passo o endereço da minha casa, mostrado uma calma que não existe em mim .
Desço para o térreo, assim que piso meus pés fora, vários homens me rodeiam pra fazer minha proteção, ando de um lado para o outro aguardando a chegada dela.

Quando a vejo meu coração se enche de alívio, corro ao seu encontro, a tomo em meus braços esse é o lugar dela, e ninguém vai tira lá daqui.

Me afasto quando ouço um rosnado, olho para o enorme cachorro ao lado de Natasha surpreso. Pela pequena conversa que tivemos percebi que o cachorro a protegeu, só pra deixa claro esse cromos ganhou uns pontos comigo.

A levo para o apartamento que mandei preparar para sua chegada, quando entramos no cômodo vejo o momento em que o cromos começa a rosnar de novo se pondo em frente da minha insolente. Ela se abaixa falando coisas carinhosas que o acalma.

Minha mãe como sempre gentil e questionadora, e sabe para quem sobra? acertou se a resposta é Allan.

- É a mulher que estou tentando conquistar mamãe - digo com firmeza e calma - E se tudo dê certo ela será minha futura mulher.

Quando falo olho para Natasha que arregala os olhos em surpresa, abre a boca várias vezes mais não sai nenhum som.

Sim bebê, é melhor ir se acostumando porque você vai ser minha mulher.

Allan : Série Permita-seOnde histórias criam vida. Descubra agora