Capítulo 29

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Allan Sullivan

Os meses depois de ter revelado a minha insolente sobre ser o chefe de uma máfia foi de calmaria.

Tudo estava em perfeita ordem, nenhum ataque, nenhum inimigo nos rondando, nenhuma invasão, o resultado dessa tranquilidade foi  minha mulher voltar a dar aulas, tudo estava tranquilo, e essa tranquilidade estava me preocupando, como dizem, da calmaria vem a tempestade, e espero em Deus que estejamos preparados para o que está por vim.

Natasha, como sempre me surpreendeu, pediu para iniciar o mesmo treinamento que Louise faz, que é de box, tiro ao alvo, e defesa pessoal, ela realmente leva jeito para essas coisas, tem muita concentração, agilidade e inteligência, apesar de não ser alta ou forte, essas qualidades compensam qualquer outras que ela não tenha.

Acho muito divertido e interessante a vontade dela querer fazer parte do meu mundo mesmo sendo perigo e ilegal, ela quer ser a mulher de um mafioso, só estou esperando encontrar e acabar com Carlos para pedi lá ela em casamento.

Precipitado? Talvez, mas porque adiar uma coisa que já está mais do que na cara que vamos ficar juntos, independente do que aconteça? Eu a amo e realmente valorizo seu esforço por me aceitar do jeito que eu sou. Se bem quem uma vez ou outra ela briga comigo por eu ser arrogante ou frio demais com os meus funcionários, mais já expliquei que não posso amolecer, se eu virar um bundão ninguém na minha máfia vai me respeitar, e respeito, ou melhor dizendo, o medo, no submundo é muito importante, se você não se impor vão passar que nem uma avalanche, que nem vão saber o que lhe atingiu.

E independente do meu amor por Natasha eu vou continuar fazer o que sempre fiz, cresci no meio disso e vou morrer no meio disso, não posso ser
vulnerável novamente, uma vez me distraí e paguei caro por isso.

Não posso perde mais uma pessoa que amo.

- O que você tanto pensa? - minha insolente senta no meu colo me tirando dos meus pensamentos.

- Em como estou feliz em ter você do meu lado - digo com a boca colada na sua testa.

- Vim procurar você, faz horas que você tá enfiado aqui no seu escritório - beija minha bochecha - Também estou feliz de está aqui com você, obrigado por não me deixar ir.

- Estou trabalhando, vão chegar novas mercadorias - compartilho com ela - Não deixaria você dá nem um passo pra longe de mim.

- Hum... Não entendo nada disso - diz sorrindo - Você sabia que seu pai e seu irmão aprontaram de novo?

Sorrio.

- O que eles fizeram dessa vez? - questiono.

- Só amarraram Nicole na coleira do cromos - sorrir dando de ombro - Pra onde ele vai leva ela junto. O pai dela ainda não viu - cochicha prendendo o riso.

Gargalho.

- Quero vê isso - digo pondo Nat de pé em seguida faço o mesmo.

Saímos juntos de mãos dadas do escritório em direção da sala, quando passamos da soleira da porta vejo Lorenzo tentado solta Nicole de cromos. 

- Como vocês fizeram isso? - questiona bravo.

- Amarramos primeiro a coleira e depois passamos cola no pelo dele - diz eles juntos, orgulhosos de seus feitos.

Gargalho chamando a atenção dos demais.

- Vocês parecem crianças - ralha Lorenzo. - Como vamos descola a mão dela do pelo do cachorro?

Minha insolente se ofende.

- Ele tem nome senhor rabugento - diz ela defendendo seu cachorro. - E ele não é só uma cachorro ele é meu filho. E boa pergunta, como vai descolar as mãos dela do cromos?

- Sabe o que é mais engraçado? - questiona Aeron chorando de rir. - A cola não sai.

Meu pai gargalha acompanhado a risada do filho.

- Mamãe -grita Lorenzo

- Dona Verônica - grita Natasha.

O riso de pai e do meu irmão some quando ouvem por quem estão chamando.

Mamãe aparece toda bagunçada, os fios dos cabelos estão brancos de farinha, as bochechas estão sujas do que jugo ser chocolate, o avental que até agora me pergunto por ela está usando se sua roupa está suja.

- O que foi agora? - pergunta afastando os cabelos do seu rosto.

Papai e Aeron olham suplicantes para Natasha e Lorenzo.

Resolvo não me meter.

- Eles amarraram e colaram a Nicole no cromos - dizem eles juntos, apontado para os mal feitores.

Mamãe olha com os olhos semicerrados para eles.

- Soltem eles - ordem ela seria.

Meu pai e meu irmão engolem em seco.

- Não dá a cola não sai - sussurra Aeron se encolhendo.

- Como assim a cola não sai? -questiona querendo saber se ouviu certo.

- É cola permanente - dessa vez meu pai responde.

Escondo meu sorriso nos cabelos da minha insolente.

- Espera. Tá me dizendo que vocês colaram eles com cola permanente? - pergunta já impaciente. 

- Sim - Aeron sorrir orgulhoso, sorriso esse que morre assim que minha mãe olha pra ele.

- E como vocês esperto do jeito que são vão descolar eles? - questiona sarcástica. 

- Não pensamos nessa parte - o cinismo do meu pai é sem tamanho. 

- Ah, que disser que não pensaram? - pergunta ela caminhando na direção dos dois.

Minha mãe surpreende eles quando sem que percebam pega na orelha deles e aperta com força.

- Eu vou disse só uma vez me ouviram? - ambos acenam rapidamente. - Vocês vão achar um jeito de descolar os dois, e até que isso não aconteça, nenhum dos dois vai comer bolo de chocolate - sentencia se afastando deles.

Natasha esconde o rosto no meu peito tentando abafar a risada. Já eu, gargalho sem pudor sendo acompanhado por um Lorenzo.

Mamãe nos chama para merendar, falo para irem sem mim, aviso para eles que vou até a empresa pegar alguns documentos, chamo Matteo e mando preparar o carro.

Me despeço deles, entro no elevador sendo acompanhado por Matteo. Assim que chegamos na garagem nos dirigimos para meu carro entro sem esperar que meu fiel segurança abra a porta pra mim.

Quando ele se acomoda na direção tenta ligar o carro mais o mesmo não dá partida.

Sinto que tem coisa errada.

- Veja se tem algum problema com os motores - peço desconfiado.

Ele sai e assim que abre a capota acena freneticamente pra mim ir ao seu encontro.

- O que há? - pergunto quando chego perto dele.

- Olhe senhor - aponta para a tampa do meu carro.

Quando leio o que está escrito meu sangue gela.

- O que diz senhor? - questiona Matteo.

Como está em código ele não consegue entender.

- " A proteja, eles estão vindo pega lá." - leio para ele.

Toda calmaria trás um tempestade.

Allan : Série Permita-seOnde histórias criam vida. Descubra agora