Capítulo 13

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      Estava procurando a saída da casa quando encontrei o primo do meu chefe.

      - Estou indo embora vai ficar com a Luma?

      - Não, estou indo embora também.

      - Então por que estava indo pro jardim?

      - Me perdi - ele riu.

      - Vem, eu te levo pra casa.

...

      - Obrigado por ter me trazido até aqui - falei quando ele estacionou em frente a minha casa - foi muita gentileza da sua parte.

      - Gentileza que eu pretendo cobrar.

      - HÃ? - virei a cabeça tão rápido que quase quebrei o pescoço - o que?

      - Amanhã as oito dá pra você? - ele disse com um sorriso.

      - Amanhã, pra que? - assim que terminei de fazer a pergunta entendi o que ele queria dizer e me arrependi de ter perguntado. Me senti meio idiota - deixa pra lá eu entendi.

      - E então?

      - Olha... - ele me interrompeu.

      - Por favor não diga não.

      - Ma... - interrompeu de novo.

      - Amanhã as oito venho te buscar - ele soltou o cinto e se debruçou um pouco e me deu um beijo na bochecha - boa noite Amanda.

      Ele tinha uma voz tão bonita e falou meu nome de jeito que me deixou sem ar, se é que isso é possível, de repente ficou quente dentro do carro.

      Comecei a ficar vermelha só de imaginar que ele poderia ter alguma ideia do que eu estava pensando. O melhor seria sair logo do carro, mas quando tentei abrir a porta percebi que estava travada, me virei pra pedir que ele abrisse a porta e aí me lembrei que ele tinha se despedido e a boa educação me mandava fazer o mesmo, só que eu na pressa de sair correndo me esqueci. Eu não precisei pedir, assim que o olhei ele destravou a porta. Praticamente me joguei pra fora do carro, mas não consegui entrar em casa, dei a volta e parei na ao lado do motorista.

      - Boa noite, até amanhã - dei um sorriso, porque nem sob tortura ia dar um beijo nele e passar outra vergonha em menos de cinco minutos.

      Ele esperou eu entrar em casa e acenar pela janela, só assim ele foi embora.

     ...

      Cheguei em casa na maior correria, era seis horas e o Matthew viria me buscar só as oito, mas eu não tinha ideia do que vestir. Corri pro meu quarto já tentando imaginar que roupa usaria e pra onde ele me levaria quando bati de cara numa coisa e quando olhei pra cima percebi que essa coisa era meu irmão.

      - AXL!

      - O próprio.

      - Que saudade - disse já chorando - quando você foi solto? Vai ter que voltar pra lá? Você está bem?

      - Calma Amanda respira.

      - É que eu... - não consegui terminar de falar.

      - Está tudo bem - ele me fez sentar na cama sem deixar de me abraçar - eu estou bem.

      - AXL EU JÁ TERMINEI - ouvimos os gritos da Zoey e em seguida ela entrou correndo no quarto enrolanda numa toalha - vai brincar comigo agora né?!

      - Claro minha lindinha.

      - Fiz sua comida preferida Axl, vem comer - minha mãe veio atrás da Zoey toda sorridente.

      - Já vou mãe.

      - Filho, a gente podia combinar de ir pescar, o tempo tá bom, dá pra irmos amanhã - meu pai apareceu no quarto também - por que todo mundo tá aqui?

      - Esse é o meu quarto - me defendi.

      - E meu também - a Zoey falou.

      - Eu vim colocar roupa na Zoey e chamar a Amanda e o Axl pra jantar.

      - Eu estava conversando e acalmando a Amanda - meu irmão falou.

      - Tá já entendi, todos tem uma razão pra estar aqui, mas por que não continuamos a conversa durante o jantar?! - nesse instante lembrei do meu encontro com o Matthew e nesse mesmo instante a campainha tocou.

      - Aí meu Deus é Matthew - me levantei e comecei a andar de um lado pro outro desorientada - eu nem tomei banho ainda, nem escolhi uma roupa e não quero sair no dia que você chegou.

      - Sair com quem? - o Axl perguntou.

      - Manda tem um príncipe te esperando - a Zoey entrou com um sorriso enorme no rosto.

      - Zoey Johnson, você foi atender a porta de toalha! - minha mãe olhou brava pra ela.

      - Não né! Eu tirei a toalha.

      - O QUE? - eu, minha mãe e meu irmão gritamos.

      - É brincadeira, papai já me disse que nenhum garoto pode me ver sem roupa até eu ter quarenta anos.

      - É isso aí garota - meu irmão pegou ela no colo - mas melhor ainda é se nunca te verem.

      - Mas por que não?

      Deixei os dois conversando e fui correndo tomar um banho enquanto minha mãe e meu pai faziam sala pro Matthew.

      Meu banho foi bem rápido, cinco minutos depois já estava de volta ao quarto e entrei bem na hora que minha querida irmã estava me entregando.

      - Mas por que? - era a voz impaciente da Zoey.

      - Porque não pode e se algum garoto tentar fazer isso você tem que acertar o nariz dele e depois gritar por ajuda - eu entendia meu irmão, o que nossa família passou por causa daquilo era terrível - e quando você for pro colegial vou te mandar pra uma escola só de garotas.

      - Eu não vou poder namorar?

      - Não! - peguei minha roupa e estava já quase saindo do quarto quando a Zoey soltou a pérola.

      - Mas a Manda namorava e o namorado dela sempre pedia pra eu não ficar olhando quando ele vinha aqui, ele mandava eu sair de perto quando a Manda na tava olhando e eu já vi ele tentar enfiar a mão na blusa dela.

      - O QUE?! AMANDA!

      Fiquei parada na porta sem saber se encarava meu irmão ou saia correndo quando minha mãe chegou correndo.

      - O que aconteceu? Vocês assustaram o rapaz e Amanda se arrume mais rápido, não é gentil deixar a ninguém esperando, ainda mais num encontro.

      - ENCONTRO?! Mas você não vai mesmo sair com esse abusadinho, vou mostrar pra ele como se coloca a mão na irmã dos outros - ele colocou a Zoey no chão e saiu com passadas largas.

      - Axl para - corrí atrás dele - eu já terminei com o Travis.

      - Então o que ele faz aqui? - ele disse me arrastando pelo corredor quando eu tentei pendurar no braço dele pra fazê-lo parar.

      - Ele... - de repente me dei conta de que já estávamos na sala e eu estava só de toalha - esse é o Matthew.

Aguardando a FelicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora