Capítulo 31

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 Antes de lerem o próximo capítulo gostaria q dessem uma lida no que escrevi abaixo 😁😁

Gente desculpa pelo atraso e é com muito pesar que informo que talvez não vou postar na próxima semana por motivos de luto e saúde, peço que compreendam e não deixe de ler o livro pro isso.

Prometo que logo vai voltar pra sequência normal de postagem (dois capítulos por semana)

Bjus e aproveitem o capítulo 😊




   Eu tentei várias vezes e de várias formas abordar o assunto e contar ao Matthew sobre o Louis durante o percurso. Mas não consegui, toda vez que abria a boca pra falar eu travava.

     - Chegamos - ele me tirou das minhas divagações.

     - Obrigada - tentei sair do carro mas a porta estava travada.

     - Você quer me dizer alguma coisa Amanda? - ele me perguntou quando eu olhei pra ele.

     - O quê?

     - Eu percebi que durante várias vezes você abriu a boca como se quisesse dizer alguma coisa.

     - Não nada! Abre a porta por favor - tentei não demonstrar mas a ansiedade estava explícita na minha voz, e minha saída fenomenal não ajudou muito. Praticamente me joguei do carro.

...

     - Foi mesmo o que eu vi ou tô tendo alucinações?

     - O que você viu ?

     - O Matthew te trazendo até aqui de carro.

     - Então viu bem.

     - Então já contou tudo pra ele? Vocês voltaram?

     - Não. Claro que não Giulia!

     - Claro que não pra que? Pra ter contado pra ele ou pra vocês voltaram?

     - Não pra eu não contei pra ele e claro que não pra sua idéia de termos voltado.

     - E você não vai mesmo contar pra ele?

     - Eu até tentei contar hoje, mas é muito mais difícil do que eu achei que fosse.

     - E com você fugindo dele como se ele fosse o próprio cão vai ficar mais difícil ainda.

     - É instintivo! Só de pensar nele da vontade de fugir pro Alasca.

     - Não sei porque Amanda. Foi você mesma que disse que ele era o melhor cara do universo. Por que tem medo dele agora?

     - Se você tivesse um filho e fosse privado de até mesmo saber da existência dele o que faria quando o descobrisse?

     - Eu iria surtar e daria uma surra em quem escondeu meu filho de mim!

     - Viu, é isso! E se ele surtar e começar a me odiar por isso? Pior ainda, e se ele não quiser saber do Louis ou achar que não é o pai?

     - Teste de DNA ta aí pra isso meu bem. Quanto ao resto eu duvido muito que o Matthew agiria assim.

     - E eu duvido que ele deixaria passar o fato de eu ter escondido a gravidez e o bebê. Ele vai fazer de alguma forma eu pagar por isso.

     - E convenhamos você merece.

     - Giulia!

     - Você escondeu dele um filho.

     - Eu tive motivos o suficiente pra isso.

     - Nem vou mencionar o fato de que você não acreditou nele.

     - Eu...

     - E não deu a ele uma chance de se explicar, se defender.

     - Qual é Giulia, vai ficar do lado dele agora?!

     - Eu tô do lado da razão.

     - Mentira, você é outra que foi seduzida pelos encantos dele! Ta até parecendo minha mãe.

     - Tô parecendo sua mãe porque tenho razão igual ela.

     - Não vou discutir com você. Eu tenho que ir embora.

     - Eu peço o motorista da minha chefe pra te levar.

     - É melhor não.

     - Ela não vai nem perceber.

     Cheguei em casa e minha bolinha já estava me esperando pra mama. Olhei pra ele e sorri: ele era a coisa mais linda do universo e era meu, minha bolinha e estava a cada dia mais a cara do Matthew.

     Coloquei o Louis pra dormir e fui me deitar também, e inevitavelmente comecei a me lembrar do tempo em que passei com o Matthew, me lembrei do dia em que nos conhecemos, do nosso primeiro encontro, do dia em que fizemos o que agora se tornou a razão do meu viver, quando dei por mim já estava chorando.

...

     - E agora?- minha mãe perguntou.

     - E agora o que?

     - Se a Luma casou com seu chefe então é óbvio que ela não ta com o Matthew.

     - Não é certeza isso mãe, talvez eles tenham se casado por um motivo secreto e ela e o Matthew estão juntos em segredo.

     - Não acho que o Matthew seja capaz disso.

     - Claro que não. Pra senhora o Matthew ainda é um príncipe encantado.

     - O quê queele te fez pra você fugir dele assim? Pelo que eu me lembro era você que não queria se envolver e não ele. Ele por acaso disse que nunca ia querer ter filhos ou algo do tipo?

     - Não - na verdade agora que parei pra pensar, eu nem sei porque estava fugindo dele assim.

     - Amanda pensa com clareza. Esconder o Louis do pai vai te ajudar em que?

     - Em...

     - Em nada Amanda. Mas quando o Matthew descobrir aí sim; a casa vai cair pro seu lado.

     - Não se ele não descobrir.

     - Impossível! O Louis está ficando a cada dia mais parecido com ele! E você não vai poder manter ele em casa ou cobrir o rostinho dele com uma fralda quando sair na rua, ele vai crescer Amanda e vai ir atrás do pai você querendo ou não. Então é melhor você contar agora antes que ele descubra pelo próprio filho ou descubra por outra pessoa. Você acha que as pessoas não vão reparar na semelhança entre os dois? Pensa nisso.

     E eu pensei, pensei muito, a noite inteira, e no outro dia fui até o hospital falar com o Matthew, e na hora que vi a ex ou atual não sei, saindo de carro do estacionamento me lembrei porque estava fugindo dele e isso me deu uma falta de ar tão grande que parecia que eu estava me afogando e meu pulmão iria explodir.

     - Senhora está tudo bem? - abri os olhos e estava deitada em uma poltrona  na recepção do hospital - a senhora teve uma queda de pressão e eu a trouxe pra cá. Se lembra disso? - concordei e o enfermeiro continuou falando - o remédio fez a senhora dormir, por isso deve está se sentindo um pouco tonta, você ainda vai se sentir sonolenta durante mais algumas horas, por isso o doutor Matthew foi arrumar um quarto pra senhora.

     - Matthew? - me levantei na hora.

     - Sim, ele voltou a alguns dias. Eu sei que ele é pediatra, mas quando ele te viu aqui disse que te conhecia e se disponibilizou pra cuidar de você.

     - Não precisa, eu ja estou bem! Poderia chamar um táxi pra mim?

     - Senhorita não pode ir embora.

     - Eu vou com ou sem a sua ajuda - falei e fui em direção a saída, já olhando se avistava um táxi.

     - Senhorita - ouvi o enfermeiro me chamando bem na hora que vi um táxi e dei sinal.

     - Amanda - quando ouvi aquela voz inconfundível gritando meu nome corri e entrei no táxi.

Aguardando a FelicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora